terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Bolsonaro sanciona Orçamento com bilhões para seus interesses eleitorais e do Centrão. Artigo de Patrícia Faermann

 Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento 2022 com mais de R$ 16 bilhões de verbas para o “orçamento secreto”

Agência Brasil

Jornal GGN Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento 2022 com mais de R$ 16 bilhões de verbas para o “orçamento secreto”, R$ 1,74 bilhão para o reajuste dos servidores e outros custos públicos de interesse eleitoral, como o próprio fundo eleitoral e o Auxílio Brasil.

Trata-se do maior Orçamento da história já aprovado: R$ 4,7 trilhões previstos. Boa parte dele, contudo, será gasto em investimentos que favorecem o mandatário em sua tentativa de reeleição este ano.

Apenas R$ 16,48 bilhões serão destinados ao orçamento secreto, que são mecanismos de distribuição de recursos pelo líder do governo no Congresso a parlamentares que apoiam o presidente, sem transparência.

Além disso, nessa “compra de apoio”, Jair Bolsonaro destinará outros R$ 35,6 bilhoes a emendas parlamentares. Os custos podem – o que é pouco provável – ser derrubados pelo Congresso.

Também manterá o fundo eleitoral em R$ 4,96 bilhões para 2022, o que já havia sido aprovado pelo Congresso. Trata-se de uma quantia recorde que alimentará as campanhas eleitorais este ano. A título de comparação, em 2020 foram R$ 2 bilhões e R$ 1,7 bilhão em 2018.

O Orçamento aprovado por Bolsonaro também prevê R$ 90 bilhões para o Auxílio Brasil, um substituto do Bolsa Família, do qual o mandatário derrubou e, de grande adesão popular, substituiu por outro mecanismo de transferência de renda – sem as exigências de transformação social e educação do Bolsa Família – com a sua assinatura.

Ainda, houve R$ 1,824 bilhão de vetos de despesas primárias discricionárias, ou seja, os gastos necessários. Entre eles, o Ministério que mais perdeu recursos em comparação à proposta enviada pelo Congresso foi o do Trabalho e Previdência, que sofreu um corte de R$ 1 bilhão.

Em segundo lugar, o Ministério da Educação teve um cancelamento de R$ 736 milhões de recursos. Bolsonaro também vetou R$ 458,7 bilhões do Desenvolvimento Regional, R$ 284,3 milhões da Cidadania e R$ 177,8 milhões da Infraestrutura.

Acesse aqui o despacho de sanção de Jair Bolsonaro e a Lei 14.303, publicada no Diário Oficial da União de hoje (24).

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