"A luta pelo Estado Democrático de Direito deve ser travada a todo tempo e em todos os lugares, tendo em vista a lastimável situação em que nos encontramos atualmente."

Justiça. Foto: Wikimedia Commons
PUBLICADO NO EMPORIO DO DIREITO
POR AFRÂNIO SILVA JARDIM
Começamos com uma espécie de “palavra de ordem”: abaixo o conformismo” !!!
A luta pelo Estado Democrático de Direito deve ser travada a todo tempo e em todos os lugares, tendo em vista a lastimável situação em que nos encontramos atualmente.
Lutar pelo que julgamos ser justo já nos proporciona uma grande felicidade.
Não podemos nos abater pelo pessimismo. Não podemos “jogar a toalha” …
Este comportamento conformista só serve aos nossos adversários. A “luta” tem de ser permanente. Não podemos nos entregar … A “luta”, por si só, nos dá razão para viver.
Lutar pelo que julgamos ser justo já nos dignifica e nos enobrece perante as futuras gerações.
Pensemos em quantos companheiros idealistas morreram e foram torturados lutando por uma sociedade mais justa. Certo ou errado deram as suas vidas pelos outros, por uma nova ordem econômica, uma nova cultura.
Quando menos se espera, o povo desperta e passa a ser agente de sua própria história.
Enquanto houver injustiça neste mundo, haverá quem lute contra ela. Enquanto houver injustiças neste mundo, o explorador não terá sossego.
A rebeldia é inerente ao ser humano. Não existisse a rebeldia e ainda estaríamos dentro das cavernas.
A evolução da humanidade se deve muito às transgressões das normas impostas pelo poder dominante.
Se não houvesse o comportamento “marginal”, a sociedade não teria evoluído. Falo “marginal” no sentido de agir questionando o status quo. Vale dizer, agir à margem das regras injustas, impostas por quem detém o poder político em determinado momento histórico.
O chamado “Estado Liberal” é a expressão política do massacrante poder econômico.
No momento atual, devemos apenas lutar por um verdadeiro Estado Democrático de Direito. A luta por um modelo de sociedade mais justo virá depois, reunidas as condições objetivas que permitam rupturas e transformações estruturais.
Temos que lutar permanentemente contra o autoritarismo, contra o massacre do poder econômico, contra a retirada de direitos da população, contra o racismo, vale dizer, contra o fascismo.
Lamentavelmente, parece que a nossa sociedade está “anestesiada”, passiva e desalentada. A própria “comunidade jurídica” deixou-se contaminar pelo individualismo e pelo conservadorismo.
Entretanto, como diz a conhecida música “Todo Cambia”, de Victor Heredia, cantada pela saudosa Mercedes Sosa:
“Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo”.
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo”.
Para finalizar, invoco aqui o pensamento de Eduardo Galeano:
“SI ME CAÍ, ES PORQUE ESTABA CAMINANDO
Y CAMINAR VALE A PENA AUNQUE TE CAIGAS”.
(Se eu caí, é porque estava caminhando e caminhar vale a pena ainda que venhamos a cair).
Y CAMINAR VALE A PENA AUNQUE TE CAIGAS”.
(Se eu caí, é porque estava caminhando e caminhar vale a pena ainda que venhamos a cair).
“A UTOPIA ESTÁ NO HORIZONTE. ME APROXIMO DOIS PASSOS, ELA SE AFASTA DOIS PASSOS. CAMINHO DEZ PASSOS E HORIZONTE CORRE DEZ PASSOS. POR MAIS QUE EU CAMINHE, JAMAIS A ALCANÇAREI. PARA QUE SERVE ENTÃO A UTOPIA? SERVE PARA ISSO: PARA QUE EU NÃO DEIXE DE CAMINHAR”.
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