domingo, 14 de outubro de 2018

O que os jornais do mundo estão falando sobre Jair Bolsonaro? Todos são unânimes em denominá-lo de fascista


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Do Justificando:

Os principais e mais influentes veículos de comunicação do mundo não hesitam em classificar o candidato como fascista. No Brasil, a timidez (de uma mídia tendenciosa e conivente) impera


Por Caroline Oliveira
A ascensão política de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL), no Brasil, chamou a atenção do mundo. De acordo com os jornais e revistas internacionais, a crescente intenção de votos no pesselista alerta o mundo para o consequente aumento de ideias e ações fascistas no maior país da América Latina.
Não se trata da síndrome de vira lata, a priori teorizada por Gilberto Freyre. Mas de perceber como órgãos distantes observam a realidade brasileira. Talvez não seja imperioso a distância histórica para entender o que se sucede no País. Talvez basta ler o que estão dizendo veículos progressistas mundo afora.
Estados Unidos
A maioria se refere ao presidenciável como uma ameaça à democracia brasileira. Uma das matérias do jornal estadunidense The New York Times, “Brasil flerta com um retorno aos dias sombrios”, de agosto de 2018, expõe os posicionamentos preconceituosos dados por Bolsonaro e o define como um populista conservador que defende a ditadura militar e justifica o uso da tortura. O jornal afirma que a lista de acusações sexistas e racistas é extensa, mas o seu momento mais memorável foi durante a votação do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, quando o presidenciável homenageou um dos torturadores da petista na época ditatorial militar.
O também norteamericano Financial Times associa Jair Bolsonaro aos tempos sombrios. Para eles, as eleições estão tomando um rumo ao “trágico destino brasileiro de uma rebelião antidemocrática”.
Americas Quarterly atenta para o perigo do bolsonarismo, cujos limites já não podem ser mais controlados por seu criador, e, por isso, afirma que ganhando ou perdendo, a ascensão do candidato conduz a jovem democracia brasileira ao esgarçamento. Na reportagem, o jornalista escreveu “ele expressou muitas vezes seu amor pelos dias da ditadura e tem levantado a possibilidade de fraude eleitoral (se ele perder a eleição, claro)”.
Uma reportagem do HuffingtonPost, que tem sede no Brasil, destacou que o pesselista propôs vender terras de indígenas e descendentes de africanos escravizados. “Bolsonaro aproveitou o descontentamento, o desespero e a raiva. Fomentou uma reação contra um establishment corrupto com um populismo falso e barulhento. Se isso soa familiar, deveria. Bolsonaro ficou conhecido como “Trump do Brasil”. A Revista Time também fez essa relação com o presidente dos Estados Unidos: “Jair Bolsonaro ama Trump, odeia pessoas gays e admira autocratas. Ele pode ser o próximo presidente do Brasil.”
Reino Unido
No país britânico, o The Guardian é o veículo com mais reportagens sobre o presidenciável. Em uma reportagem afirmou que “Bolsonaro – que tem sido descrito como o mais eleito misógino e odioso no mundo democrático e possivelmente o político mais repulsivo da Terra – não é conhecido como um fã das urnas”. Recentemente, seu filho Eduardo Bolsonaro questionou, ao lado do juiz Rocha Cubas, a legitimidade e a segurança das urnas eleitorais. Pouco tempo depois, o magistrado foi afastado de sua função pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por tentar atrapalhar a realização das eleições.
The Economist publicou recentemente uma edição da revista que viralizou pelo mundo. Na capa, o rosto de Jair Bolsonaro. Como legenda, “A mais nova Ameaça na América Latina”. Em uma das reportagens, afirma que “o Sr. Bolsonaro propõe soluções brutais para os problemas do seu país. Ele acha que ‘um policial que não mata não é um policial’ e quer reduzir a idade de responsabilidade criminal para 14”. Nessa seara, a The Times classifica o candidato como um populista perigoso que tornar o Brasil mais seguro.
Austrália
veículo News publicou uma reportagem com a manchete: “Pensando que Donald Trump é ruim? Conheça o possível presidente brasileiro cujas crenças repulsivas chocaram o mundo”.
No The Australian, conheça o candidato que é um risco para a democracia. No The Sydney Sunday Herald, por que alguns no Brasil estão se virando para um explosivo candidato de extrema-direita para o presidente?


Alemanha
No país do meio europeu, uma reportagem da Deutsche Welle destaca a opinião da historiadora Nina Schneider, da Universidade de Colônia. Para ela, “Bolsonaro é muito mais radical que o presidente americano. Ele faz comentários racistas, homofóbicos e sexistas. Mas o pior é elogiar em público os torturadores, isso o torna muito mais perigoso do que o Trump”, afirma.
“Um Fascista Se Apresentando Como Homem Honesto”, “O fascista popular”, “Alerta vermelho para democracia” e “O demagogo do deserto é de repente uma nova estrela política no Brasil” são outras manchetes alemãs.
França
O veículo Le Figaro “o ex-capitão de 63 anos Jair Bolsonaro nunca brilhou nos quartéis ou na Câmara dos Representantes, exceto em suas provocações e seus divertidos. Seus alvos favoritos sempre foram feministas, homossexuais, negros, índios, progressistas, criminosos”. O capitão, para o Libération, um dos mais importantes jornais do mundo, é um ex-soldado pronto para liquidar a democracia. Para o Le Monde, é o Trump tropical, homofóbico e machista
Outros países europeus
Na Espanha, para o El Pais, Bolsonaro é um Pinochet institucional para o Brasil. No El Mundo, o candidato racista, homofóbico e machista do Brasil. No El Confidencial, o “Le Pen tropical” que pode ser o próximo presidente do País, em uma alusão à francesa de extrema-direita Marine Le Pen. Para a Itália, Um pesadelo chamado Bolsonaro, na Corriende della Sierra. Bolsonaro, líder xenófobo e anti-gay que dá o assalto à Presidência do Brasil, em La Republica. Para O Público, de Portugal, Bolsonaro é o Jagunço à porta do Planalto. Para o Diário de Notícias, também do país lusitano, Jair Bolsonaro é perigo real no Brasil e segue passos de Adolf Hitler. Para o país considerado pelos brasileiros como um dos mais desenvolvidos da Europa, a Suíça, Bolsonaro é tido como o “Faxineiro Racista do Brasil”. Por fim, o jornal Der Volkskrant deu destaque para as manifestações das mulheres contra o presidenciável.
América Latina
No Chile, o veículo El Mercurio publicou uma reportagem intitulada “Bolsonaro assusta com soluções simplistas e autoritárias”. Para o argentino La Nación, o candidato mistura linha dura com messianismo. No El Clarín, Bolsonaro é militarista e xenófobo, mas ainda assim favorito para a eleição brasileira.  O La Republica, do Peru, assim como o veículo holandês, também salientou os protestos protagonizados por mulheres no País.

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