segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Xadrez das insurreições/conspirações nazifascistas-funtamentalistas-bolsonaristas, por Luis Nassif

 

Mas não deve haver ilusões: o país enfrenta nitidamente uma conspiração com participação de think tanks, pastores evangélicos, agentes infiltrados nas corporações públicas, inclusive no Exército, estimulando teorias conspiratórias.

Por Luis Nassif


Como entender o que se passa hoje no país, com multidões de zumbis, repetindo teorias conspiratórias das mais amalucadas, e acampando em frente aos quartéis?

Trata-se de um xadrez complexo, que envolve muitos personagens, um clima de mal-estar generalizado em relação às limitações do modelo democrático liberal, em cima dos quais atuam ideólogos e agentes provocadores, invocando vários instrumentos do fascismo histórico.

Um dos principais sociólogos contemporâneos, Manuel Castells faz uma boa síntese dos tempos atuais:

Peça 1 – como ocorrem os golpes civis

Nas duas últimas décadas multiplicaram-se os chamados golpes civis, sem o velho modelo de intervenção militar, mas com uso intensivo das redes sociais, insuflando a revolta popular. Foram batizados de “revoluções coloridas”, ou “primaveras”.

Não é um fenômeno simples e individual, como um golpe militar. Há a necessidade de uma insatisfação mais disseminada, que se espraia por vários grupos e organizações. É nesse caldeirão que atuam os demais personagens: os agentes ideológicos, os financiadores e a malta propriamente dita. alimentada por teorias conspiratórias.

O fato de existir um clima prévio de insatisfação impediu muitos analistas de enxergarem o todo. Passaram a enquadrar os movimentos pós-2013 na categoria de geração espontânea e qualquer tentativa de identificar influências externas foram tratadas como “teoria conspiratória”.

Isso porque havia o movimento de uma rapaziada em torno da bandeira do passe-livre, provavelmente nascido espontaneamente do ativismo digital. Havia (e há) um caldeirão de insatisfações diversas, no qual se movem estruturas organizadas para dirigir o movimento de manada para os jogos políticos.

Em 2015, o livro “Guerras Híbridas: Das Revoluções Coloridas aos Golpes”, de Andrew Korybko, traduzido para o português pela Expressão Popular, sistematizou os pontos em comum entre as diversas “revoluções coloridas”.

Um dos diagramas mostra o funcionamento desses movimentos.

No comando da organização, há os ideólogos fornecendo o cimento que juntará todos os tijolos. Abaixo deles, os financiadores e o social – os institutos e ONGs que passaram a organizar movimentos jovens por vários países.

Essas ONGs, das quais a mais notória é a Atlas Network, monta treinamentos para jovens atuarem politicamente nas redes sociais e na vida real. A partir daí geram um conjunto de informações, fatos e teorias conspiratórias que alimentam a mídia.

O símbolo de punho cerrado remete ao movimento original, que forneceu o know how e a inspiração para os demais: o Otpor, sobre o qual se falará mais abaixo.

Cada um desses núcleos possui um patrocinador. No caso brasileiro, em geral organizações norte-americanas. Depois, os chamados Tenentes/Assistentes – os movimentos tipo Vem Pra Rua, MBL, Passe Livre etc. Finalmente, os civis/simpatizante, na sua versão atual infestando as portas dos quartéis.

Se o Ministério Público Federal quiser sucesso em sua empreitada de investigar os sediciosos, tem que identificar os ideólogos (que articulam todas as peças do jogo) e os financiadores.

.

Peça 2 – a criação da tecnologia do golpe

A tecnologia das chamadas “revoluções coloridas” veio da Sérvia, no levante de 2000. Depois, houve a Revolução das Rosas, na Geórgia, em 2003; a Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, e a Revolução das Tulipas, no Quirguistão, em 2005, todas elas no rastro do desmanche do império soviético.

