Vídeo do Canal UOL:
Organizados por grupos progressistas, mais de 2.600 protestos ocorrem hoje nos EUA contra políticas do presidente Donald Trump. O movimento ganhou o nome de "No Kings"; entenda movimento.
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Organizados por grupos progressistas, mais de 2.600 protestos ocorrem hoje nos EUA contra políticas do presidente Donald Trump. O movimento ganhou o nome de "No Kings"; entenda movimento.
Do Instituto Conhecimento Liberta:
As fake news estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia, influenciando opiniões e decisões. Entender como elas surgem, porque se espalham e de que maneira podemos enfrentá-las é essencial. No curso “Como identificar e combater fake news”, Laura Sabino revela os mecanismos da desinformação e mostra, em oito aulas, como identificar conteúdos falsos, compreender seu impacto nas redes sociais e aplicar estratégias práticas para combatê-los. Em tempos de manipulação digital, reconhecer e enfrentar as fake news é fundamental para fortalecer a consciência crítica e a democracia. 🧑🏫Professora: Laura Sabino - Graduanda em História, youtuber e militante política
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo atuou em operações estratégicas de desinformação sobre as urnas eletrônicas para mobilizar a população a favor da criação de um ambiente favorável ao golpe e também na produção de dossiês de adversários dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Do ICL Notícias:
Por Juliana Dal Piva
A partir desta terça-feira (14), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) julga o núcleo 2 da organização criminosa que tentou um golpe de estado no Brasil após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo atuou em operações estratégicas de desinformação sobre as urnas eletrônicas para mobilizar a população a favor da criação de um ambiente favorável ao golpe e também na produção de dossiês de adversários dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Entre os sete réus que serão julgados a partir de hoje estão dois homens de confiança do deputado federal Alexandre Ramagem, que foi diretor-geral da Abin durante o governo de Bolsonaro.
STF começa a julgar hoje o Núcleo 2 da tentativa de golpe (Foto:Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
1. Ailton Gonçalves Moraes Barros (ex-major do Exército, expulso em 2006)
É acusado de integrar o núcleo responsável por incitar a adesão de militares ao golpe e atacar comandantes das Forças Armadas que se recusassem a apoiar a ação, atuando sob ordens do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Segundo investigações, mensagens trocadas por ele com o ex-ministro Braga Netto mostram que recebia orientações para atacar os comandantes do Exército e da Aeronáutica porque ambos foram contrários ao golpe.
2. Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército)
Atuou como diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS quando Eduardo Pazuello estava à frente da pasta e teria disseminado informações falsas sobre o processo eleitoral. É acusado de editar um documento com informações falsas sobre o sistema eletrônico eleitoral, e a PGR afirma que ele coordenou a produção e distribuição de fake news nas redes sociais.
3. Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal)
Um dos principais homens de confiança de Ramagem, ele trabalhou na Abin do final de 2019 até meados de 2022. Segundo a PF, fazia parte da “Abin paralela”. Entre as acusações está a criação de notícias falsas sobre os ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso do STF, incluindo teorias conspiratórias visando desacreditar o processo eleitoral. É considerado réu por ter usado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar opositores.
4. Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército)
É acusado de integrar a “Abin paralela” para monitorar opositores. Foi cedido à Abin na gestão de Alexandre Ramagem. Para a PGR, Rodrigues e Bormevet agiram de forma coordenada com o núcleo central da organização criminosa, organizando a produção e disseminação de informações falsas contra os alvos apontados publicamente pelo ex-presidente Bolsonaro com o objetivo de enfraquecer as instituições.
5. Carlos César Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)
Elaborou em 2022, a pedido do PL, um relatório que falava em supostas falhas nas urnas eletrônicas. Com base no documento apresentado, o PL defendeu que as supostas falhas justificariam a anulação de parte dos votos computados.
6. Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército)
A acusação aponta que Guilherme Marques de Almeida tinha “papel tático na organização criminosa”. Segundo o Ministério Público, sua “proatividade na propagação da desinformação chamou a atenção das investigações”.
