"Não há, a esta altura, muitos coelhos para a campanha de Bolsonaro tirar da cartola", diz o jornalista sobre as pesquisas de intenção de voto que apontam para uma vitória de Lula
247 - O jornalista Lauro Jardim observa, em sua coluna no jornal O Globo, “a menos de 20 dias das eleições, a distância de 15 pontos percentuais entre Lula e Jair Bolsonaro retratada na pesquisa do Ipec é uma situação bastante confortável para o líder. Mais ainda porque esse quadro é de estabilidade há um mês”. Ainda segundo ele, “não há, a esta altura, muitos coelhos para a campanha de Bolsonaro tirar da cartola”, uma vez que “há em parte da população uma memória positiva” do governo Lula que se soma “à também estável rejeição de Bolsonaro — esta, sim, merece o adjetivo de imbrochável, pois não cede nunca”.
“Não há, a esta altura, muitos coelhos para a campanha de Bolsonaro tirar da cartola. Então, ao entorno de Bolsonaro restam algumas especulações — boa parte delas com o intuito de incutir otimismo à tropa. A mais recente atende pelo nome de ‘abstenção’. O comando de campanha do presidente surgiu nos últimos dias com esse novo mantra para tentar convencer interlocutores de que ele chegará a condições mais favoráveis no embate com Lula no dia 2 de outubro”, destaca o colunista.
“Há quem, no comando da campanha de Bolsonaro, continue alimentando a hipótese que uma mágica de última hora possa ser feita pelo Palácio do Planalto a fim de impactar a economia. Difícil imaginar um minipacote de bondades que caiba dentro da legislação eleitoral — embora seja fácil imaginar que os governistas estariam dispostos a mandar para o espaço qualquer regra em troca da vitória nas urnas”, ressalta.
Para ele, mesmo “jogando parado, Lula tem mantido uma inabalável estabilidade até agora”. “Apesar de tudo isso, há em parte da população uma memória positiva do seu governo somada à também estável rejeição de Bolsonaro — esta, sim, merece o adjetivo de imbrochável, pois não cede nunca”, finaliza.
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