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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Bob Fernandes: No Brasil já ecoam panelas e “Fora Temer”. Mundo afora, críticas e deboche.



Segue, em vídeo e texto, comentário do analista político Bob Fernandes sobre a farsa e consequencias imediatas do Golpeachment do usurpador Temer:



Temer não tem legitimidade para conduzir o País..."
Essa é a opinião de Joaquim Barbosa, que presidiu a condenação ao PT no "Mensalão".
Barbosa diz também ter "sinceras dúvidas" sobre "justeza e acerto político do impeachment".
O ministério é só de homens e brancos, e recheado de investigados e citados em crimes.
Vários deles serviram aos governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma.
Hélio Bicudo, auxiliar na cobertura à gambiarra jurídica para o impeachment, já lamenta e cobra:
-O povo foi às ruas contra a cleptocracia"; ou seja, um Estado governado por ladrões.
NYTimes, Guardian, BBC, El País, imprensa alemã, francesa, russa, portuguesa etc... A mídia gringa está batendo pesado.
Críticas ao governo afastado, mas os adjetivos duros, e o deboche, reservados aos que afastaram Dilma:
-O grande e orgulhoso Brasil ao lado de Honduras e Paraguai (...) impeachment é falência do Brasil (...) irregular (...) recuo aos velhos tempos...
Segue a pancadaria:
-(...) traída (...) chocantes e ridículos (...) casta política corrupta (...) vexame (...) espetáculo indigno prejudica de forma duradoura instituições e a imagem do país...
Domingo. Quarto dia do interino. Temer no "Fantástico" e panelaços Brasil adentro. Já são outras panelas...
Estilingue agora é vidraça, vidraça torna-se estilingue. Multiplicam-se manifestações e ocupações.
Na concha acústica do Teatro Castro Alves, na Bahia, no Beira-Rio, no Pará, em estádios, escolas, teatros, ruas, nos coros e cartazes pelo país as mesmas fotos e frases:
-...Fora Temer... golpístas...
Em São Paulo, caminhada de 10 mil pessoas. Sem o glamour de transmissões ao vivo e o imã, o chamariz dos helicópteros sobrevoando com "chamadas" desde o início da manhã.
A organização Repórteres Sem Fronteiras rebaixou o Brasil do 58º para 104º lugar em 180 países. E explicou seus motivos:
-Concentração de propriedade dos meios de comunicação (...) fortemente dependentes dos centros de poder político e econômico.
Disse ainda a Repórteres Sem Fronteiras:
-De maneira pouco velada, os principais meios de comunicação incitaram o público a ajudar na derrubada da presidenta Dilma Rousseff.
Mundo afora jornalistas leram tal relatório. E não fizeram de conta não ter lido.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

