"Não tem na Constituição Federal esse negócio de Ministro da Defesa tomar conta da eleição", diz diretor da USP
O manifesto em defesa da democracia e das instituições, da confiança no processo eleitoral e do respeito aos resultados das urnas, já conseguiu atrair o apoio de “mais da metade do PIB” nacional, segundo um dos organizadores.
Em entrevista exclusiva à TVGGN na noite de segunda, 1º de agosto, o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, um dos responsáveis pela nova “carta aos brasileiros e brasileiras”, disse que não esperava que o manifesto fosse crescer tão rapidamente ou contar com o apoio em peso da elite econômica e financeira do País.
“Foram muitos empresários, agronegócio, a indústria, o sistema financeiro. Mais da metade do PIB”, disse ele na conversa com Luis Nassif [assista abaixo].
Outro organizador do manifesto, o conselheiro do TCE-SP Roque Citadini disse que a carta já conta com mais de 650 mil assinaturas. Ela será lida em ato no pátio da USP no próximo dia 11 de agosto, a partir das 11h30.
Além da “carta aos brasileiros e brasileiras”, a Fiesp divulgará no mesmo evento um segundo manifesto em defesa da democracia, que conseguiu reunir apoio da Febraban – com exceção do Banco do Brasil e Caixa, pois bancos públicos.
RESPEITO ÀS URNAS
Na entrevista ao canal do GGN no Youtube, Campilongo contou como o manifesto surgiu e reafirmou que o objetivo maior é “pedir respeito à Constituição e legalidade”.
“Não tem na Constituição Federal esse negócio de Ministro da Defesa tomar conta da eleição”, disparou, em resposta aos ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral.
“Nós fizemos [a carta] para defender o pacto de 88, que nasceu a Constituição”, acrescentou Citadini.
Para Nassif, o manifesto é importante porque “o País todo espera um pacto pós-eleições, e vocês fizeram um ensaio.”
Assista à entrevista abaixo:
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