quinta-feira, 3 de março de 2022

Um roteiro para entender melhor a guerra Rússia-Ucrânia e os interesses do ocidente que, através da OTAN (braço dos EUA na Europa), a fomentaram. Texto de Luis Nassif

 Vamos montar uma boa bibliografia sobre a crise Rússia-Ucrânia.

Vou pedir a ajuda de vocês para montarmos uma boa bibliografia de artigos essenciais para entender o atual conflito Rússia-OTAN sem o maniqueísmo que cerca, de lado a lado, a atual cobertura. Publico algumas dicas no final e aguardo outras.

No artigo “A guerra da Ucrânia, a mídia e os heróis e vilões da Marvel” expus alguns ângulos do conflito.

São eles:

  1. A divisão geopolítica do mundo pós-Segunda Guerra.
  2. O isolamento da Rússia, após o fim da União Soviética. Há pensadores americanos conservadores, dos anos 70, alertando para o risco de se tentar isolar a URSS.
  3. A manutenção da OTAN – criada exclusivamente para defender a Europa das investidas da Rússia – mesmo após o fim da URSS.
  4. O golpe de 2014 na Ucrânia, a eleição de um humorista como presidente e a ascensão das forças neonazistas, que passaram a integrar as Forças Armadas ucranianas. E – pelamordeDeus – parem de invocar a condição do presidente da Ucrânia, de descendente de judeus, como argumento para rebater a acusação. O nazismo é uma ideologia que atua com o racismo como forma de definir o inimigo externo e aglutinar o ódio. Nos anos 20, o “inimigo” eram os judeus. No século 21, a ultra-direita mundial – incluindo Donald Trump, Jair Bolsonaro e Benzion Netanyahu, o ex-primeiro ministro da Israel – definiu como inimigos os árabes, os negros, os LBTGs etc. 
  5. A ascensão da China, acabando com o poder único dos Estados Unidos, desde o fim da União Soviética, e obrigando a uma nova divisão geopolítica do mundo.
  6. O quadro geopolítico atual, e as análises sobre as condições de Biden e Putin de manterem o moral nacional elevado, para enfrentar a batalha da opinião pública. Tudo isso foi levado em conta por Putin, em sua estratégia.
  7. Os preparativos da Rússia, que há anos se planeja para um enfrentamento econômico de grandes proporções.
  8. A partir de todos esses dados, analisar a decisão de Putin de invadir a Ucrânia, com críticas consistentes contra os arroubos do homem de Estado – não com o vizinho de condomínio.

Uma entrevista com o ex-Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

ENTENDA OS ATAQUES DA RÚSSIA À UCRÂNIA | Com Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores

Sobre as implicações econômicas, tema relevante para saber até onde os EUA irão.

Russia-Ukraine crisis could see gas supply ramifications for the world

Volkswagen idles two German plants as supplies from Ukraine run dry | Financial Times

Ukraine war disrupts global market for grains | Financial Times

Sobre as milícias de ultra-direita na Ucrania

Commentary: Ukraine’s neo-Nazi problem | Reuters

Azov fighters are Ukraine’s greatest weapon and may be its greatest threat | Ukraine | The Guardian

Examining the Threat of the Azov Movement in Ukraine – GeoHistory

For Ukraine’s far right, war with Russia can be an opportunity – Europe – Haaretz.com

Sobre a estratégia econômica com a China

China’s yuan ‘trading like a safe haven currency’ as Ukraine crisis roils markets | South China Morning Post

The Ukraine crisis is a major challenge for China – BBC News

Sobre geopolítica e a história da Rússia.

RÚSSIA, EM BUSCA DE SEU ESPAÇO NO NOVO CONTEXTO INTERNACIONAL

https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/download/78224/44647/282898

https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/novosrumos/article/view/8520/5458

China and Russia’s Friendship in Ukraine Is Without Benefits

Sobre Putin e os direitos humanos

Rússia: Pior clima para os direitos humanos desde o fim da União Soviética | Human Rights Watch

Mais de 1,8 mil pessoas detidas na Rússia por protestarem contra a guerra | ONU News

Bachelet “muito preocupada” com decisão de tribunal russo sobre Testemunhas de Jeová | ONU News

https://news.un.org/pt/audio/2017/09/1213001

Rússia: Pior clima para os direitos humanos desde o fim da União Soviética | Human Rights Watch

A letter to the Western Left from Kyiv | openDemocracy

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