7. Reginaldo Vieira de Abreu (coronel da reserva)
Segundo a PGR, ele tentou interferir no Relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas para “manipular a opinião pública em favor da ruptura institucional”. É acusado de ter praticado monitoramento ilegal ao tirar e compartilhar fotos do ministro do STF Gilmar Mendes no aeroporto de Lisboa. As imagens foram enviadas por WhatsApp para o general Mário Fernandes, criador do Plano Punhal Verde Amarelo, o que caracterizou uma ação de vigilância não autorizada contra uma autoridade pública. Segundo a PF, as imagens foram capturadas em 20 de novembro de 2022. Antes disso, ele já tinha elaborado uma minuta que previa medidas como a prisão do ministro.
Por Cézar Feitosa
(Folhapress) — O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (14) a condenação de todos os réus acusados de difundir desinformação sobre as urnas eletrônicas e de promover ataques contra os chefes das Forças Armadas contrários à trama golpista de 2022.
A sentença condenatória foi defendida por Gonet durante sua sustentação oral no julgamento do núcleo 4 da trama golpista. As sessões que analisam a denúncia contra os escalões inferiores da tentativa de golpe de Estado tiveram início nesta terça.
São réus neste núcleo Ailton Barros (major expulso do Exército), Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército), Giancarlo Gomes Rodrigues (sargento do Exército), Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército), Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército), Marcelo Bormevet (policial federal) e Carlos Cesar Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).
Paulo Gonet usou seu tempo de fala no julgamento para rebater algumas das principais críticas das defesas dos réus à acusação sobre a trama golpista. Um dos pontos levantados pelos advogados é sobre a distância de tempo entre a atitude de alguns dos denunciados com os atos finais da tentativa de golpe de Estado.
“É certo que dentro de uma organização criminosa, seus integrantes respondem pela totalidade dos ilícitos cometidos. Mesmo as condutas distantes cronologicamente são alcançadas pelas condutas dos novos integrantes, porque são dirigidas para a mesma finalidade”, disse.
O PGR disse que o grupo de acusados atuou no campo de “guerra informacional” para disseminar desconfiança sobre as urnas eletrônicas antes das eleições presidenciais de 2022. Após a vitória de Lula (PT), os réus teriam incentivado a narrativa falsa de fraude.
“No caso dos réus desse núcleo da AP, responsável pelas campanhas de desinformação, ficou claro o impacto do seu comportamento para o desfecho violento do 8 de janeiro de 2023”, completou. Gonet usou 50 minutos de seu tempo de fala.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet (Foto: Marcelo Camargo/EBC)
A defesa do major da reserva Ângelo Denicoli pede a absolvição do réu, entre outros motivos, sob o argumento de que parte das alegações finais da PGR contra o acusado cita provas que não foram incluídas no processo.
Trata-se de documentos obtidos com as buscas contra o ex-assessor Flávio Peregrino, auxiliar de Braga Netto. A operação contra ele ocorreu em dezembro, após o indiciamento dos réus da trama golpista, e os achados da PF não foram incluídos no processo.
Gonet disse que esse argumento não deve prosperar. Para a PGR, as provas não incluídas no processo são um “elemento de convicção” das condutas criminosas de Denicoli, e não uma prova isolada para a condenação.
O primeiro dia de julgamento do núcleo da desinformação da trama golpista é dedicado à leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes e às sustentações orais da acusação e das defesas.
A PGR teve duas horas para se manifestar, e cada uma das sete defesas tem uma hora para apresentar os argumentos para a absolvição dos réus.
A sessão desta terça foi diferente dos dias de julgamento do núcleo central da trama golpista, que culminou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão.
O plenário da Primeira Turma ficou mais esvaziado, com menos jornalistas e integrantes de gabinetes de ministros. A estrutura de segurança também é menor, em comparação com os dias de julgamento de Bolsonaro e seus aliados mais próximos.
Os ataques partiram de um movimento político de extrema-direita em Florianópolis, liderado por pais de alunos, que age contra docentes que se posicionam contra a militarização da Escola de Ensino Básico De Muquém, no bairro São João do Rio Vermelho.
