sábado, 9 de março de 2019

Utra-direitista, militarista e nazifascista, Adolf Hitler, além de ter sido anti-esquerdista, também era contra o feminismo... isto, atualmente, lembra alguém?



Do Jornal GGN:



Como surgiu o termo “feminazi” e por que ele deve ser erradicado

Hitler ascendeu ao poder posicionando-se contra o poderoso movimento feminista alemão. Ele fechou clínicas de planejamento familiar e declarou que o aborto era um crime contra o Estado. Feministas foram mortas ou tiveram de fugir do País. O termo feminazi é, além de pejorativo, "cruel e anti-histórico"



Foto: EP
No jornal La Vanguardia
Se uma palavra entrou no discurso antifeminista mais básico, é “feminazi”. Popularizado pelo locutor de rádio americano Rush Limbaugh no início dos anos noventa para se referir às feministas, segundo ele, “radicais”, especialistas rejeitam seu uso direto. Eles sustentam que essa palavra é usada para minar a influência do feminismo, atacando uma de suas demandas básicas que é a igualdade.
De acordo com o dicionário Oxford da gíria política americana, “feminazi” refere-se, pejorativamente, a uma feminista comprometida ou com “forte vontade”. Desde os anos noventa, muitos acadêmicos criticaram seu uso. Um dos últimos a fazê-lo em nosso país de forma contundente foi a promotora de violência de gênero Pilar Fernández.
Em uma entrevista de rádio, esta semana ele disse que “o termo é um selvagem porque envolve associar algumas alegações a comportamentos totalmente criminosos que não têm nada a ver. Esse discurso é aquele que deve ser erradicado , porque faz com que o problema se confunda e não enxergue a realidade”.
Além disso, há críticas, como a da jornalista e escritora Gloria Steinem, apontando que Adolf Hitler ascendeu ao poder posicionando-se contra o poderoso movimento feminista alemão. Ele fechou clínicas de planejamento familiar e declarou que o aborto era um crime contra o Estado. “É um termo cruel e anti-histórico”, afirma Steinem, que em um de seus livros destaca que feministas alemãs como Helene Stocker, Trude Weiss-Rosmarin e Clara Zetkin tiveram de fugir do seu país e outras foram mortas em campos de concentração.
A Royal Spanish Academy (RAE) não incluiu essa palavra em seu dicionário, mas publicou uma explicação no Twitter que gerou controvérsia no verão passado. Depois de receber uma consulta através da rede, a RAE afirmou que “a palavra ‘feminazi’ (sigla para feminista “+” nazi) é usada com intenção depreciativa com o sentido de “feminista radical”. A resposta causou uma avalanche de críticas porque a explicação validou e legitimou uma palavra claramente pejorativa para as mulheres e o movimento feminista.

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