"A posição do futuro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, era de carregar a bandeira "contra a corrupção" da Operação Lava Jato ao Executivo. Foi esse o motivo alegado pelo até então magistrado de Curitiba para aceitar o posto no governo do PSL. Mas ao ser questionado sobre as suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) contra o ex-assessor de Flávio Bolsonaro e ex-secretária de Jair Bolsonaro, Moro se eximiu de responder."
Jornal GGN - A posição do futuro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, era de carregar a bandeira "contra a corrupção" da Operação Lava Jato ao Executivo. Foi esse o motivo alegado pelo até então magistrado de Curitiba para aceitar o posto no governo do PSL. Mas ao ser questionado sobre as suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) contra o ex-assessor de Flávio Bolsonaro e ex-secretária de Jair Bolsonaro, Moro se eximiu de responder.
Na primeira acusação contra indicados por Jair Bolsonaro a ocupar o governo, assim como ele, Sérgio Moro defendeu que os ministros sejam afastados apenas na condição de "denúncias consistentes". "Tem que ser avaliado. Defendo que em caso de corrupção se analise as provas e faça um juízo de consistência", afirmou, logo que aceitou assumir o cargo da Justiça.
A conversa de Bolsonaro, que não exigiu muitas visitas ao juiz enquanto ainda o candidato eleito do PSL estava em campanha eleitoral, teria sido acordada com o seguinte teor: caso algum ministro ou membro do governo seja acusado de corrupção, Moro poderia opinar pela exoneração do denunciado.
"Eu não assumiria o papel de ministro da Justiça com o risco de comprometer a minha biografia, o meu histórico. Isso foi objeto de discussão e a afirmação do presidente eleito é que ninguém seria protegido se surgissem casos de corrupção", explicou Moro, ainda no início do mês passado.
Mas a suspeita de agora recai diretamente na família do presidenciável: o Coaf identificou uma movimentação classificada como "atípica" de R$ 1,2 milhão em uma conta do ex-assessor e policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e tendo como um dos beneficiários a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Ainda, de acordo com mais informações divulgadas hoje com base nesse relatório do Conselho, Nathalia Melo de Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, também estaria envolvida em movimentações financeiras "atípicas". Até o mês passado, Nathalia era assessora direta do então deputado e agora futuro presidente Jair Bolsonaro.
Assim, não somente o assessor do filho e a esposa de Bolsonaro estariam envolvidos nas suspeitas do Coaf, como também a assessora direta do ex-deputado, o presidente eleito.
Da mesma forma como questionaram Sérgio Moro sobre ministros alvos de acusações, jornalistas perguntaram ao futuro ministro da Justiça o seu posicionamento sobre as recentes acusações, com dados de peso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
Sérgio Moro falava à imprensa na tarde de hoje (07) sobre novos indicados para a sua equipe de governo, incluindo o policial rodoviário federal Adriano Marcos Furtado para o cargo de chefe da Polícia Rodoviária, e o advogado Luciano Benetti Timm para a Secretaria Nacional do Consumidor. Preferiu ignorar a pergunta dos jornalistas e não comentou nada.
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