Reportagem de Amanda Miranda
A história da orientadora escolar Juliana Andozio e do professor de Artes Andrei Dorneles repercutiu nos últimos dias, após imagens em que os professores aparecem sendo intimidados e perseguidos circularem pelas redes sociais. Os ataques partiram de um movimento político de extrema-direita em Florianópolis, liderado por pais de alunos, que age contra docentes que se posicionam contra a militarização da Escola de Ensino Básico De Muquém, no bairro São João do Rio Vermelho.
Juliana é vítima de sucessivos episódios de perseguição, ameaça e intimidação. Esses casos renderam boletins de ocorrência, processos administrativos disciplinares e até uma condenação de um vereador da Capital de Santa Catarina. Andrei foi vítima da escalada dessa radicalização, sofrendo agressões físicas com socos e chutes, a poucos metros da escola, por um pai da comunidade.
Unidos no combate aos ataques extremistas e na luta pelo direito de exercerem sua atividade profissional, eles vivem, hoje, entre os aplausos de quem reconhece sua coragem e o luto pela perda de um chão que deveria formar crianças e jovens para um mundo desafiador.
Andrei se exilou por medo. Juliana continua na escola, mas permanece sendo alvo de ataques. Todos os dias, ela teme por um novo processo administrativo que a leve a perder o emprego, conquistado por meio de concurso público e que oferece estabilidade.
Há grupos de pais no Whats App que mantêm a intenção de derrubá-la desde que ela acolheu uma aluna trans, em 2023. A perseguição foi estimulada por um vereador da comunidade, localizada no norte da Ilha, uma das áreas mais populosas da cidade.
O vereador bolsonarista João Paulo Ferreira (PL-SC), conhecido por Bericó, usou suas redes sociais para incitar os ataques à professora, com discursos que mentiam sobre sua conduta. Um acordo conduzido pelo Ministério Público o obrigou a cumprir 70 horas de serviços comunitários.
Escola onde professores foram alvos de ameaças e agressões, em Florianópolis. Foto: Reprodução
Além dele, deputados também inflam o que a ala bolsonarista ideológica chama de “guerra cultural”. Esses discursos alimentam o movimento chamado “Pais Conservadores de Floripa”, que replicam as falas de autoridades e tratam os professores como inimigos da comunidade e dos estudantes.
O grupo extremista faz acusações graves e nunca comprovadas sobre a conduta dos professores agredidos. Juliana possui um drive com 43 pastas com registros de ameaças, em vídeos e imagens, desde 2023.
No caso de Andrei, que é homossexual e casado, as acusações que levaram à agressão e ameaça de morte envolvem denúncias de assédio feitas via redes sociais e em grupos de WhatsApp, sem qualquer comprovação material. Professor há 18 anos, ele teve que recorrer ao autoexílio com o suporte da família e hoje só consegue dormir com a ajuda de medicamentos.
Juliana considera que a agressão sofrida pelo colega foi, na verdade, uma etapa da escalada de violência e tensão que ela própria vinha sofrendo. Sem qualquer suporte da Secretaria de Educação, pais radicalizados, alguns dos quais participaram dos acampamentos golpistas pós eleições de 2022, continuaram a lutar pela sua saída da escola desde que atendeu uma aluna trans, anos atrás.
Quando Andrei chegou, neste ano, foi visto como aliado, uma vez que se opôs ao projeto de militarização da escola.
Ele conta que, em resposta a um ato de apoio logo após o episódio de agressão, o grupo extremista se manifestou, sem questionar a conduta do professor. O foco permanecia a militarização, defendida em faixas e cartazes.
“Aí que a nossa ficha caiu. Eles viram que eu me coloquei contra o projeto de militarização e que eu falava nas salas de aula com os estudantes quando questionado”, disse Andrei.
“A doutrinação das crianças para a militarização é um projeto deles, eles não vão desistir”, completa Juliana.
O governo de Santa Catarina tem um projeto de escolas cívico-militares em curso. Mesmo após ser derrubado pelo Ministério da Educação, o Estado continua transformando unidades escolares em braços de um projeto questionado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
O medo do presente e do futuro une Andrei e Juliana. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), há uma epidemia de violência em curso. Violência física, verbal e assédio, ameaças, denúncias e acusações falsas se somam à precarização do trabalho, sobrecarga, retirada da autonomia pedagógica e pressão por resultados.
