sexta-feira, 22 de março de 2019

A prisão de Temer por uma Lava Jato desgastada e a queda vertiginosa da aprovação de Bolsonaro, por Eduardo Guimarães


Do Blog da Cidadania:

Temer e Bolsonaro dão esperança de que o golpe de 2016 e a prisão de Lula serão punidos não só pela história, mas, também, por essa “justiça” torta que Temer ajudou a fortalecer no país. Líder do golpe de 2016, Temer está preso; tucanos, desmoralizados; e Bolsonaro está derretendo, segundo o Ibope. Pela matemática, até abril será rejeitado pela maioria.
O golpe parlamentar de 2016 tem um nome: Michel Temer. Em 11 de abril de 2016, o então vice-presidente da República, Michel Temer, enviou áudio a parlamentares em que falava como se o impeachment de  Dilma Rousseff já tivesse sido aprovado pela Câmara dos Deputados. A votação estava prevista para o domingo seguinte, dia 17.
Sem Temer e Eduardo Cunha, que agiam juntos, o impeachment de Dilma Rousseff nunca teria acontecido.
Há que se dizer claramente, porém, que a prisão de Temer é necessária porque qualquer tolo sabe que ele é corrupto – existem até áudios mostrando suas conversas criminosas com corruptores –, mas a prisão dele neste momento não tem fundamentação jurídica. O processo dele mal começou a andar e ninguém acredita que ele vá fugir.

Mas você deve estar se perguntando: o que a prisão de Temer tem a ver com a desmoralização progressiva de Bolsonaro? Tudo. Temer já teve seu momento de “glória”, como Bolsonaro, tripudiando em cima do grupo político que tirou do poder com jogadas ilegais, e está onde está.
A virada contra Temer vai se repetir com Bolsonaro. Aliás, já começou a se repetir, como mostra mais uma pesquisa, do Ibope. Segundo essa pesquisa, em dois meses Bolsonaro perdeu três de cada dez eleitores
De janeiro para cá, sua aprovação caiu de 49% para 34% e sua rejeição subiu de 11% para 24%
E Bolsonaro é o presidente recém-eleito mais mal avaliado do pós-redemocratização
Se a queda de Bolsonaro continuar nesse ritmo, ele será mais rejeitado do que aprovado em mais uns 30 dias. Sua rejeição cresceu de 11% para 24% em dois meses. Ele tem hoje 34% de aprovação e 24% de rejeição. Só houver outro salto em sua rejeição e queda na aprovação nos próximos 30 dias, em abril ele será mais rejeitado que aprovado.
E o período mais crítico da perda de aprovação de Bolsonaro nem chegou. Ele está derretendo muito rapidamente. Nos próximos meses, cada vez mais gente verá que a vida não melhorou.
A turma de Bolsonaro não entendeu que o povo não votou nele por ódio ao PT, votou nele esperando que sua vida melhorasse. Mas como a vida do povo iria melhorar se Bolsonaro só faz o jogo dos grandes empresários e dos norte-americanos?
Bolsonaro tira direitos trabalhistas, reduz programas sociais… A tendência é que a vida da maioria dos brasileiros, que é composta por pobres, fique cada vez mais difícil. Os empregos vão pagar cada vez menos porque o desemprego está aumentando e, assim, a oferta de trabalhadores, sendo maior que a procura, vai gerar empregos com salários menores.
O Congresso vai querer afundar com Bolsonaro? Acredite quem quiser…
Mourão, pelo jeito, vem aí. E esse será mais difícil de largar o osso. Mas não vamos nos esquecer de que, se a maioria se unir, não haverá governo que resista. Teriam que instalar uma ditadura formal no Brasil para segurar governo tão odiado como será o de Bolsonaro – e como será o de Mourão, se vier. Será que os militares vão se arriscar a tanto?
Confira a matéria em vídeo



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