Discurso cai em contradição diante dos casos envolvendo Flávio Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vice-líder do governo no Senado
Jornal GGN – A imagem anticorrupção que ajudou Jair Bolsonaro a se eleger está cada vez mais arranhada, principalmente após o escândalo envolvendo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), preso em flagrante com dinheiro na cueca.
Bolsonaro chegou a declarar em entrevista que daria uma “voadora” em quem praticasse atos ilegais, ao mesmo tempo em que enfatizou o fim da Operação Lava-Jato – com a repercussão de tal pronunciamento, o presidente chegou a declarar que a imprensa não entende figuras de linguagem.
Após o caso de Rodrigues, Bolsonaro destituiu o parlamentar da vice-liderança do governo no Senado Federal, enfatizando que ele não mais integra o governo. Contudo, reportagem do jornal Correio Braziliense explica que a proximidade entre os dois era evidente, principalmente pelo fato de o senador empregar como assessor em seu gabinete, desde abril de 2019, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo de filhos do presidente. Ele pediu exoneração do cargo após o caso.
O caso do senador é mais um envolvendo pessoas do entorno presidencial: dentre aqueles envolvidos em casos semelhantes estão Fabrício Queiroz (assessor de Flávio Bolsonaro enquanto ele era deputado estadual no Rio de Janeiro), a primeira-dama Michelle Bolsonaro (que teria recebido depósitos de Queiroz e sua esposa, Márcia Aguiar), e o próprio Flávio Bolsonaro, investigado por suspeita de rachadinha em parceria com Queiroz na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O próprio presidente é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal, por eventual tentativa de interferir na Polícia Federal. A Corte está avaliando se o depoimento será feito presencialmente ou por escrito.
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