Para o jornalista, é caso de se pensar se há espaço para terceira via ou se a frente ampla contra o fascismo poderia se dar em torno de Lula
Jornal GGN – Jair Bolsonaro depende de um golpe de Estado para permanecer no poder, avalia o jornalista Kennedy Alencar em sua coluna no UOL desta segunda (6).
Sem competência para gerir a crise econômica, com a família mergulhadas em suspeitas de corrupção, uma pandemia sem previsão para acabar e pesquisas de opinião indicando a vitória de Lula em 2022, não há outra saída para o extremista de direita que não passe por aumentar o tom das ameaças contra as instituições.
Os filhos “têm uma vida patrimonial inexplicável” perante as autoridades e “há farta munição para a Justiça mandar Bolsonaro à prisão”. O medo do cárcere é o que move o presidente, segundo noticia a imprensa há algumas semanas.
Bolsonaro fará de tudo para se manter no poder com um segundo mandato. Mas, na visão de Alencar, o plano autoritário “também tende a fracassar. No Brasil, não há condições objetivas de sucesso devido ao desastre na economia, na política, na área social, no meio ambiente e na pandemia.”
Isso não significa que a parcela da sociedade que defende a democracia pode cochilar ou esperar um refresco após os atos de 7 de setembro. Depois da marcha, “o Brasil viverá em clima de confronto até as eleições de outubro do ano que vem. (…) Nesse cenário, os democratas terão de disputar a política, as redes sociais e as ruas com Bolsonaro e seus fascistas. Não haverá outra forma de salvar a democracia”, sugeriu o jornalista.
Para ele, inclusive, é caso de se pensar se há espaço para terceira via ou se a aliança ampla contra o fascismo poderia se dar em torno de Lula. “Uma união de todos os democratas contra a ameaça autoritária parece ser mais realista.”
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