General militariza Ministério da Saúde, segue as regras estipuladas pelo presidente e compromete imagem técnica das Forças Armadas
Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro passou a acumular, na prática, a função de ministro da Saúde ao estipular das diretrizes governamentais na área às audiências da pasta. Depois de substituir dois ministros em meio à pandemia do coronavírus, o presidente colocou o general Eduardo Pazuello como ministro interino e, embora ele não tenha experiência no setor, ele acaba sendo um “cumpridor de ordens”.
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, os ministros anteriores – Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich – foram demitidos por defender o isolamento social e rejeitar o uso da cloroquina no tratamento dos pacientes, algo que Bolsonaro se opôs frontalmente.
Pazuello acabou por ser o executor das tarefas determinadas pelo Planalto, e tem enfrentado uma série de críticas por mudar a forma de contabilizar as vítimas da pandemia, além de atrasar e impedir a divulgação dos dados, como queria Bolsonaro. E o que é uma medida antidemocrática, o que levou diversos veículos de imprensa a criarem um consórcio para a divulgação dos dados de forma mais transparente.
E a conta de tal atuação começa a atingir as Forças Armadas: depois de terem preparado uma imagem de técnicos que atuam com números, Pazuello acabou com a transparência da divulgação dos dados diários de vítimas fatais na pandemia e, ao levar 20 oficiais para trabalhar na sua assessoria, ele acabou por confirmar as acusações feitas pela oposição de que ele é o general que transformou o Ministério da Saúde em um quartel.
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