sexta-feira, 4 de março de 2022

O estranho caso da falta de remédio para câncer (envolvendo os interesses milionários de Ricardo Barros e militares atrelados a Bolsonaro, por Luis Nassif

 

O que ocorreu com a licitação? Criou-se a carência, a centralização da compra mas, no final, recorreu-se a um laboratório público que, segundo o JN, recebeu a encomenda de última hora. Qual a razão da licitação ter sido suspensa?


Do Jornal GGN:

No ano passado, relatamos o golpe do Ministério da Saúde com as compras emergenciais no Xadrez do mais escabroso crime de corrupção., cometido na gestão de Ricardo Barros no Ministério da Saúde. Em janeiro, mostramos a repetição do golpe com a iumonoglobulina. Agora, o Jornal Nacional mostra o que pode ser a reedição do mesmo golpe com o mesilato de inatilube. Repetiu-se o golpe com a imonuglobulina?

Faltam dados para concluir.  Segundo o JN, 11 mil pessoas dependem do medicamento para tratamento de câncer.

O golpe é conhecido, repetido e tolerado:

1. Seleciona-se um medicamento de alto custo, para doenças especiais.

2. Cria-se uma escassez, reduzindo as compras ou esperando o contrato terminar.,

3. Depois, abre-se espaço para uma compra extraordinária, atropelando os controles do Tribunal de Contas da União.

No caso do mesilato, desde 2019 já havia falta no mercado, conforme alerta da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE). Em abril do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou que mudaria o processo de compras do Glivec, cujo princípio é o Mesilato de Imatinibe, e passaria a comprar de forma centralizada. Anunciou-se que a licitação seria assinada até o final da semana.

No dia 23 de agosto, foi assinado um contrato de aquisição com a Bristol-Myers Squibb, fornecedora tradicional da rede púbica. A previsão de entrega era para final de setembro. 

Segundo o Portal de Transparência do governo federal, a compra foi efetuado pelo Departamento de Logística do Ministério da Saúde, sob comando de militares trazidos pelo general Eduardo Pazuello.  O responsável pela compra é Eduardo Seara Machado Pojo do Rego. Ele foi secretário adjunto de Gestão de Saúde do Distrito Federal, e alvo da Operação Falso Negativo. Servidor concursado do Ministério da Saúde, chegou a ser preso na operação, recentemente foi aprovado em processo seletivo dio Ministério da Economia, como membro da Secretaria de Gestão.

A compra foi no valor de R$ 124 milhões, com dispensa de licitação. Mas foi feita do Instituto Vital Brazil, um laboratório público.

O que ocorreu com a licitação? Criou-se a carência, a centralização da compra mas, no final, recorreu-se a um laboratório público que, segundo o JN. recebeu a encomenda de última hora. Qual a razão da licitação ter sido suspensa?

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