Diário britânico, um dos mais influentes do mundo, publicou amplo artigo nesta terça (13) explicando as razões para que todos se preocupem com uma vitória de Bolsonaro, mesmo que “fora das urnas”
Fórum. - O diário britânico The Guardian, um dos jornais mais influentes do mundo, publicou um editorial nesta terça-feira (13) falando da situação política brasileira e dos momentos que antecedem a crucial eleição de 2 de outubro. A publicação diz que Jair Bolsonaro (PL) quer seguir à frente do país e que para isso não está contando com o resultado das urnas, já que o ex-presidente Lula (PT) está pelo menos 15% à sua frente nas pesquisas de intenção de voto, o que pode soar como uma vitória iminente.
Sobre a possibilidade de o radical de extrema-direita seguir na presidência, vencendo o pleito ou realizando uma manobra ilegal para isso, “derrotando” o petista, o jornalão sediado em Londres diz que o cenário “seria uma ameaça para o planeta”, elencando uma vasta argumentação que passa pela destruição da Amazônia, fortemente patrocinada por Bolsonaro, seu desprezo pela democracia e pela paz na sociedade, a mentalidade armamentista e a o ódio e a violência perpetrada contra adversários e cidadãos que não se alinham ao seu extremismo.
“Bolsonaro, esfaqueado um mês antes da eleição de 2018, deveria saber o custo da violência política melhor do que ninguém, mas continua usando uma retórica agressiva e espalhando ódio”, escreveu o Guardian.
A possibilidade de uma ruptura institucional por parte de um Bolsonaro derrotado, com apoio das Forças Armadas, também é um receio da comunidade internacional, diz o jornal, usando como argumento a “relativamente recente” Ditadura Militar, encerrada há apenas 37 anos.
Para o The Guardian, “outros países devem deixar claro que não tolerarão qualquer tentativa de Bolsonaro de trapacear, intimidar ou ameaçar para garantir seu caminho a um segundo mandato”.
“Uma vitória clara e definitiva de Lula, idealmente no primeiro turno, mas mais provável no segundo turno, é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta”, finaliza o editorial do diário britânico.
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