De acordo com Stone, o uso da corrupção como arma política não passa de manobra para disfarçar interesses. “Os processos judiciais são utilizados em todo o mundo por razões políticas, como uma ferramenta política. Mas o mundo inteiro é corrupto”, afirma o diretor, que escreveu e dirigiu filmes ganhadores do Oscar (Platton e Nascido em 4 de julho) e documentários sobre Edward Snowden, Guerra do Vietnã, Fidel Castro, Hugo Chávez e Putin
Perseguição da Lava Jato a Lula vira documentário em Hollywood
por André Cintra
O diretor norte-americano Oliver Stone, referência de Hollywood em filmes políticos, anunciou ter concluído seu mais novo projeto – um documentário sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O filme, agora em fase de pós-produção, vai abordar as ações criminosas da operação Lava Jato para perseguir e prender Lula, excluindo seu nome das eleições presidenciais de 2018.
Em entrevista à agência de notícias AFP, Stone afirmou que o documentário “é sobre a perseguição judicial – sobre o que aconteceu quando ele havia sido um presidente de sucesso e, então, foi preso por corrupção, que é como geralmente as coisas são feitas nesses países”. Segundo a AFP, o filme ainda não tem data de estreia, mas deve ser lançado em algum dos grandes festivais internacionais de cinema.
Crítico do imperialismo, Stone se autodeclara “um pensador livre”, que se opõe tanto ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump quanto ao atual, Joe Biden. Por sua produção, recebeu três estatuetas do Oscar – por Nascido em 4 de Julho (melhor diretor) e Platoon (melhor filme e melhor diretor).
O cineasta já escreveu e dirigiu filmes sobre a guerra do Vietnã e a guerra civil em El Salvador, além de documentários sobre governantes que se contrapõem à Casa Branca, como Fidel Castro, Hugo Chávez e Vladimir Putin. À AFP, ele diz enxergar Fidel, Chávez e Lula como líderes “humanistas” e “originais”, que “dão o seu melhor para servir ao seu país”.
De acordo com Stone, o uso da corrupção como arma política não passa de manobra para disfarçar interesses. “Os processos judiciais são utilizados em todo o mundo por razões políticas, como uma ferramenta política. Mas o mundo inteiro é corrupto”, afirma o diretor.
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