A primeira organização que emergiu dessas manifestações foi a Otpor, constituída por jovens da Sérvia, que depois adotou o nome de Canvas. Seu símbolo esteve presente em vários movimentos, inclusive nas jornadas de 2013 no Brasil.

Conforme trabalho de 2009 (quatro anos antes das manifestações brasileiras) por Felipe Afonso Ortega, na tese de mestrado de relações internacionais “Cores da Mudança? As Revoluções Coloridas e seus reflexos em política externa” pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, havia um padrão comum a todos esses movimentos.

  • Participação direta dos Estados Unidos, através do Departamento de Estado ou think tanks. Há uma divergência menor: se o apoio norte-americano (e europeu) foi essencial para o movimento, ou apenas ajudou a turbinar um descontentamento que já mobilizava a população.
  • Adesão dos revoltosos aos Estados Unidos, Europa e OTAN.
  • Ligações transnacionais entre todos esses movimentos.
  • A utilização de eleições (nem sempre presidenciais) para contestar abertamente o governo e/ou o regime vigente.
  • Uma grande participação popular, não apenas durante as eleições, mas também antes e, se necessário, após os processos de votação, para contestar possíveis fraudes. 
  • E uma mudança significativa de governo, às vezes acompanhada por mudança de regime. 

O episódio brasileiro mais revelador foi a própria eleição de Bolsonaro. Nos primeiros meses de governo, além de um lambe-botas humilhante em relação aos Estados Unidos, vendeu a ideia da entrada do Brasil na OCDE (o grupo de países desenvolvidos), embora provavelmente não tivesse a menor ideia sobre o seu significado.

Mark Bessinger, professor de Princeton e um dos autores mais citados sobre o tema “primaveras”, com o livro “Structure and Example in Modular Political Phenomena: The Diffusion of Bulldozer/Rose/Orange/Tulip Revolutions Perspectives on Politics”, mencionou::

“O governo Americano gastou 65 milhões de dólares promovendo a democracia na Ucrânia nos anos imediatamente precedentes à Revolução Laranja. Em maio de 2005, Bush viajou para Tbilisi, onde caracterizou a Revolução das Rosas como um exemplo a ser seguido por todo o Cáucaso e pela Ásia Central. Sob a influência das comunidades da sociedade civil que elas servem e de seus financiadores governamentais (…), um grande número de ONGs americanas (Freedom House, National Endowment for Democracy, National Democratic Institute, International Republican Institute e a Fundação Soros) silenciosamente passaram a adotar modos mais confrontacionais de promover mudanças”.

Peça 3 – os think tanks no Brasil


Todas essas revoluções – incluindo as manifestações de 2013 no Brasil – tiveram apoio ostensivo de Institutos e ONGs norte-americanos.

Não significa necessariamente que o grupo original do Passe Livre tenha sido pau-mandado de ONGs externas. Mas, a partir de determinado momento, houve o apoio direto de agências de publicidade ligadas ao Partido Democrata e que se especializaram em aporte operacional a movimentos dessa ordem.

Antes mesmo de 2013, houve os primeiros ensaios,  como o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, conhecido como Cansei, organizado pelo então empresário João Dória Jr. Ou o Dia do Basta, em 2013.

A organização com maior penetração no país foi a Atlas Network, uma rede de think tanks americana canalizando recursos públicos do Departamento de Estado Norte-Americano e do National Endowment for Democracy (Fundação Nacional para a Democracia – NED) para estruturar, financiar e dar treinamento a uma série de afiliadas pelo mundo.

Os braços da Atlas Network no Brasil

No Brasil, o principal ativista e o ponto de contato com esses think tanks é Winston Ling, herdeiro do grupo Olvebra, de uma família ligada a Chiang Kai-shek, um dos governos mais corruptos da história, derrubado por Mao Tse Tung. Com a queda, famílias como a Ling e a família Pih fugiram para o Brasil com parte do patrimônio acumulado. 

.

Ling não se envolve diretamente nos negócios da família, é considerado um bon vivant. Seu feito empresarial mais conhecido foi ter adquirido os direitos do concurso Miss Brasil. 

