quarta-feira, 10 de outubro de 2018

"A elite escravocrata brasileira vive um púlpito de euforia pelo retorno ao passado." Por Maister F. da Silva



"Sob a bandeira da moralidade a escória mais retrógrada dos ricos brasileiros agrupou-se em torno de um projeto anti-nacional, anti-povo, comprometido com uma política econômica ultraliberal, reforma trabalhista que remete a um período anterior à Getúlio Vargas - sonho primeiro dos ricos, não pagar direito trabalhista à empregada doméstica - e o fim de programas sociais. Baseado em três pilares: demonização do estado, desrespeito e ataque a quem não tem voz na sociedade (negros, mulheres, índios e LGBT's), defesa da família e da propriedade privada. E dois espectros: a crise política e econômica e o voto evangélico."




Implacáveis no combate, generosos na vitória
por Maister F. da Silva

Enfim a história não está morta, tampouco a boa e velha luta entre ricos e pobres. A elite escravocrata brasileira vive um púlpito de euforia pelo retorno ao passado. Com a certeza da impunidade já iniciaram a marcha a ré, como exemplo claro temos a retomada explícita do voto a cabresto.
Sob a bandeira da moralidade a escória mais retrógrada dos ricos brasileiros agrupou-se em torno de um projeto anti-nacional, anti-povo, comprometido com uma política econômica ultraliberal, reforma trabalhista que remete a um período anterior à Getúlio Vargas - sonho primeiro dos ricos, não pagar direito trabalhista à empregada doméstica - e o fim de programas sociais. Baseado em três pilares: demonização do estado, desrespeito e ataque a quem não tem voz na sociedade (negros, mulheres, índios e LGBT's), defesa da família e da propriedade privada. E dois espectros: a crise política e econômica e o voto evangélico.
O messias do fascismo brasileiro não demorou em atrair o setor financeiro, que não se preocupa com a orientação ideológica do regime governante, sua preocupação é manter seu lucro extraordinário, trouxe junto consigo o chamado centrão, agremiação de partidos fisiológicos que tem "preço". Tudo isso configurou um cenário perigoso que não se acaba em 2018, o ovo do fascismo descascou.
O messias do fascismo deixou de ser um rufião qualquer, produtor de bravatas e já acena em prolongar a crise política caso saia derrotado nas urnas, questionando a seriedade do processo eleitoral, ou seja, o processo democrático não é um valor a ele e seus pares. Outro dissabor prestado por ele a nação brasileira é que seu discurso de ódio e discriminação rompeu a fronteira das ideias e chegou as ruas mensurando-se em fatos, naturalizou e autorizou os fascistas a espancar e matar quem se oponha a sua posição política, casos sucedem um após outro, sabendo-se apenas estatísticas de casos que são denunciados, quantos mais não ocorrem por aí?
O que está em disputa agora é a vida e a liberdade. Temos ainda vinte dias para derrotar o fascismo e fazer um país soberano, que acredita na igualdade entre homens e mulheres, negros e brancos. Que é possível ter emprego e direitos trabalhistas, que é possível que todo brasileiro tenha três refeições diárias e distribuição de renda, que é possível ter segurança pública e educação de qualidade ao mesmo tempo.
Se eles possuem uma indústria de fakenews, robôs e capitães do mato, nós temos uma militância aguerrida e brava.
Nesses vinte dias, em uma mão a carteira de trabalho, na outra um livro, sejamos todos: Implacáveis no combate, generosos na vitória.

Maister F. da Silva - Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores. Integrante do FRONT – Instituto de Estudos Contemporâneos


Nenhum comentário:

Postar um comentário