Os transtornos de saúde mental são citados por 62% dos docentes como principais causas de afastamento, segundo o Relatório Técnico da 5ª Pesquisa de Saúde Docente, de 2024. Andrei é exemplo dos efeitos psicológicos do ambiente de tensão: tem crises de ansiedade e pânico, usa medicação e precisa de acompanhamento.
Recentemente, o Sinte lançou um canal de denúncias para mapear e combater os crescentes casos de violência nas escolas. A proposta é que o Sindicato aja de forma mais assertiva na defesa dos direitos da categoria e na cobrança de políticas públicas eficazes, a partir de informações tratadas sob sigilo.
“Eu tenho que pensar bem o que eu vou fazer no futuro, mas no momento minha opção foi ficar e lutar mais um pouquinho esse ano. E o ano que vem é outro ano. A extrema direita focou na educação e não vai desistir. Então, a gente tem que se fortalecer e fazer o nosso projeto”, disse Juliana.
O projeto, explica Andrei, é garantir que a educação cumpra seu papel. Toda vez que foi chamado à direção da escola para dar explicações a famílias sobre aspectos questionados em seu trabalho, ele se municiou de estudos sobre legislação e sobre os princípios norteadores dos currículos, para garantir que sua atividade não é ilegal e nem foge do que se preza nos documentos oficiais.
“Hoje eu não consigo, eu não me vejo apto emocionalmente para voltar à sala de aula. E falar de futuro, para mim, tem sido muito difícil: tenho conseguido viver um dia de cada vez, resolver as demandas de cada dia nessa luta pela justiça”, contou emocionado.
“O que eu quero é que as mesmas pessoas que me difamam na internet precisem vir a público falar sobre a mentira e os danos que causaram nas nossas vidas, para nunca mais fazerem isso com ninguém”, completou.
A Secretaria de Educação de Santa Catarina informou, por e-mail, que possui um projeto de combate à violência contra professores, previsto para ser lançado ainda em outubro. Entre as principais ações, destacam-se: sensibilização dos estudantes e famílias para o respeito ao professor; acolhimento do professor vítima de violência, bem como o registro da ocorrência contra o agressor.
Para Juliana e Andrei, a ausência de proteção efetiva do Estado acirrou a tensão na comunidade e os levou à brutalidade e adoecimento. “O Estado tem condições e o dever de nos indenizar, assim como qualquer outro profissional da educação que passe por situações parecidas”, pontuou Andrei.
Na pesquisa Razões da epidemia de violência contra professoras e professores do Ensino Básico brasileiro, do Observatório do Estado Social Brasileiro, pesquisadores descrevem o fenômeno como “erosão da esperança, que escapa como o pó do giz branco da lousa”.
“É sobre como nossos colegas do Ensino Básico tornaram-se reféns; reféns que, hoje, sentem no corpo as mais variadas formas de violência territorializadas no espaço escolar”.
Atos em favor da anista a golpistas fracasa em Brasília
Do ICL Notícias:
Por Cleber Lourenço
A tentativa de ressuscitar a pauta da anistia na Câmara dos Deputados voltou a naufragar nesta terça-feira (7) . A oposição promoveu um novo ato em Brasília, uma caminhada em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas a mobilização fracassou. O evento, que pretendia mostrar força política e pressionar a Presidência da Casa, teve baixa adesão e terminou esvaziado.
O fiasco repercutiu mal entre parlamentares que até então demonstravam disposição em retomar o tema. Segundo deputados que acompanhavam as movimentações, o clima é de desânimo e a leitura majoritária é de que o texto dificilmente voltará à pauta nas próximas semanas.
Membros da articulação política do Palácio do Planalto avaliam que o esvaziamento do ato sepulta, ao menos por ora, a tentativa de ressuscitar o projeto. “Sem base, sem adesão e com rejeição crescente até entre aliados, o tema perdeu o fôlego”, resumiu um interlocutor ouvido pelo ICL Notícias.
