quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A “propina que não houve” da Globo (e Televisa) foi de R$ 50 mi, diz delator



Torneos
Agora há pouco no UOL, o repórter James Cimino revela que o advogado Alejandro Burzaco relatou à justiça dos Estados Unidos que a Globo e a Televisa (do México) teriam, em março de 2013, pago US$ 15 milhões (cerca de R$ 50 milhões em cotação atual) em propinas à Torneos y Competencias (TyC), para serem repassados a Julio Grondona, vice-presidente executivo e Presidente Financeiro da FIFA, morto em julho de 2014.
O pagamento seria parte da venda de direitos de transmissão das copas de 2026 e 2030. Os direitos eram vendidos à subsidiária holandesa da  “Torneos”, a T & T Sports Marketing BV, em sociedade com a Traffic – do empresário e sócio da Globo em uma emissora, J. Háwilla –  que os revendia à Globo e à emissora mexicana, enviando dinheiro para uma conta no banco suíço Julius Baer – o mesmo que operou para Eduardo Cunha – destinada a Grondona.
Burzaco disse ainda que teve uma reunião com Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF e procurado pela Interpol, José Maria Marin – preso nos EUA – e o próprio Háwilla, onde se reclamava do “o atraso do pagamento de propinas relacionadas à venda dos direitos de transmissão da Libertadores e Copa Sul-Americana”.
O colunista Rodrigo Mattos, também do UOL, reproduziu documentos que provam a existência de vínculos contratuais entre a Globo e a subsidiária holandesa da “Torneos”, empresa do delator, por  pelo menos 11 anos, de 2005 a 2016 .
Nada disso, claro conta das “exaustivas investigações” feitas pela própria Globo, que diz ser honestíssima baseada no argumento de que é honestíssima, ora, pois, pois.

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