A suposta prisão do tal Dallagnol, embora merecida ao que tudo indica, não muda nada no picadeiro. Muitos outros palhaços continuam a dominar a cena
Do Jornal GGN:
O circo vai pegar Fogo? Ou é só fumaça?
Geralmente é só fumaça!
A prisão do tal Dallagnol, embora merecida ao que tudo indica, não muda nada no picadeiro. Muitos outros palhaços continuam a dominar a cena. Afinal, foram quatro anos de ensaios gerais sob a batuta de um bravo e honesto “patriota” (2018/2022) e dois anos de primeiros ensaios sob a orientação de um tonto (2016/2018).
O Brasil adora esse teatrinho que vive interrompendo a vida política do país em direção a uma democracia mais consistente, mais representativa e garantidora de liberdade e justiça social.
Claro que muitas dessas interrupções, sobretudo após o final da Segunda Guerra mundial, eram decididas não exatamente em solo brasileiro, pois o Brasil viveu e ainda vive sob a síndrome do “grande irmão do norte”, país que se situa entre o Canadá e o México e que por muitos e muitos anos procurou dominar o mundo impondo antidemocraticamente a sua invejável democracia. Gente fina…
Já adivinharam ou preciso ser mais explícito?
Afinal, Brasil se escreve com Z ou com S?
Tanto faz, tanto faz, seja com Z ou com S é sempre a mesma coisa…
Combinamos assim ó: alguns anos de democracia representativa controlada, umas pitadas de liberdade de expressão, cem gramas de ideologias exóticas à esquerda e à direita, um pouco de uísque ou de cachaça para dar aquele gostinho de que tudo é possível e quando o baile estiver no auge, alguém chama a polícia para acabar com a festa… E vamos mantendo a colônia no mesmo lugar.
“Nós é jeca, mas nós tem dinheiro”!
Com a canalhice das apostas em jogos de futebol, o Brasil acaba de tirar o seu doutorado em corrupção. Somos doutores em corrupção. É bandalheira para todo lado, mas estamos aí, sempre prontos a fazer um negócio da China.
E nessa longa jornada noite adentro convido o leitor para saborear os versos de Ari Barroso que possibilitou aos nossos “irmãos do norte” fazer um desenho animado como política de boa vizinhança, explorando até a boa fé da criançada com as figuras do Pato Donald e do carioca Zé, além da querida figura de Carmen Miranda.
Acredite quem quiser!
Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.
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