terça-feira, 19 de setembro de 2017

Rodrigo Tacla Duran, o pesadelo de Moro, em vídeo de Joaquim de Carvalho, seguido de um artigo de Luis Nassif






O jornalista Joaquim de Carvalho, do DCM, analisa em vídeo (acima) a decisão de Moro de processar, ultrapassando os limites do Direito Internacional (e mesmo o que diz o nacional) o doleiro de cidadania espanhola que teve contrato com a advogada Rosângela, esposa do juiz. Carvalho também comenta e mostra trechos da entrevista que Rodrigo Tacla Duran deu ao jornal El País onde afirma estar sendo ameaçado pelos poderosos do Brasil. Carvalho vai mais à funda e pergunta: "se Duran era bandido, por que a mulher de Moro recebeu pagamentos dele?"

Leia também, abaixo, um artigo de Luis Nassif, sobre os efeitos das denúncias e provas de Tacla Duran sobre a Lava Jato:


Xadrez sobre a falsificação de documentos na Lava Jato, por Luís Nassif



GGN.- O livro-bomba sobre a Lava Jato, prometido pelo doleiro espanhol Tacla Duran, começa a dar frutos.
Tacla é o doleiro cuja declaração de renda comprovou pagamentos a Rosângela Moro, ao primeiro amigo Carlos Zucolotto e a Leonardo Santos Lima.
Alguns capítulos do livro ficaram por alguns dias no site de Tacla. No livro, ele diz que a delação da Odebrecht teve vários pontos de manipulação, com a montagem de documentos, provavelmente por pressão dos procuradores, atrás de qualquer tipo de prova contra Lula.
O juiz Sérgio Moro facultou apenas aos procuradores da Lava Jato o acesso ao banco de dados especial da Odebrecht. Aparentemente, os procuradores entram lá e pinçam apenas o que interessam.
Analistas foram atrás das dicas levantadas por Tacla e quase todas se confirmaram.
Mais que isso: há indícios de que alguns dos documentos foram montados.
Evidência 1 – extrato da Innovation tem somas erradas.
Evidência 2 – os extratos com erros são diferentes de outros extratos do mesmo banco apresentados em outras delações.
Evidência 3 – os extratos originais do banco apresentam números negativos com sinal -, ao contrário do extrato montado, em que eles aparecem em vermelho.
Evidência 4 – a formatação das datas de lançamento é totalmente diferente de outros documentos do banco, que seguem o padrão americano: Mês/Dia/Ano.
Evidência 5 – a formatação nas datas de lançamento é idêntica ao da planilha PAULISTINHA, preparada por Maria Lúcia Tavares, a responsável pelos lançamentos no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Evidência 6 – nos anexos da delação de Leandra A. Azevedo consta ordem de pagamento, com data de 28 de setembro de 2012, de US$ 1.000.000,00 da conta da Innovation para a Waterford Management Gourp Inc. Mas no extrato bancário supostamente montado, a transferência consta como saída de 27 de setembro de 2012, ou seja, antes da ordem de pagamento.
Agora, se coloca o juiz Sérgio Moro em situação complicada. Como pretende julgar o processo sem facultar o banco de dados da Odebrecht à defesa, para se identificar os documentos falsificados e os verdadeiros.

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