terça-feira, 25 de abril de 2023

TV GGN: Ricardo Capelli acredita que equipes da GSI estavam sob influência do general Heleno no 8/1

 

Civis ou militares, servidores envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro serão identificados e punidos, segundo o interino.

Ricardo Cappelli, interventor da segurança pública do Distrito Federal

O interventor federal, Ricardo Cappelli. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desde a última quarta-feira (19), Ricardo Cappelli concedeu uma entrevista exclusiva ao TV GGN 20 Horas.

Sobre a polêmica em torno da participação do general Gonçalves Dias, ex-chefe da pasta, Cappelli acredita que as equipes ainda sofriam influência do general Heleno, responsável pelo gabinete durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), que montou o ministério. O novo mandante acredita ainda que Dias ainda não tinha se adaptado aos trâmites do gabinete.

“O GSI tem uma característica de órgão de Estado. Os servidores que aqui estão são servidores de carreira de Estado. O general G. Dias tinha apenas 6 dias à frente do GSI. Em 6 dias você conhece bem como funcionam estrutudas de Estado, como é o GSI?”, questiona.

Convite

Ricardo Cappelli assumiu o GSI a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva interinamente e não sabe quanto tempo ficará no cargo. Mas ficou responsável por acelerar a renovação dos servidores da pasta.

Até novas definições, ele está se dedicando ao estudo do ministério, a fim de mapear a conjuntura para entregar ao chefe do Executivo após a estadia na Europa.

“Já que estou aqui, estou levantando o máximo de informações possíveis no que diz respeito ao conteúdo e atribuições funcionais, para que o presidente, à luz desse equilíbrio entre conjuntura e projeto estratégico do País, possa tomar as suas decisões na volta da viagem.”

8 de janeiro

Secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Cappelli garante que os envolvidos nos atos antidemocráticos que resultaram na destruição das sedes dos Três Poderes, militares ou civis, serão responsabilizados.

O número 2 do ministério garante que as imagens das invasões são objetivas e que, a partir delas, será possível individualizar condutas.

Desta forma, a operação Lesa Pátria não tem data para acabar e os invasores identificados poderão responder por crimes de depredação do patrimônio público, invasão e atentado ao estado democrático de direito.


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