Por tudo, o bolsonarismo está transformando essas eleições num MMA sem regras, num vale tudo ao arrepio da Constituição e das leis.
A corrupção do voto
Alguns casos de tentativa de compra de votos foram descobertos, mas, quantos casos não foram? É difícil de calcular. Porém, é de supor que podem ter existido muitos, afinal, compra de votos sempre existiu, quando não diretamente, através da compra de cabos eleitorais.
Tratando-se de um candidato corruptor, familia devassa, governo de falcatruas, a corrupção deve estar elevadíssima.
As denúncias geralmente são a posteriori, podem até punir rapidamente o corruptor, contudo, não há como desfazer aqueles votos.
Tem que colar na testa do genocida que ele é corrupto, falso patriota, falso cristão, sem compaixão com o próximo (tripudia sobre as mazelas alheias), misógino, homofóbico, preconceituoso com negros, indígenas e nordestinos.
Denunciar exaustivamente que o bolsonarismo tem um projeto de poder para transformar o Estado democrático num Estado autocrático e cuja forma de governo será uma cleptocracia, que se manterá no poder, por meio de corrupção e roubo.
Já há um projeto bolsonarista para dominar também o Judiciário. Vencendo as eleições, contando com a maioria do Congresso, aprovando o projeto de aumentar o número de ministros do STF, estaremos numa ditadura institucional – a pior delas, pois não haverá aonde recorrer.
Por tudo, o bolsonarismo está transformando essas eleições num MMA sem regras, num vale tudo ao arrepio da Constituição e das leis.
Caso alguma pesquisa o coloque em vantagem, e ele não vença, está dado o argumento para a insurgência.
Muito dinheiro correu na campanha dos bolsonaristas, e o orçamento secreto irrigou essa corrupção. Assim como os ricaços, tipo Guedes e seus parceiros do rentismo, devem ter sidos pródigos com suas burras.
Neste segundo turno é crível conjecturar que irá dobrar, triplicar, o mercantilismo do voto.
São tantas indagações e reflexões que análises de engenharia de obras prontas, no momento, não contribuem, salvo se acompanhadas de proposições para este segundo turno, senão fica a crítica pela crítica, estéril para as circunstancias.
Muitos apoiamentos feitos ultimamente para Lula, não se traduzem em votos, são mensagens para o mercado e para a direita ainda reclusa para desarmar o preconceito antipetista e antilulista e colocar a nação acima dos seus interesses capitalistas.
A responsabilidade social está acima da responsabilidade fiscal, assim como a soberania popular está acima de tudo, pois, como reza o artigo primeiro da Constituição “todo o poder emana do povo…”, portanto, atender as necessidades do povo está em primeiríssimo lugar.
Os assalariados de 2 a 5 sm devem ser o alvo prioritário neste momento da campanha. Esse segmento sofreu na pandemia, sofreu com a desvalorização real do salário, com a retirada de direitos trabalhistas, com aumentos dos planos de saúde, com aumentos da gasolina, do aluguel, com as dificuldades maiores para aquisição da casa própria e do carro, e sofre com a falta de segurança frente às milicias, aos policiais bolsonaristas e ao tráfico de drogas.
É o segmento da classe média pobre e da média que vive na fronteira entre decair ou chegar à classe média alta.
Falar aos 33 milhões desempregados e com fome, e explicar as causas e o que vai fazer de imediato para reverter o quadro.
Falar à sociedade em geral como será o Brasil da esperança, o povo precisa também sonhar e saber que é possível construir esse projeto.
Insisto em que é um desperdício o Alkmin acompanhar sempre Lula. Ele deveria centrar esforços em São Paulo e um pouco no sul do país.
E Lula priorizar Minas e o Nordeste, falando para os famélicos e para essas classes médias de 2 a 5 salários mínimos de maneira especial.
No Rio, a campanha eleitoral pode ficar sob a direção do Paes e dos Maias, juntos com a Frente Brasil da Esperança.
A militância unida poderia organizar um mutirão, um arrastão, pelos bairros, para conquistar votos dos ainda iludidos, indecisos e absenteístas do primeiro turno.
Jamais abandonar a luta. Nós da “Geração68” lutamos até a queda da ditadura. A fuga é a morada dos fracos! O Brasil é do seu povo.
Não há que ter ou demonstrar medo de fascistas. As ruas são o nosso palco de combate ao bolsonarismo.
À luta, às ruas, combatentes da democracia, com a história na razão e a certeza da vitória no coração.
Francisco Celso Calmon, coordenador do canal pororoca e ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça
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