segunda-feira, 19 de julho de 2021

Em sua coluna na Folha de São Paulo, Ruy Castro compara bolsonarismo ao nazismo

 

"Seria um delírio imaginar uma Blitzkrieg formada pelas SS bolsonaristas, os milicianos, os soldados, cabos e sargentos da PM e a parte do Exército que tem uma leitura própria da Constituição?", questiona Ruy Castro

Jornalista Ruy Castro e um ato pelo Fora Bolsonaro

Jornalista Ruy Castro e um ato pelo Fora Bolsonaro (Foto: Reprodução | Mídia NINJA

247 "O governo Bolsonaro reacendeu-me, veja só, o interesse pelo nazismo. No passado, ao ler sobre o assunto, era como se fosse um capítulo da história impossível de se repetir. De repente, 80 anos depois, sente-se nas proximidades o seu bafio, exalado por gente íntima de suas táticas. Pensei nisso outro dia ao aprender sobre uma delas, a Sitzkrieg, guerra de posições. Veja se lhe diz alguma coisa", escreve o jornalista Ruy Castro, em sua coluna na Folha de S. Paulo.

"É a guerra moral, psicológica, das expectativas fatigantes, dos cansaços nervosos. É a desmoralização, a destruição das energias internas, o estímulo das discórdias interiores e da desagregação nacional. É também a infiltração e penetração dos agentes do terror, do pânico e da dúvida, de modo a provocar a divisão do adversário e a vulnerabilidade da sua resistência psíquica. É a guerra não declarada, a guerra em estado de paz. A ela segue-se, claro, a Blitzkrieg, a guerra-relâmpago, que pega a vítima alquebrada e a subjuga", prossegue.

"Quebrada a nossa capacidade de resistência por essa barragem de palavras, gestos e atos, seria um delírio imaginar uma Blitzkrieg formada pelas SS bolsonaristas —as falanges com porte de arma—, os milicianos, os soldados, cabos e sargentos da PM e a parte do Exército que tem uma leitura própria da Constituição?", questiona.

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