"Brasil comete suicídio político", diz historiadora da Sorbonne

mediaDebate sobre a crise política no Brasil: da esquerda para a direita, Gabriel Zacarias, Laura de Mello e Souza, Juliette Dumont e Frédéric Pagès.RFI/Adriana Moysés
Para a historiadora Juliette Dumont, do Instituto de Altos Estudos sobre a América Latina (Iheal), da universidade parisiense Sorbonne Nouvelle, o provável afastamento da presidente Dilma Rousseff "vai fragilizar o Brasil e prejudicar, durante muitos anos, a credibilidade do país no cenário internacional". "O Brasil cometerá um suicídio político", se o Senado aprovar o pedido de impeachment de Dilma, opina a pesquisadora.
A atual crise política revelou que "as forças conservadoras ainda estão muito presentes e existe um movimento importante contra o que o Partido dos Trabalhadores (PT) representa", disse a historiadora. Ela reconheceu que há evidências de que o PT está envolvido em corrupção, mas recordou que foi nos governos de Dilma e do ex-presidente Lula que a Polícia Federal teve mais liberdade de investigação. "Espero que o voto no Senado não seja a farsa que foi o voto na Câmara", acrescentou. Dumont mediou um debate organizado nesta quarta-feira (4) pelo Movimento Democrático 18 Março (MD18), grupo de estudantes brasileiros e europeus que tem denunciado um "golpe" institucional no Brasil.
Especialista em relações internacionais, a historiadora da Sorbonne considera que a credibilidade do Brasil está profundamente abalada. Segundo Dumont, a votação do pedido de impeachment "deu uma imagem patética" da Câmara. "Eu acho que o Brasil vai levar muitos anos para corrigir os danos que foram feitos ao país no exterior, a começar na própria América Latina."
Para dar um exemplo das consequências da devassa política, ela cita que o Brasil estava muito perto de conquistar a tão sonhada cadeira de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. "Demorou muitos anos, mas, enfim, o país tinha conseguido o apoio dos vizinhos latino-americanos, o que era uma grande novidade", afirma. "Como o Brasil terá força para continuar a defender seus interesses nos fóruns internacionais ou na Organização Mundial do Comércio (OMC) se a democracia está em risco", questiona Dumont.
"O Brasil voltou a ser aquele país que não é sério e leva tempo para combater esses estereótipos em política internacional", diz. Na opinião da historiadora, nem com eleições antecipadas ou com uma reforma política o Brasil se recuperará a curto prazo. "A lógica do jogo é essa, credibilidade exige um esforço diplomático enorme e isso leva tempo", conclui.
Novas eleições não resolvem problema de renovação dos políticos
Dumont não acredita que o país esteja preparado para enfrentar uma nova eleição presidencial ainda este ano, como desejam 60% dos brasileiros, segundo pesquisas. "A classe política precisa de renovação e o debate está muito polarizado. Antes, os políticos brasileiros devem se dar conta do mal que estão causando ao país no exterior", destacou Dumont.
Cerca de 50 pessoas assistiram ao debate realizado na sede da central sindical CFDT, em Paris. Também fizeram parte da mesa Laura de Mello e Souza, uma das maiores especialistas em história moderna do Brasil, filha do sociólogo Antonio Candido, o músico francês Frédéric Pagès, estudioso do Brasil, a jornalista da Globonews Elizabeth Carvalho, correspondente em Paris, além de estudantes brasileiros atualmente fazendo mestrado ou doutorado em universidades francesas.
"O que mais dá medo é o retrocesso", diz professora
O que mais preocupa Laura de Mello e Souza é o retrocesso que o Brasil está vivendo e as profundas lacunas na área da educação. Ela fez uma retrospectiva histórica de momentos de ruptura e de avanços da sociedade brasileira no último século e considera que o país dá, nesse momento, "um grande passo atrás", ao afastar do poder uma presidente eleita com 54 milhões de votos.
"O problema mais grave na sociedade brasileira são as desigualdades sociais. Nós negamos as desigualdades o tempo todo e a elite deixou de se preocupar com a educação. O mais terrível é que mesmo os partidos de esquerda não conseguiram enfrentar as desigualdades", constata a historiadora da USP. Mello e Souza reside em Paris há dois anos e dá aulas de História do Brasil na Sorbonne.
As nomeações de evangélicos para postos ministeriais no eventual governo de Michel Temer representam um risco extremamente grave para o país, adverte. "Os pastores evangélicos possuem canais de rádio e TV e fazem lavagem cerebral em uma população sem conhecimentos", lamenta.
Cobertura da imprensa francesa é criticada
O papel da mídia brasileira na desestabilização do governo Dilma esteve em destaque no debate e respingou na imprensa local. O músico francês Frédéric Pagès criticou a forma superficial como a imprensa francesa tem coberto a crise. Ele condenou particularmente as coberturas dos jornais Libération, de esquerda, e do Le Monde, "com manchetes acusatórias ao ex-presidente Lula". "A mídia francesa tem feito títulos baseados em rumores e publicado textos sem profundidade analítica", afirmou. Pagès criticou ainda o silêncio dos líderes europeus em relação aos ataques à presidente Dilma, uma chefe de Estado democraticamente eleita.
O estudante Daniel Garroux, doutorando em Teoria Literária, também desaprova a cobertura superficial das publicações francesas. Ele assinalou que os correspondentes no Brasil pecam não só pela parcialidade, mas também pela falta de aprofundamento no tratamento das informações. "Outro dia, o Libération disse que a presidente Dilma já tinha sido afastada. Eles nem se preocupam em checar as informações mais básicas dessa narrativa", argumentou. O estudante lamentou a ausência de reportagens sobre as manifestações contra o impeachment na imprensa francesa. "Elas têm acontecido quase diariamente, em várias regiões do país, e isso não é revelado pelos jornais", disse.
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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Reportagem na ‘CNN Internacional’ incomoda golpistas; assista


cnn1texto de Esmael Morais
O repórter norte-americano Glenn Greenwald, ganhador do prêmio Pulitzer Prizes, o Oscar do jornalismo nos EUA, foi entrevistado esta semana pela CNN Internacional acerca da política brasileira. A reportagem causou engulhos nos golpistas que querem derrubar Dilma Rousseff.
“Eles saíram da ditadura apenas em 1985, e é realmente perturbador olhar para eles brincando com a democracia desse jeito”, relatou Greenwald à âncora da emissora Christiane Amanpour. Abaixo, assista ao vídeo:
A golpista revista Veja acusou Glenn Greenwald de ter “embarcado no discurso governista”. Pelo Twitter, o jornalista respondeu à publicação da Abril: “Tenho orgulho de ser atacado pela Veja assim. É uma piada, a Fox News do Brasil – porém, menos confiável”.
O vídeo é do canal do Mídia Ninja.

sábado, 16 de abril de 2016

ONU faz apelo para que democracia seja respeitada no Brasil

Entidade mostrou preocupação com a instabilidade gerada pela tentativa de impeachment e pediu para que situação não crie um confronto social ou coloque em risco os princípios democráticos do país
Por Redação da Revista Fórum
onu
Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, se manifestou nesta terça-feira (12) sobre a instabilidade política no Brasil, gerada com a tentativa de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Ela fez um apelo para que a crise não se transforme em confronto social e coloque em risco os princípios democráticos do país.
A porta-voz pediu ainda para que ‘todos os lados’ respeitem o Judiciário. “Estamos acompanhando de perto a situação e já fizemos alguns alertas em algumas ocasiões. A tensão, porém, não parece perder força e continuamos preocupados”, disse em uma conferência de imprensa em Genebra, na Suíça.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, já havia sinalizado preocupação com um possível impacto internacional. “Por enquanto, esse é um problema político doméstico. Mas o Brasil é um país muito importante e qualquer instabilidade política no Brasil é uma preocupação social para nós”, afirmou.
A entidade lembrou que o Judiciário deve atuar com “escrúpulos, dentro das regras do direito doméstico e internacional, evitando adotar posições político-partidárias”. Além disso, alertou para a necessidade de não se colocar em risco as conquistas feitas nos últimos 20 anos sob uma Constituição que “dá fortes garantias de direitos humanos”.
 
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