O cunhado de Daniel Vorcaro (dono do Master), Fabiano Zettel, foi o maior doador pessoa física da campanha de Tarcísio (R$ 2 milhões).
Do Jornal GGN:
Como Tarcísio de Freitas se enredou no caso Banco Master, por Luís Nassif
- As dúvidas na privatização
- Conforme o artigo “EMAE e o golpe das privatizações de Tarcísio de Freitas” o golpe das privatizações segue um modelo em três atos.
- Blindagem ideológica
A mídia reforça a narrativa de que empresas estatais são ineficientes, enquanto privatizações são sinônimo de modernização e progresso. Essa construção simbólica prepara o terreno para a aceitação pública da venda de ativos estratégicos.
- Arquitetura financeira sofisticada
O controle das empresas é adquirido com uma fração do capital total, por meio de estruturas como fundos de investimento, debêntures e garantias cruzadas. O caso da EMAE é emblemático: o Fundo Phoenix FIP comprou 30% da empresa por R$ 1 bilhão, usando ações da Ambipar como garantia — ações que, segundo a CVM, foram artificialmente valorizadas.
- Rapinagem sobre o caixa e os ativos
Após assumir o controle, os novos gestores priorizam distribuição de dividendos, desmonte de ativos ou investimentos em empresas do próprio grupo, em detrimento da qualidade dos serviços. A EMAE, por exemplo, investiu R$ 250 milhões em títulos da Light S.A., empresa ligada a Nelson Tanure, e emprestou R$ 10 milhões à Milos Participações, também associada a ele.
O roteiro EMAE-Banco Master
- O governo Tarcísio de Freitas privatiza a Emae, vendendo o controle ao Fundo Phoenix FIP, cujo investidor de referência é Nelson Tanure. Valor: algo em torno de R$ 1,0–1,04 bilhão.
- Já privatizada e sob gestão vinculada ao Phoenix/Tanure, a Emae aplica R$ 160 milhões em CDBs de um banco do conglomerado Master em 30/9/2025.
- Na sequência, em 7/10/2025, depois de ter comprometido 5,88% do caixa da Emae com o Master, Tanure revende a empresa para a Sabesp por cerca de R$ 1,13 bilhão.
- Pouco mais de um mês depois, em 18/11/2025 o conglomerado Master (Banco Master, Letsbank) foi colocado em liquidação extrajudicial pelo Banco Central. Ou seja, Tanure conseguiu vender a Emae sem registrar o prejuízo futuro com a liquidação do Banco Master.
- O cunhado de Daniel Vorcaro (dono do Master), Fabiano Zettel, foi o maior doador pessoa física da campanha de Tarcísio (R$ 2 milhões).

São muitas as dúvidas sobre essa aplicação no Master.
- Quem autorizou a aplicação?
- Onde estão as atas do conselho?
- Houve análise formal de risco?
Critérios técnicos
- A EMAE respeitou:
- Limites de risco por emissor?
- Política interna de rating mínimo?
- Limite de concentração bancária?
Conflito de interesses
- Aplicação em banco ligado a familiar de grande doador do governador = coincidência?
- O banco foi escolhido por taxa, relacionamento ou pressão política?
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