quinta-feira, 8 de julho de 2021

Simone Tebet expôs a falsificação de invoices no escândalo das vacinas do Ministério da Saúde militarizado

 


Senadora expõe sucessão de erros e de crimes cometidos por autoridades em torno das negociações da Covaxin

Senadora Simone Tebet (MDB-MS). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Jornal GGN – A senadora Simone Tebet (MDB) apresentou à CPI da Pandemia a sucessão de erros cometidos em torno da negociação da compra da vacina Covaxin – e aponta crimes como falsidade ideológica e prevaricação.

Após apresentar vídeo do então secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, Simone afirma que fotografou os documentos apresentados na ocasião, fez um comparativo e pediu ajuda a um professor de inglês para checar as grafias. E foram encontrados erros crassos nas invoices que Franco e o ministro Onyx Lorenzoni apresentaram como verdadeiras.

“Eu fotografei o segundo e fotografei o terceiro”, disse Simone, apresentando o primeiro invoice – apontado como falso pelo governo, mas sem erros de grafias em inglês e marcas de scanner comprovando que o documento foi escaneado por fax.  “O dito verdadeiro tem excessos de erros e não há marcas de scanner/fax. Poderiam dizer assim, mas que erros são esses? O documento verdadeiro tem clara comprovação de falsidade de documento privado. Nós estamos falando de falsidade ideológica formulada por alguém”, disse a senadora.

“Para ganhar um pouquinho mais de propina, eles passam de US$ 45 milhões e separam frente e o seguro, e o que era contratado de US$ 45 milhões salta para quase US$ 46 milhões – tem quase US$ 1 milhão, R$ 5 milhões que alguém ia levar em algum paraíso fiscal para fazer alguma rachadinha”, ressalta Simone Tebet.

“Esse documento é o documento do Ministério, com e-mails comprovados e que passou por tanta gente. Como é que ninguém visualiza um documento fajuto como esse? Documento apresentado pelo Onyx e pelo Elcio e fotografado por nós e pela imprensa (…)”, afirmou a senadora, ressaltando que a terceira invoice é uma cópia da segunda, com poucas alterações.

“O presidente da República precisa vir à público e esclarecer esses fatos. Isso daqui é a prova cabal de crimes: falsidade de documento privado, falsidade ideológica, direcionamento de empresas para receber um contrato bilionário para ser entregue o recurso em um paraíso fiscal onde nós sabemos que ali funciona lugar para receber propina e lavagem de dinheiro público. Então, diante de todas essas situações, esse caso linka o caso que nós estamos querendo investigar de crime de prevaricação. Houve prevaricação, basta saber de quem”.

Confira a íntegra da fala de Simone Tebet

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

APOIE AGORA

Nenhum comentário:

Postar um comentário