terça-feira, 19 de julho de 2022

Em reunião com embaixadores, Bolsonaro distorce, mais uma vez, a verdade. Reportagem de Lourdes Nassif

 Não satisfeito em falar inverdades sobre os inquéritos da Polícia Federal também atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)

Reprodução TV BrasilGov

GGN.- Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores hoje, em Brasília, e abusou do direito de distorcer a verdade. Deu nova versão a dados da própria Polícia Federal e criticou os ministros do STF e TSE, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Atacou novamente as urnas eletrônicas e baseou seu discurso no ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2018. Bolsonaro afirmou que a Polícia Federal concluiu que os hackers poderiam alterar os dados fornecidos às urnas eletrônicas.

“Segundo o inquérito, os hackers ficaram oito meses nos computadores do TSE e, ao longo do inquérito, houve a conclusão de que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar fotos, transferir uma informação para outro. O próprio Tribunal Superior Eleitoral concluiu que há várias maneiras de se alterar o processo de votação”, disse Bolsonaro.

A distorção fica por conta de o inquérito não ter concluído que houve fraude no sistema de votação de 2018 ou que tenham sido adulterados os resultados. O próprio TSE afirmou que os hackers não representaram risco à integridade das eleições de 2018.

Bolsonaro usou seu cargo para desacreditar o TSE e atacar o STF.

Não satisfeito em falar inverdades sobre os inquéritos da Polícia Federal também atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Bolsonaro disse, novamente, que Fachin foi o responsável pela libertação do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas atuais.

Atacou Barroso dizendo que foi indicado por Lula por ter atuado no processo de extradição do italiano Cesare Battisti.

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