sexta-feira, 23 de julho de 2021

TSE desmente Fake News de Bolsonaro e desmonta "suspeita" dos militares bolsonaristas, como Braga Netto, sobre urnas eletrônicas

 Ainda, hoje atacado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, o sistema de voto eletrônico adotado no Brasil há mais de 25 anos foi desenvolvido pelos militares nos anos 90.


TSE desmente Fake News de Bolsonaro sobre urnas eletrônicas


Jornal GGN – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu a informação falsa divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro, de que a apuração das urnas eletrônicas é feita “por meia dúzia de pessoas, de forma secreta, em uma sala no TSE”.

“Utilizado há mais de 25 anos, sem nenhuma comprovação de fraude, o sistema de voto eletrônico adotado no Brasil pode ser auditado antes, durante e após a eleição”, informou. A instituição esclareceu que a contagem de votos é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação.

Também ressaltou que há uma comprovação em papel dos resultados dos votos, com o Boletim de Urna (BU), que a urna imprime em 5 vias, onde contém a quantidade de votos registrados naquela urna para cada um dos candidatos, partidos, votos nulos e brancos.

Um dos boletins de urna é colocado no local de votação, de forma pública, visível a todos. Outras vias do BU são entregues a fiscais dos partidos políticos e quem solicitar a auditoria.

Assim, a contagem dos votos é feita pela própria urna eletrônica, com uma rede de transmissão de dados criptografados, e não como disse o mandatário, por “meia dúzia de pessoas”. A soma de cada um dos resultados das urnas eletrônicas espalhadas por todo o Brasil também é feita por um “supercomputador localizado fisicamente no tribunal”.

Quando verificado e auditado, seja por qualquer cidadão, partidos políticos, candidatos, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), “o resultado final divulgado pelo TSE sempre correspondeu à soma dos votos de cada um dos boletins de urna impressos em cada seção eleitoral do país”. Há, ainda, um teste público de segurança que pode ser acompanhado pelos cidadãos no dia da votação.

“Portanto, o resultado definitivo de cada urna sai impresso e é tornado público após a votação, e ele pode ser facilmente confrontado, por qualquer eleitor, com os dados divulgados pelo TSE na internet, após a conclusão da totalização. Os partidos e outras entidades fiscalizadoras também podem solicitar todos os arquivos das urnas eletrônicas e do banco de dados da totalização para verificação posterior”, acrescentou o TSE.

Ainda, hoje atacado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, o sistema de voto eletrônico adotado no Brasil há mais de 25 anos foi desenvolvido pelos militares nos anos 90.

Conforme divulgou coluna de Monica Bergamo, o grupo que criou o protótipo da urna era formado por três engenheiros do Exército, Aeronáutica e Marinha do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e um engenheiro do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações).

“A proposta de contagem de votos impressos manualmente pelos próprios mesários, em substituição à apuração automática pela urna eletrônica, não criaria um mecanismo de auditoria adicional, mas representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas fraudes na história brasileira”, conclui, em nota, o TSE.

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