Ele vive em Hong Kong, onde dirige a Ouray Iniciative, de defesa da autonomia da região.

Peça 4 – o fator religioso

O segundo personagem relevante desses movimentos são pastores pentecostais.

Há dois movimentos que explicam sua ascensão no país – ambos ligados à geopolítica norte-americana.

O primeiro, o Relatório Rockefeller, fruto de sua viagem à América Latina em 1969.

Batizado de “A qualidade de vida nas Américas”, o relatório trazia conclusões interessantes. Uma delas era a ampliação do uso do rádio transistor que afetaria as expectativas de “milhões que ficam isolados por analfabetismo e por localizações remotas” e, sabendo que existiam modos de vida diferentes, “nunca mais se contentaram em aceitar como inevitáveis os padrões do passado”. O que comprova que toda mudança tecnológica na comunicação desorganiza o mercado de informações trazendo instabilidade.

Um ponto positivo foi chamar a atenção para a relevância da ciência e da tecnologia no crescimento e, consequentemente, na estabilidade democrática do continente. A Fundação Rockefeller foi relevante para acelerar a biotecnologia e a pesquisa agrícola e nuclear no país.

Há trechos dedicados à Igreja católica, com preocupações explícitas:

“As comunicações modernas da Igreja e a educação crescente têm causado uma agitação entre as pessoas que teve um impacto tremendo na Igreja, tornando-a uma força dedicada à mudança – mudança revolucionária se necessário. 

A Igreja pode estar um pouco na mesma situação que os jovens – com um profundo idealismo , mas como resultado, em alguns casos, vulneráveis ​​à penetração subversiva; pronto para empreender uma revolução, se necessário, para acabar com a injustiça, mas não está claro quanto à natureza última da própria revolução ou quanto ao sistema governamental pelo qual a justiça que ela busca pode ser realizada”.

Atribui-se a essa visita de Rockefeller a iniciativa americana de substituir a influência da Igreja Católica no país – especialmente o ativismo das comunidades eclesiais de base – por novas formas de religiosidade, estimulando a expansão do neopentecostalismo no país.

Não por coincidência, as primeiras notícias sobre a nova religião aparecem na primeira metade dos anos 70, em matéria de capa da revista Veja.

O ex-MInistro Eugênio Aragão chama a atenção para outro personagem:

“Importante explorar o papel do Summer Institute of Linguistics (SIL) durante o governo Geisel, para trazer o pentecostalismo ao Brasil como alternativa ao catolicismo. A fachada era o trabalho missionário de indígenas, mas esse instituto se converteu no verdadeiro think-tank e atuador na importação do pentecostalismo no Brasil”.

Peça 4 – o pacto político de Reagan e João Paulo 2o


Mas a pá de cal nos movimentos eclesiais de base, deixando o campo aberto para o neopentecostalismo, foi dado pelo Papa João Paulo 2o, em um pacto com o governo Reagan.

Principal estudioso do pacto Reagan-João Paulo 2o, Mark Riebling traz informações definitivas em seu livro “A equipe da Guerra Fria do Papa João Paulo II e Ronald Reagan” com base em arquivos ultrassecretos do Conselho de Segurança Nacional, disponíveis na Biblioteca Ronald Reagan em Simi Valley, Califórnia.

“Na verdade, os documentos revelam uma corrida contínua para reforçar o apoio do Vaticano às políticas dos Estados Unidos. Revelam também um Vaticano que age politicamente, mas sempre de forma altamente espiritual”.

O papel político “altamente espiritual” de João Paulo 2o para desmontar a teologia da libertação pode ser conferido no trabalho “O Vaticano e a Igreja no país”, de Ivo Lesbaupin, Sociólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro Joao XXIII – /SER.

