terça-feira, 19 de março de 2024

Advogados narraram os bastidores dos abusos de 10 anos de Lava Jato; confira a reportagem de Patrícia Faermann

 

Advogados trazem bastidores das irregularidades e abusos cometidos pela Operação Lava Jato, trazidos à tona somente após uma década

Foto: Agência Senado

Jornal GGN. - O advogado Antonio Figueiredo Basto, que assumiu a defesa do doleiro Alberto Youssef ainda em 2014, narrou à TVGGN os bastidores das irregularidades e abusos cometidos pela Operação Lava Jato, trazidos à tona somente após uma década, e que ainda perpetua seus resquícios.

“A Operação foi marcada por uma série de abusos que agora estão vindo à tona, por uma questão do destino, até eu diria, que foi quando Dr. Eduardo Appio assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba, e passou então a a desvelar, vamos dizer assim, as coisas que estavam guardadas sigilo.”

Ao GGN, ele relatou um caso da semana passada, nos autos dos processos dos quais ainda faz a defesa ligados ao doleiro, de que ainda não foi assegurado o direito de defesa: “Até hoje, muitas das coisas têm sido e mantidas [em sigilo]. Para vocês pasmarem, na semana passada, inclusive, nós fomos impedidos de ter acesso a uma investigação que nós entendemos como fundamental para dar continuidade aquela investigação do grampo, da interceptação na cela do Alberto Youssef.”

“Só agora que muitas coisas apareceram”, continuou Figueiredo. “Precisaram 10 anos para que nós pudéssemos ter acesso a um mar de irregularidades que eles praticaram.”

O advogado também lembrou bastidores das irregularidades da Lava Jato. Em um dos episódios, o procurador que coordenava a força-tarefa, Carlos Fernando dos Santos Lima, chegou a informar a Bastos que ele criaria uma “vara especializada para processar o Alberto Youssef”. “Eu falei para ele: ‘você tem esse poder todo, então faça o que quiser’. Quer dizer, era esse o ambiente de vulgaridade e insensatez.”

Relembre mais do caso Youssef aqui:

O advogado destacou uma peça, escrita por ele e sua banca ao então relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki (falecido), em 2014, na qual já antecipava que Moro havia se declarado suspeito, ainda em 2010, de julgar o caso.

No episódio narrado, há 10 anos, Figueiredo Basto e os demais advogados já haviam expostos a parcialidade do juiz, logo no início da Operação, conforme noticiou o GGN aqui:

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