terça-feira, 20 de outubro de 2020

Com Moro desprestigiado e sem palestras, esposa fica “ressentida” com Bolsonaro

 

Rosângela Moro, antes deslumbrada com a fama do marido, e defensora ferrenha de Bolsonaro, agora diz a interlocutores que Moro foi usado


Jornal GGN – É destaque no Valor desta quarta (7) que a Rosângela Moro, antes deslumbrada com a fama e ascensão política de Sergio Moro, agora estaria “ressentida” com Jair Bolsonaro, “que na visão dela usou Moro para fins políticos”. Na eleição de 2018, Rosângela fez campanha para Bolsonaro em suas redes sociais e chegou a dizer que o marido e o presidente eram uma coisa só.

Depois de condenar e prender Lula, inviabilizando a candidatura presidencial do petista, Moro abriu mão de duas décadas na magistratura para fazer parte do atual governo.

A aventura como ministro da Justiça durou 16 meses. Moro saiu atirando, alegando que não tinha autonomia para mandar na Polícia Federal e insinuando que Bolsonaro não quer combater corrupção, mas proteger os filhos.

Atrelado à imagem de um governo desastroso e bombardeado por setores da imprensa após o vazamento de mensagens do Telegram que mostram desvios da Lava Jato, Moro se viu desprestigiado e perdeu os convites para fazer palestras. A esposa chegou a abrir uma empresa no ramo junto com o padrinho de casamento, Carlos Zucollotto, mas Moro não conseguiu deslanchar. A última palestra internacional agendada, em Buenos Aires, foi cancelada após protestos.

Agora, a família Moro estuda passar uma temporada no exterior. O ex-juiz recebeu uma oferta para lecionar numa universidade nos EUA assim que saiu do governo, mas declinou. Segundo informações de Mônica Bergamo, o medo de ficar sem escolta da Polícia Federal está pesando na decisão. A segurança particular se encerrará em outubro, junto com a quarentena de Moro.

Ainda de acordo com o Valor Econômico, Moro teria descartado a entrada na política. Ronsagela Moro, segundo Bergamo, teria dito a interlocutores que o ex-juiz não se daria bem na “política partidária selvagem”. Moro rejeitou convite para se filiar ao Podemos de Álvaro Dias, no Paraná, e a outros dois partidos.

Em agosto, ele começou a trabalhar no Centro Universitário de Brasília, dando aula uma vez por semana, virtualmente. Há alguns dias, a Folha de S. Paulo noticiou, seguida do Estadão, que Moro receberia convite do tucano João Doria para participar do governo em São Paulo.

MEDO DE FICAR SEM ESCOLTA DA FEDERAL PESOU SOBRE A FAMÍLIA MORO

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