quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Tal qual fez o nazismo, o bolsonarismo quer exterminar com os pobres e a esquerda? Análise de Francisco Celso Calmon, coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do ES; autor do livro Combates pela Democracia (2012)




R$ 48 milhões gastos em uma auditoria no BNDES para afirmar que não encontrou irregularidades. As irregularidades só existem dentro da doentia obsessão do seu Jair

Foto Deutsche Welle

Como o nazismo fez com os judeus e os comunistas, o bolsonarismo quer exterminar com os pobres e com a esquerda?

por Francisco Celso Calmon, no GGN

Enquanto os pobres são responsáveis pela pobreza e pela devastação do meio ambiente, o governo desperdiça dinheiro para satisfazer ilações leigas de um paranoico ideológico. Este é o retrato desta semana do governo bolsonarista.
R$ 48 milhões gastos em uma auditoria no BNDES para afirmar que não encontrou irregularidades. As irregularidades só existem dentro da doentia obsessão do seu Jair, o presidente miliciano e nazifascista do Brasil.
O presidente do Banco assumiu o cargo compromissado com Bolsonaro de realizar auditoria no BNDES, abrir a tal “caixa preta” de seu delírio esquizofrênico.
Penso que ambos podem estar sujeitos a processos por ferir princípios de economicidade e probidade administrativa. Indaguemos à guisa de reflexão:
1 – Desvio da finalidade de interesse público para atender a desejos político-ideológicos ou ilações pessoais? 
2 – Considerando que existem órgãos públicos especializados para realizar auditorias (auditoria interna, controladoria, MP, PF, CPI), não teria havido malversação do dinheiro público?  Visto que, caso a empresa privada tivesse detectado qualquer irregularidade, teria que ser encaminhado a um ou mais desses órgãos para apuração. Empresa privada não tem fé pública, seu produto seria apenas uma matéria prima para servir de “input”, como mera notícia, para órgãos públicos encarregados de controlar o erário. Que poderiam ou não apurar, a depender da consistência do relatório.
3 – Pode um presidente e um gestor estatal gastarem dinheiro público para satisfazer uma desconfiança subjetiva, a uma bravata de campanha, a uma suspeição de origem ideológica?  Não caracteriza a má gerência? Especialmente quando há órgãos do Estado remunerados para cumprir essa finalidade?
4 – Desapoiou órgãos públicos, sinalizando desconfiança, para contratar empresa privada pelo valor exorbitante de 48 milhões, quando a miséria e o desemprego campeiam pelo território pátrio, não caracteriza a má gestão e desprezo pela situação do povo?
5 – Não houve desobediência aos princípios de impessoalidade, moralidade e eficiência, da Administração pública?
Paralelo a isso, o dragão da maldade do povo e do país, Paulo Guedes, sempre com respostas rasteiras e simplistas para tudo, afirmou peremptoriamente: “o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza” e “as pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer”. As declarações foram dadas nesta terça-feira (21) durante o painel intitulado “Moldando o futuro da indústria avançada”, do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Anteriormente, com a sua empáfia charlatã, havia afirmado que a culpa da pobreza é dos pobres que não sabem poupar”
Se a pobreza é responsável pela devastação ambiental e se a culpa da pobreza é dos pobres, segundo o apedeuta Guedes, como discípulo do nazifascismo, será que vai pregar o extermínio dos pobres? Para isso suscitou um novo AI5?
Há de se interrogar: e a degradação ambiental em outros países, é culpa da pobreza?
Evidente que tudo que é complexo o celebro do dragão da maldade, Guedes, não processa, prefere fazer ilusionismo verborrágico, próprio de um presepeiro. 
Encerro com esta mensagem recebida: Guedes enfim responsabilizou o capitalismo pela degradação ambiental, porque, implicitamente, é óbvio, admitiu que a pobreza, não nascendo do nada, necessariamente é resultado de um sistema econômico. Pobreza e miséria só podem ser resultado de um sistema econômico. (Jaime Cardoso).
Francisco Celso Calmon é administrador, advogado, coordenador do Fórum Memória, Verdade e Justiça do ES; autor do livro Combates pela Democracia (2012) e autor de artigos nos livros A Resistência ao Golpe de 2016 (2016) e Comentários a uma Sentença Anunciada: O Processo Lula (2017).

Nenhum comentário:

Postar um comentário