quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Na ONU, os provincianos do rancor, por Rui Daher



Ele e Sérgio Moro se dão muito bem, o antigo juizeco curitibano é uma "pérola de seu governo". Estávamos à beira do socialismo e ele e Deus nos salvaram.



Foto Folha/Uol

Na ONU, os provincianos do rancor, por Rui Daher

GGN

Sim, pois, estadistas, que Donald Trump e Jair Bolsonaro não o são, o pele-laranja, de topete escandalosamente gatuno, cumpriu seu papel. Comanda uma nação hegemônica, imperialista desde o final da Segunda Guerra Mundial, concorrente do Brasil nos agronegócios, e aproveitou para agredir cachorros mortos bélicos, como o Irã e a Venezuela, para sua campanha eleitoral, em 2020.
Pior, leio que as lideranças dos agronegócios e conservadores ignorantes, adoraram o discurso de nosso Regente Insano Primeiro. São inocentes úteis e burros, pois não desconfiaram ainda o quanto estarão ferrados.
Jair, com olhinhos quase fechados, para enxergar os teleprompters e ler as imbecilidades escritas por Heleno (de Freitas?), Ernesto Araújo, e o filhote Eduardo “Hamburger”. Como? Steve Bannon e Olavo de Carvalho não participaram da velhacaria? Espertos.
Claro que era o esperado. Diferente da coragem que ele não teve para comparecer a qualquer debate com os demais candidatos a presidente, nas eleições de 2018, trata-se de um fanfarrão covarde.
O Capitão, chamem seus sobrinhos, sabia que na Abertura da Conferência Mundial da ONU, estaria escudado por sua lambida viscosa de botas ao topetudo laranja, que discursou em seguida.
O que fez? Levantou a bola, como injustiçado jogador de futebol da Série C do Brasileirão, para Trump marcar seu gol contra o Irã, a Venezuela, e a altiva nação cubana.
Calhordas, os dois.
Como quaisquer brasileiros, com mais de dois neurônios, sobrou-nos a vergonha, de pessoa tão despreparada, pilhéria do planeta, nada soberano, um imbecil a atacar Raoni, socialismo (comunismo) aqui nunca pregados, assuntos de Estado puramente internos, e países amigos com que sempre cultivamos relacionamentos amigáveis e, comercialmente, profícuos.
Quem, então, se encantou? Por exemplo, meu oftalmologista cego. “Ele é durão. Mandou ver. Foi ótimo!”
Não sei se coincide com meu fornecedor de charutos, onde estive hoje. Nicaraguenses, pois para os cubanos não tenho dinheiro e, sabe-se lá, não serão falsificados. Vou, então, do tabaco sandinista, embora também esse falsificado por Daniel Ortega.  Para o meu bolso, no entanto, é o que resta para as baforadas.
Querem que eu volte ao discurso na ONU do Regente Insano Primeiro? Jeito nenhum.
Ele e Sérgio Moro se dão muito bem, o antigo juizeco curitibano é uma “pérola de seu governo”. Estávamos à beira do socialismo e ele e Deus nos salvaram. Raoni defende interesses próprios e a fake indígena de sua comitiva lá estava porque soca mandioca no pilão o dia inteiro.
Estamos abertos para as economias mundiais, desde que comprem barato nossos patrimônios e biodiversidade. Os incêndios na Amazônia denotam uma conspiração midiática mundial e das ONGs internacionais, que muito dinheiro ganharão com isso. Macron tem mulher feia, Merkel dorme, e Bachelet é comunista, como o foram seu pai e Allende.
Ora Jair Bolsonaro, tome tino e vá ter uma conversa com Adélio e Queiroz.
Tenho vergonha de você.

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