sábado, 9 de março de 2019

Juraram “nova moralidade” enquanto praticavam ilícitos: Estadão detona os Bolsonaro por caso Queiroz



Jornal diz que é inconcebível que Flávio Bolsonaro tente fugir de sua responsabilidade por ilícitos praticados e, agora, admitidos, por Fabrício Queiroz. "Apesar de todas essas juras de uma nova moralidade pública, o caso de Queiroz assemelha-se cada vez mais às práticas da velha política. Assim, não surpreende que os Bolsonaros façam de tudo – rigorosamente de tudo – nas redes sociais para desviar a atenção para outros assuntos", dispara


Jornal GGN O Estadão publicou neste sábado (9) um artigo criticando duramente o presidente Jair Bolsonaro e, principalmente, seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro, que tenta desvencilhar-se do caso do ex-assessor Fabrício Queiroz. Este último já admitiu ter operado um esquema irregular com o salário de outros funcionários do gabinete do ex-deputado do Rio.
“No discurso de posse, Jair Bolsonaro prometeu livrar o País do jugo da corrupção. (…) No entanto, apesar de todas essas juras de uma nova moralidade pública, o caso de Queiroz assemelha-se cada vez mais às práticas da velha política. Assim, não surpreende que os Bolsonaros façam de tudo – rigorosamente de tudo – nas redes sociais para desviar a atenção para outros assuntos”, disparou o Estadão.
O artigo foi centrado na defesa que Queiroz apresentou ao Ministério Público por escrito, para rebater as suspeitas levantadas a partir de investigação do Coaf. Queiroz foi pego movimentando um total de R$ 7 milhões em 3 anos. Só entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, foram R$ 1,2 milhão, sendo que R$ 24 mil foram parar na conta de Michelle Bolsonaro.
O MP suspeita que Queiroz recolhia parte do salário dos outros funcionário para repassar a Flávio Bolsonaro ou em benefício próprio. O ex-motorista costumava receber o dinheiro em sua conta e sacar em espécie logo na sequência, dificultando o rastreio do destino dos recursos.
Para o Estadão, “Queiroz admitiu, portanto, um esquema informal que contraria a própria natureza do salário, que é remuneração personalíssima.”
Para tensionar ainda mais o enredo, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro informou, em nota, que se quissesse, como alegou, ampliar ampliar a rede de colaboradores de Flávio, Queiroz ou o chefe de gabinete poderiam ter recorrido a um procedimento específico que existe na Casa desde 2011.
“É grave o que a defesa de Queiroz afirmou: no gabinete de Flávio Bolsonaro, não se seguia o procedimento previsto pela Assembleia. Parte dos salários dos funcionários era distribuída a uma rede informal de colaboradores.”
O jornal ainda classificou como “mais surpreendente” que “dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro havia um esquema de remanejamento de salários para ampliar sua rede de colaboradores, mas ele não sabia de nada.”
“A alegada atuação independente contraria, obviamente, as normas parlamentares. Os deputados são responsáveis por fixar horários de trabalho, fiscalizar frequência e atestar as folhas de ponto. Não é matéria delegável a terceiros. São recursos públicos investidos na atividade parlamentar e não pode ser um assessor quem responda pelo seu uso. O responsável é o próprio parlamentar.”
Leia o artigo completo aqui.






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