Relatório reforça versão divulgada por Paulo Marinho sobre investigação de Flávio Bolsonaro, que teria recebido informações vazadas de delegado da PF
Jornal GGN – Um relatório elaborado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) confirma e reforça a entrevista concedida pelo empresário Paulo Marinho, onde ele afirma que a Polícia Federal sabia das irregularidades envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O documento trata de casos de movimentação financeira fora do padrão por parte de servidores da Alerj, e foi elaborado em janeiro de 2018 pelo Coaf e apresentado ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, e integra a documentação que deu origem à chamada operação da PF “Furna da Onça”.
Segundo o jornal O Globo, o relatório explica que estavam ali relacionados casos de servidores e ex-servidores da Alerj com movimentação financeira incompatível com a renda entre 2016 e 2017. O documento tem mais de 400 páginas.
Fabrício Queiroz é citado em tabela com registro de operação fora do padrão no total de R$ 1,2 milhão, com a indicação “gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro”. A movimentação financeira é detalhada ao final do documento.
Quando a operação Furna da Onça foi deflagrada pela Polícia Federal, o nome de Queiroz não foi citado nos primeiros despachos, mas o documento do Coaf é indicativo de que o caso envolvendo seu nome já era conhecido pelos investigadores.
Neste domingo, Paulo Marinho declarou em entrevista à jornalista Monica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, que Flávio Bolsonaro recebeu informações vazadas pelo delegado da PF, afirmando que Queiroz era um dos alvos da investigação.
Outro detalhe a ser considerado: a Operação Furna da Onça era um desdobramento da Operação Cadeia Velha, iniciada em 2017 para investigar irregularidades na gestão de Sérgio Cabral. Quem estava à frente da operação desde o início era o delegado Alexandre Ramagem – que, no início de 2018, foi deslocado para a área de Recursos Humanos da PF e, no fim do ano, passou a integrar a equipe de segurança do então presidente eleito Jair Bolsonaro.
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