segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Portal do José: Bolsonaro pendurado! PARASITA! "Jornalões" de direita radicalizam! O que ainda segura o inclassificável?

 

Do Canal Portal do José:


Seguem editoriais do Jornal O Estado de São Paulo:

"O presidente Jair Bolsonaro é um parasita das iniciativas alheias. Foi assim com a reforma da Previdência, que ele sabotou em vez de apoiar, e uma vez aprovada tratou de, cinicamente, relacioná-la entre as conquistas de seu governo; foi assim com o auxílio emergencial para os que perderam renda na pandemia, cujo valor, se dependesse do presidente, seria de apenas R$ 200, mas, quando o Congresso elevou para R$ 500, Bolsonaro, como se estivesse a jogar truco, mandou subir para R$ 600, só para ter os louros do tão necessário socorro; e foi assim com a vacina contra a covid-19: depois de ter sistematicamente levantado suspeitas sobre os imunizantes, de ter feito campanha para que os brasileiros tomassem elixires mágicos sem qualquer eficácia e de ter mantido no Ministério da Saúde um almoxarife que não foi competente nem sequer para planejar a compra de agulhas e seringas, Bolsonaro agora reivindica como a “vacina do Brasil” a que foi produzida por iniciativa exclusiva do governo de São Paulo – e que ele reiteradas vezes desmereceu e disse que jamais compraria Se foi assim na primeira metade do mandato, é muito provável que na segunda metade Bolsonaro, na sua tresloucada ânsia de reeleição, continuará a viver à custa da energia alheia, já que há muito tempo provou ser incapaz de fazer algo produtivo por conta própria. Bolsonaro não existe senão como expressão do oportunismo mais rasteiro e, agora temos certeza, cruel e desumano. O problema é que esse organismo traiçoeiro que exaure as forças de seu hospedeiro é formalmente o presidente da República, isto é, concentra em sua caneta o poder máximo da União. Pode ainda causar muitos estragos ao País, dado que sua natureza é exclusivamente destrutiva. Por essa razão, é compreensível, como já observado neste espaço, que cada vez mais cidadãos brasileiros estejam convencidos de que não haverá cura para a septicemia causada pelo vírus bolsonarista sem o afastamento constitucional do presidente. Até que se reúnam as condições políticas objetivas para o impeachment, contudo, há um colossal trabalho a ser feito, isto é, superar a crise provocada pela pandemia e pela incompetência do governo. Para as forças de oposição, essa demanda coloca um dilema nada desprezível: a recuperação do País, pela qual todos de bom senso devem lutar, certamente será convertida em capital político-eleitoral por Bolsonaro, que, fiel a seu caráter, nada fará além de servir-se dos feitos dos outros para alimentar suas patranhas palanqueiras. O Apedeuta! Sempre que sua escandalosa incompetência fica clara para todo o País, como é o caso de sua conduta criminosa ao longo da crise causada pela pandemia de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tenta maliciosamente atrair os brasileiros para seu universo delirante – em que o inimigo a ser combatido não é o coronavírus ou o desemprego, que são bem reais e ameaçam de fato a vida e o bem-estar de todos os brasileiros, mas o comunismo, que só existe no discurso demente dos camisas pardas bolsonaristas. Nesse mundo, a democracia não é uma conquista dos cidadãos brasileiros, consubstanciada na Constituição de 1988, mas uma concessão das Forças Armadas. “Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas”, declarou Bolsonaro na segunda-feira, dia 18, a um punhado de devotos. “Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam.” Quando é necessário esclarecer ao presidente da República que, numa democracia, as Forças Armadas não são um poder moderador e estão submetidas ao poder civil livremente escolhido pelos eleitores, é porque a Presidência está ocupada por um apedeuta cívico. Mas há apedeutas e apedeutas. Há os que não tiveram a educação cívica necessária para a convivência democrática saudável e acreditam que a democracia é mesmo um presente dos militares, como é o caso dos tolos que se dizem saudosos da ditadura, e há os espertalhões que, uma vez no poder, pretendem insidiosamente arrastar as Forças Armadas para uma desvairada aventura autoritária. Nem é preciso dizer qual apedeuta é mais perigoso. “O pessoal parece que não enxerga o que o povo passa, para onde querem levar o Brasil. Para o socialismo. Por que sucatearam as Forças Armadas ao longo de 20 anos? Porque nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo”, disse Bolsonaro. Nem é o caso de comentar a sugestão ridícula de que as dificuldades orçamentárias dos militares foram deliberadamente causadas por “comunistas” para tomar o poder. O importante é que o presidente, ao se qualificar como “militar” – malgrado ter saído da caserna há mais de 30 anos, e de maneira desonrosa –, tenta amalgamar seu governo às Forças Armadas, como se fossem uma coisa só, na luta contra o “socialismo”. Não foi a primeira vez que Bolsonaro fez isso, e nada indica que será a última, já que a ignorância e a má-fé deixaram uma marca indelével em seu caráter." #Bolsonaro #Pazuello # Vacinas

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