A situação se agravou após as declarações do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que na semana passada afirmou que a votação da isenção do Imposto de Renda só ocorreria caso a anistia fosse aprovada. A fala caiu como uma bomba no Congresso e provocou forte reação entre lideranças partidárias, que viram na declaração uma tentativa de chantagem política.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) disse ao ICL que o ato “flopou” e que chegou a enviar imagens da manifestação para o líder Hugo Motta e outros chefes de bancada, reforçando que não há mais espaço para pautar o tema. “A anistia já era”, resumiu o parlamentar.
A repercussão negativa atravessou o fim de semana e ampliou o isolamento do grupo mais radical da oposição, que insistia em vincular os dois temas. Deputados que até então mantinham cautela em se posicionar passaram a considerar a anistia “um tema inviável politicamente” diante do desgaste crescente.
Com o fracasso do ato e a ausência de apoio para recolocar o texto em debate, a expectativa no Congresso é de que a anistia siga fora da pauta por tempo indeterminado.
Do UOL :
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou há instantes em sua rede social, a Truth Social, que teve um "bom telefonema" com o presidente Lula na manhã de hoje. "Gostei muito da conversa, nossos países vão se dar muito bem juntos", escreveu o líder da Casa Branca.
Da Globonews:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou ter conversado com o presidente Lula nesta segunda-feira (6) para tentar resolver a crise diplomática entre os dois países e disse que gostou da conversa. Trump disse ainda que terá conversas futuras com Lula. "Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o Presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos", escreveu o americano na Truth Social. Minutos antes, o blogueiro Paulo Figueiredo havia publicado no X (antigo Twitter) que a ligação entre os dois presidentes não representava avanço algum. Veja a análise dos comentaristas do Estúdio i.
Da pobreza à exclusão social, histórias reais revelam a erosão da democracia nos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no programa Mundo Político, o jornalista e escritor Jamil Chade fala sobre seu livro “Tomara que você seja deportado: Uma viagem pela distopia americana”, resultado de seis meses de viagem pelo país. Durante parte da campanha e os primeiros meses do governo Trump, o autor registrou relatos de imigrantes, ativistas do movimento Maga e personagens como o Viking do Capitólio. Chade descreve o medo dos imigrantes, a xenofobia, o desmonte de direitos sociais em saúde, educação e moradia e a exclusão de milhões abaixo da linha da pobreza. Aponta que esse processo reflete um enfraquecimento das instituições e uma ameaça à democracia americana.
O ICE de Donald Trump está sendo acusado de agir como uma polícia política nos Estados Unidos, com táticas que lembram a SS n*z1sta de H1tl3r. Neste vídeo, analisamos os abusos mais recentes do ICE, os confrontos violentos contra jornalistas, famílias e manifestantes, além do uso de agentes mascarados e fortemente armados nas ruas. O que está acontecendo nos EUA em 2025? Mostramos paralelos históricos entre o ICE de Trump e a SS n*z1sta, investigamos como o terror estatal está sendo usado como espetáculo político e denunciamos os perigos de uma polícia secreta moderna. Assista até o final e entenda por que muitos analistas já falam em terrorismo de Estado, milicianos criminosos a serviço do governo e abusos que colocam em risco a democracia americana. Neste vídeo você vai ver: ✔ Abusos recentes do ICE documentados por ProPublica, Reuters, Washington Post e Le Monde ✔ O ataque a jornalistas e famílias em tribunais nos EUA ✔ O terror oficial do ICE contra comunidades imigrantes ✔ O paralelo entre os agentes mascarados do ICE e a SS de H1tl3r ✔ Como Trump está transformando medo em espetáculo político 👉 Assista agora e compartilhe. A democracia só sobrevive quando a verdade é exposta.