“O documento de Santa Fé I, de 1980, que propunha a política norte-americana para a América Latina a ser implementada pelo governo Reagan, dizia: “( … ) A política exterior dos EUA deve começar a enfrentar (e não simplesmente reagir posteriormente) a Teologia da Libertação tal como é utilizada pelo clero da Teologia da Libertação. O papel da Igreja na América Latina é vital para o conceito de liberdade política. Lamentavelmente, as forças marxistas-leninistas utilizaram a Igreja como uma arma política contra a propriedade privada e o sistema capitalista de produção, infiltrando a comunidade religiosa com idéias que são menos cristãs que comunistas “.

O artigo lista algumas das intervenções do conservadorismo do Vaticano no Brasil:

  • 1984 – Fevereiro: o cardeal Dom Eugênio Salles suspende a Missio Canônica de Frei Clodovis Boff, que era professor da PUC desde 1978. A suspensão atinge também Frei Antônio Moser. –
  • Maio: inspeção nos seminários e casas de formação. O cardeal Hoeffner visita o seminário na Arquidiocese de sao Paulo. 
  • 7 de setembro: colóquio de Leonardo Boff com Ratzinger em Roma. Depois de duas horas, a conversação é acompanhada pelos Cardeais D. Aloísio Lorscheider (presidente da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB) e D. Paulo Evaristo Ams. De entrada, D. Paulo sugere que, para a elaboração do novo documento da Teologia da Libertação, deveriam ser consultados os teólogos da libertação, os episcopados onde há pastoral popular junto aos oprimidos numa linha libertadora e o documento deveria ser elaborado no Terceiro Mundo. 
  • Os cardeais D. Aloísio Lorscheider e D. Paulo Evaristo Arns perdem vários dos seus cargos nos dicastérios romanos. 
  • 1985 – 11 de março: notificação romana sobre o livro de Leonardo Boff, Igreja, carisma e poder. Aí se afirma que as opções analisadas no livro são de tal natureza que 22 põem em perigo asa doutrina da fé( … )”. O teólogo acata a decisão da Congregação para a Doutrina da Fé. 
  • 19 de março: em visita ao Brasil, D. Agnello Rossi publica documento em que critica a Teologia da Libertação: Verdades, erros e perigos da Teologia da Libertação.

O principal ideólogo desse conservadorismo era o teólogo Joseph Aloisius Ratzinger, depois Papa Bento 16, de curto reinado.

O jogo continuou no governo Bush.

Na biblioteca da Universidade de Princeton é possível consultar o documento “Documento de Santa Fé II. A estratégia americana. A política do governo Bush para a América Latina”, continuação no Santa Fé I.

O início é terrorista:

“As Américas ainda estão sob ataque. Alertamos sobre esse perigo em 1980 (1). O ataque se manifesta na subversão comunista, terrorismo e tráfico de drogas”

E propunham uma repressão severa às oposições: 

“As forças contrárias ao desenvolvimento devem ser diminuídas o máximo possível. Esta proposta não é importante apenas porque apoia o direito dos regimes latino-americanos de estabelecer os limites constitucionais da atividade política democrática”.

Havia propostas para atrair os militares, aumentar o orçamento da USIA (Agência de Informação dos Estados Unidos) e fortalecer o Escritório de Diplomacia Pública.

Havia propostas específicas para os sistemas judiciais, com viés claramente repressivo:

“Para realmente promover os direitos humanos, os EUA devem ajudar a fortalecer os sistemas judiciais na região. Também deve diferenciar entre grupos de direitos humanos que apóiam o regime democrático e aqueles que apóiam o estatismo”.

Obviamente, ênfase total na privatização das indústrias das paraestatais:

“Os Estados Unidos devem encorajar o desenvolvimento da iniciativa privada na América Latina por meio de programas públicos e privados e fazer tentativas para acelerar a privatização das indústrias paraestatais”.

E um chamamento à participação das instituições privadas:

“A opinião pública e as instituições privadas nos Estados Unidos devem se encarregar da educação da mídia e dos líderes comunitários quanto à natureza do conflito marxista-leninista adaptado pelos nacionalistas aos problemas do subdesenvolvimento. O casamento do comunismo com o nacionalismo na América Latina, porém, representa o maior perigo para a região e para os interesses dos Estados Unidos”.

