quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Brasil, após o golpe e da eleição de Bolsonaro, volta para a lista de países mais barrados na União Europeia





Jornal GGN - No nomento em que o governo Bolsonaro anuncia que pretende retirar o Brasil de um novo acordo global para permitir cooperação no âmbito da imigração, a Agência de Fronteiras da União Europeia - mais conhecida como Frontex - comunica que o País voltou para a lista de 10 nações que têm mais cidadãos barrados nos aeroportos da região.
No primeiro semestre de 2018 aumentou em 45% o número de brasileiros que não sairam dos aeroportos europeus, colocando o Brasil na nona posição no ranking das nacionalidades mais rejeitadas. "A alta é considerada a maior registrada este ano entre todos os países", reportou o jornalisa Jamil Chade, do Estadão.
Segundo Chade, "fontes na ONU consideram que o Pacto Global para Imigração, assinado na segunda-feira no Marrocos, poderia ser um instrumento para ajudar os imigrantes brasileiros no exterior e reforçar a cooperação entre o Brasil e os países de destino dessas pessoas". Mas o futuro chanceler de Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, já anunciou que não vai cumprir com o pacto. 
A tendência, portanto, é de crescimento ainda maior em relação ao volume de brasileiros barrados. Em 2017, houve um total de 1.532 brasileiros impedidos de entrar em países europeus, sob a suspeita de serem imigrantes irregulares. Em 2018, esse número saltou para 2.225. "Quando comparados os segundos trimestres de 2017 e de 2018, a alta foi de 50%."
Na lista dos 10 países mais rejeitados, o Brasil chegou a superar o Marrocos. "Os novos números marcam uma virada na tendência registrada pelo Brasil na última década. A partir de 2008, o total de brasileiros barrados na Europa caiu, passando de 11,1 mil, em 2008, para 4,7 mil, em 2011, e 3 mil, em 2012. Dois anos depois, a quantidade de brasileiros impedidos de entrar na UE foi de apenas 2,2 mil. A primeira alta de fato foi registrada em 2017, com 3,1 mil brasileiros barrados. Em 2018, essa tendência ganhou força", analisou Chade.

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