Do Canal Folha TV, retransmitindo parte da entrevista feita pelo ICL Notícias com o Prof.de Relações Internacionais da PUC-SP Lenardo Trevisan
Do Canal Canadá Diário:
Donald Trump voltou a chocar o mundo com um discurso perturbador diante de comandantes militares nos Estados Unidos. Neste vídeo, reagimos e analisamos a cobertura feita por Lawrence O’Donnell no canal MSNBC, onde Trump foi descrito como “à beira da loucura total” em uma fala que mistura ameaças veladas, retórica autoritária e ataques internos ao próprio país. O que realmente está acontecendo por trás desse discurso? Por que generais americanos ficaram em choque? E o que isso significa para a democracia nos Estados Unidos e para a segurança internacional?
Aqui você vai encontrar uma análise crítica, direta, provocadora e extremamente anti-Trump. Não estamos diante de mera retórica política, mas sim de sinais cada vez mais claros de um líder autoritário que coloca em risco as instituições democráticas e transforma militares em peças de propaganda. Se você acompanha política internacional, democracia, eleições americanas, autoritarismo, militarização e liberdade de expressão, este vídeo é essencial para entender os rumos perigosos que Trump está tentando impor. 👉 Assista até o final e deixe sua opinião nos comentários.
Do ICL:
O governo de Israel interceptou, nesta quarta-feira (1º), navios da Flotilha Global Sumud rumo às costas de Gaza. De acordo com relatos publicados pela agência Sputnik, agentes da Marinha israelense detiveram os tripulantes. A flotilha conta com 17 brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila, liderança internacional do movimento.
A delegação brasileira a bordo da Global Sumud é composta por: Ariadne Catarina Cardoso Teles;
Magno De Carvalho Costa; Luizianne De Oliveira Lins; Bruno Sperb; Rocha Mariana Conti Takahashi; Gabrielle Da Silva Tolotti; Miguel Bastos Viveiros de Castro; Giovanna Martins Vial; Mohamad Sami El Kadri; Hassan Massoud; Paulo Siqueira Costa; João Leonardo Cavalcanti Aguiar Costa; Nicolas Calabrese (cidadão argentino residente no Brasil); Lisiane Proença Severo; Thiago de Ávila e Silva Oliveira; Lucas Farias Gusmão; Victor Nascimento Peixoto.
Thiago Ávila
A ação ocorre após “manobras de intimidação”, segundo os organizadores, por “navios militares israelenses” perto da Grécia, e ataques com drones em duas ocasiões anteriores, durante a escala na Tunísia, no dia 9 de setembro.
A Flotilha Global Sumud tentava “romper o bloqueio a Gaza” e fornecer “ajuda humanitária” ao enclave, de acordo com ativistas. Quase 500 participantes de 46 países integram a flotilha. Dentre eles, estavam parlamentares europeus, advogados e a ativista climática sueca Greta Thunberg. Às 2h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira, a flotilha havia informado que estava no Mediterrâneo, ao norte da costa do Egito e a 220 quilômetros de Gaza.
🚨 URGENTE! A delegação brasileira que leva ajuda humanitária a Gaza foi sequestrada por Israel após ter a embarcação interceptada pela Marinha israelense. A flotilha estava em uma missão civil e pacífica. Os governos precisam exigir a libertação dos ativistas humanitários e o… pic.twitter.com/WPOlGoea0M
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) October 1, 2025
Mais cedo nesta quarta-feira, forças israelenses divulgaram um vídeo no qual a Marinha alerta que as embarcações se aproximavam de uma zona bloqueada. Imagens mostram um navio da Marinha próximo a um dos barcos. Segundo o site “Middle East Eye”, um dos barcos líderes, o Alma, foi abordado por soldados israelenses.
“Forças navais da ocupação israelense efetuaram manobras de intimidação contra a flotilha Global Sumud”, informaram os organizadores em comunicado, acrescentando que algumas embarcações estavam com as luzes apagadas.
“israel” sequestra flotilha rumo a Gaza; vídeo mostra corte de comunicação no momento de interceptação.
Mais de 500 ativistas de 50 países íntegram a missão da Global Sumud Flotilla. Interceptação é ilegal e ação israelense pode caracterizar um dos maiores episódios de sequestro… pic.twitter.com/meONyekVFC
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 1, 2025
O Alma “foi cercado agressivamente por um navio israelense durante vários minutos”, relataram os ativistas. “Pouco depois, o mesmo navio repetiu as mesmas manobras de cerco diante do Sirius por um período prolongado, antes de se afastar”.
