quinta-feira, 13 de abril de 2023

PF mira cúpula antiga do GSI e militares golpistas-bolsonaristas do Planalto em investigação sobre os atos de 8 de janeiro

 

Investigadores questionaram militares sobre o motivo de o Gabinete de Segurança Institucional ter dispensado reforço de um Comando Militar um dia antes das manifestações pró-golpe

www.brasil247.com - Bolsonaristas durante atos antidemocráticos no Distrito Federal

Bolsonaristas durante atos antidemocráticos no Distrito Federal (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

247 - A Polícia Federal (PF) ouviu nesta quarta-feira (12) os generais de divisão Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Russo Assumpção Penteado, além do ex-comandante militar do Planalto Gustavo Henrique Dutra de Menezes. Penteado era o número 2 do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão de Augusto Heleno e permaneceu como secretário executivo do órgão até o dia 23 de janeiro. De acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, investigadores também questionaram os três militares sobre o motivo de o GSI ter dispensado no dia 7 de janeiro o reforço enviado pelo Comando Militar do Planalto (CMP), então chefiado pelo general Dutra.

Os três generais e outros 86 militares foram chamados para depor no âmbito da Operação Lesa Pátria, que apura a participação de militares nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram as estruturas externas do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. 

Os depoimentos dos dois generais duraram cada um cerca de três horas. Em março, Penteado passou para a reserva. Ele tinha sido promovido a general. Feitosa e Dutra continuaram na ativa.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas por atos golpistas - 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou a análise das primeiras 100 denúncias entre os dias 18 e 24 de abril.


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