Segundo o colunista Guilherme Amado, da Época, o presidente convocou encontro fora da agenda para tratar de assunto que pode beneficiar o próprio filho
da Revista Fórum
Lucas Rocha
No mesmo dia em que enviaram ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) uma petição pedindo que o órgão governamental atuasse para derrubar o caso que investiga o esquema de corrupção das rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), as advogadas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) tiveram uma reunião fora da agenda com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Augusto Heleno e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Segundo informações do colunista Guilherme Amado, da Revista Época, no dia 25 de agosto o presidente abriu seu gabinete no Palácio do Planalto para o encontro entre as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, que defendem o filho Flávio, Heleno e Ramagem.
O encontro tinha como objetivo repassar uma informação obtida pela dupla de defensoras que poderia derrubar as investigações contra o filho do presidente. Os agentes públicos despenderam cerca de uma hora do seu dia para escutar as teses que podem livrar Flávio da Justiça.
Heleno e Ramagen, segundo Amado, saíram da reunião com a missão de “conseguir um documento que comprovasse que Flávio foi vítima de uma devassa ilegal por integrantes da Inteligência da Receita”. Apontando um possível uso da função pública para beneficiar um parente do presidente.
Em nota enviada ao colunista, as advogadas não negaram a existência da reunião nem mesmo os fatos narrados. “A defesa do senador Bolsonaro esclarece que levou ao conhecimento do GSI as suspeitas de irregularidades das informações constantes dos relatórios de investigação fiscal lavradas em seu nome, já que diferiam, em muito, das características, do conteúdo e da forma dos mesmos relatórios elaborados em outros casos, ressaltando-se, ainda, que os relatórios anteriores do mesmo órgão não apontavam qualquer indício de atividade atípica por parte do Senador. Registre-se, finalmente, que o fato foi levado diretamente ao GSI por ter sido praticado contra membro da família do Senhor Presidente da República”, disseram.
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