terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Luis Nassif: Olavo de Carvalho ajudou a trazer ao Brasil o jornalismo de ódio

 "Ele importou diretamente da ultradireita americana o estilo de desmoralizar os adversários com baixarias", diz Luis Nassif sobre o guru do Bolsonarismo

www.brasil247.com - Luis Nassif e Olavo de Carvalho

Luis Nassif e Olavo de Carvalho (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução/Youtube)


247O jornalista Luis Nassif, editor do Jornal GGN, afirma que Olavo de Carvalho, astrólogo e guru do bolsonarismo, que faleceu nesta terça-feira (25) oito dias após testar positivo para Covid-19, foi um dos maiores responsáveis por introduzir o ‘jornalismo de ódio’ no Brasil. “Nenhuma pessoa teve influência maior sobre esse estilo do que Olavo de Carvalho”, diz Nassif. 

“Ele importou diretamente da ultradireita americana o estilo de desmoralizar os adversários com baixarias, sofismar, zombar de conceitos consolidados – ironizados como politicamente corretos -, implicar com determinados intelectuais de esquerda, ironizar as reclamações das vítimas de baixaria. De início, seus principais discípulos foram Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo. Depois, o vírus se espalhou pelas redes e pela mídia. Com a Lava Jato, tornou-se padrão midiático geral”, destaca o jornalista. 

Nassif avalia, ainda, que se houver uma mudança no quadro, “assim como na saída da ditadura, renova-se o pacto de anistia, e o interesse tático prevalece para não atrapalhar os movimentos táticos. Se, agora, o trabalho é útil para a causa, esqueça a coerência. E, assim, jornalistas que se especializaram em delações, em promover o ódio, em galgar postos colocando-se a serviço do jornalismo de esgoto, reescrevem a biografia, com maior ou menor talento”. “Na próxima onda de ódio, voltarão aos velhos princípios, da mesma maneira que trocam de chinelos”, afirma.

“Mas os arquivos implacáveis da Internet anotam que, em um dia qualquer do passado, delataram colégios por práticas políticas, denunciaram austeras professoras da USP como traficantes, por proporem políticas de redução de danos para a droga, valeram-se das piores baixarias para cimentar suas carreiras”, completa.

Leia a íntegra da análise no Jornal GGN

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