Peça 6 – a expansão do coronelismo neopentecostal

Em 5 de janeiro de 2020, o Jornal GGN trouxe a seguinte matéria: “Como os neopentecostais conquistaram o Brasil”, mostrando que adquiriu, por aqui, características muito similares ao coronelismo da Velha República, permitindo um controle absoluto sobre os fiéis.

Um relatório de 2014 sobre o movimento pentecostal na América Latina, da consultoria espanhola Lorentz & Cuenca, traz boas luzes sobre o avanço do movimento pentecostal na América Latina.

O estudo lembra o Relatório Rockefeller de 1969, que sugeria o uso das igrejas como estratégia dos EUA e da CIA para deter o auge da Teologia da Libertação. O Relatório Rockefeller se tornou uma lenda, mas é enquadrado pelo trabalho na relação das teorias conspiratórias. 

Mas não ignora a profunda influência americana nas primeiras investidas neopentecostais.

As novas missões protestantes, especialmente as vindas dos Estados Unidos, traziam novos rituais, baseados na conversão e no êxtase religioso. Gradativamente foram se adaptando às condições latino-americanas, em um processo de aculturamento originalíssimo.

(…) Cria-se um pentecostalismo latino, uma miscelânea religiosa emulando várias características do catolicismo tradicional.

Enquanto o protestantismo norte-americano se adaptava ao liberalismo do país, as igrejas latino-americanas recriaram as relações patriarcais das fazendas, dos colonos colocados sob o guarda-chuva protetor dos coronéis e da fé. Era o patriarcado colonial adaptado às condições das megalópoles contemporâneas.

(…) Mencionado no trabalho, Jean-Pierre Bastian ressalta que 

“poderíamos dizer que nesta ‘hibridez’ se está lidando não só com a adaptação ao mercado latino-americano, mas também com a criação de produtos originais, híbridos, que os pentecostalismos ofereceram em toda a região. Isso se nota em particular a partir da produção musical dos hinos, que de fato até os anos 70 era de origem anglo-saxão, e que a partir de então se transformou em cantos diretamente inspirados pelas tradições musicais populares endógenas. Hoje em dia, vemos se desenvolver o que estes movimentos chamam de “Ministérios de louvor”, que adotam a música local, em particular o samba ou outros gêneros tropicais como a salsa etc. Inclusive se chamou a este tipo de expressão musical com algum tipo de anglicismo como “salsa-gospel” ou “samba-gospel”.

Peça 7 – a reconstrução da democracia

Como se mostrou, o caos político do país – iniciado na década de 2010 – decorre da confluência de vários personagens, com ligações internacionais, quase todos estimulados pela geopolítica norte-americana, a parceria do Departamento de Estado com o clube dos bilionários.

Esse jogo, no Brasil, levou a ameaças concretas de dissolução do conceito de nação, permitindo um pacto amplo das forças modernas contra o anacronismo representado pelo bolsonarismo e pelas Forças Armadas – hoje em dia mais parecidas com sub-sucursais do exército americano do que defensoras do interesse nacional..

O fato Amazônia/meio ambiente muda o cenário. Mesmo os Estados Unidos se dão conta do risco global representado pelo desarranjo das instituições brasileiras.

Mas não deve haver ilusões: o país enfrenta nitidamente uma conspiração com participação de think tanks, pastores evangélicos, agentes infiltrados nas corporações públicas, inclusive no Exército, estimulando teorias conspiratórias.

A luta pela democracia passa, agora, pelo desmonte desses movimentos conspiratórios. Daí a necessidade do Ministério Público, Polícia Federal, polícias estaduais centrar as investigações nos cabeças desse jogo, os ideólogos e financiadores. Antes que um candidato a general Olimpio Mourão Filho resolva sair a campo.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário