Quando Jair Bolsonaro estava na Presidência, Arthur Lira conseguiu mudar o regime de Governo: Bolsonaro pouco mandava e distraía a plateia. O presidente da Câmara movimentava a turma dos negócios, longe dos holofotes. Destes esconderijos foi descoberto o orçamento secreto.
Sob Lula, Lira quer manter o poder sobre o orçamento. Há R$ 9 bilhões em restos a pagar do orçamento secreto, tornado ilegal pelo STF. A regra para a distribuição destas emendas é a boa vontade do deputado. Há insatisfação na Câmara mas o temor a Lira vence no final.
Lira está sentado em pedidos de impeachment contra Lula. E pressiona por mais dinheiro através das CPIs. A dos atos antidemocráticos, por exemplo: o deputado aceita indicar os mais favoráveis ao governo na comissão, se ele continuar a decidir o destino dos R$ 9 bilhões.
E discursa com os empresários em defesa de mais liberalismos (na economia, lógico, porque é o que interessa) porque quer impor travas nos gastos sociais do arcabouço fiscal que deve ser votado na próxima semana, se Rei Arthur assim quiser.
O critério do querer também guia os processos que nunca andam por quebra de decoro na Câmara quase sempre contra bolsonaristas, incluindo os dos atos anti-democráticos.
E faz a defesa do retorno da extrema direita ao poder. Hoje, ela está “fortalecida e preparada” para 2026. Se dependesse das próprias vidências para ganhar dinheiro, Arthur Lira estaria de pires nas mãos. Errou todas ano passado.
O que nunca errou: o local de onde sai o cheiro do dinheiro. Certezas do rei.
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