Após os ataques sofridos pelos navios, Itália, Espanha, Grécia e Turquia enviaram embarcações de guerra para escoltar a flotilha. A Turquia também deslocou dois drones. Itália e Grécia pediram conjuntamente a Israel que não ferisse os ativistas a bordo e que a ajuda fosse entregue à Igreja Católica para posterior envio a Gaza.
Uma flotilha anterior, composta por um único navio, havia sido interceptada em junho. Seus 12 passageiros, incluindo Greta Thunberg, foram deportados de Israel.
Um dos grandes equívocos da retórica política contemporânea é a associação automática entre liberalismo econômico e liberalismo político. Embora compartilhem o termo “liberalismo”, suas premissas e objetivos são distintos — e, em muitos momentos históricos, até contraditórios.
Enquanto o liberalismo político se fundamenta na defesa dos direitos individuais, na separação de poderes e na soberania popular, o liberalismo econômico prioriza a liberdade de mercado, a propriedade privada e a mínima intervenção estatal. Essa dissociação é essencial para compreender o pacto internacional entre a ultradireita, setores da ilegalidade, mercados financeiros e grandes conglomerados globais — um pacto que sustenta o que chamamos de liberalismo autoritário.
A formação dos Estados modernos como instrumentos de concentração de renda gerou um desequilíbrio estrutural: de um lado, grupos econômicos extremamente poderosos; de outro, uma massa crescente de desassistidos. Esse contraste alimenta uma reação contra o “sistema”, mesmo que a maioria não compreenda os mecanismos que sustentam a desigualdade.
Esse mal-estar difuso corrói a legitimidade institucional e abre espaço para forças oportunistas — políticas, empresariais, criminosas e corporativas — que disputam o controle do Estado em processo de esgarçamento.
O liberalismo autoritário se alia aos grandes grupos econômicos, manobra o discurso do anticomunismo e da redução dos direitos trabalhistas para conquistar os setores desorganizados da sociedade. E, na fase final, recorre a milícias, como aconteceu na Itália e na Alemanha e começa a acontecer nos Estados Unidos.
A regulação é o principal instrumento de proteção contra abusos de mercado, concentração de poder e violação de direitos. Ela abrange desde normas sanitárias até leis antitruste e garantias às minorias. A sua eliminação favorece a informalidade, o crime organizado, os monopólios e atividades nocivas como o jogo, a mineração predatória e a indústria bélica. É um discurso que cativa de organizações criminosas a grandes grupos econômicos.
O controle salarial é justificado por um discurso que se diz pró-empresarial e anticomunista. Essa retórica desvia o foco dos problemas estruturais — como juros abusivos, spreads bancários e privilégios de grandes grupos — e constrói um inimigo imaginário, geralmente associado à classe trabalhadora organizada.
A captura de funções estatais por interesses privados se dá pela venda de estatais estratégicas e pela privatização de serviços públicos essenciais, como saúde e educação. Trata-se de uma reconfiguração do Estado como instrumento de negócios, e não de cidadania.
Historicamente, o liberalismo autoritário se consolidou com o apoio de grandes grupos empresariais. Hitler e Mussolini ascenderam prometendo conter greves, sindicatos e partidos de esquerda. Em troca, ofereceram incentivos à indústria pesada e química, além de obras públicas que garantiram apoio popular e empresarial.
Empresas como Fiat, Pirelli, Montecatini e grandes bancos aderiram ao regime fascista, reunidas no Conselho Nacional Corporativo e beneficiadas com contratos militares para a expansão colonial.
Conglomerados como Krupp, IG Farben, Siemens, Allianz e Deutsche Bank lucraram com o rearmamento e o trabalho forçado. Com o fortalecimento do regime, iniciou-se a “arianização”: apropriação de empresas judaicas e expulsão de funcionários judeus.
Diversos megaconglomerados alemães prosperaram sob o nazismo, mantendo o poder e a riqueza de suas famílias fundadoras:
Empresas como IG Farben (BASF e Bayer), Degussa e Topf & Söhne lucraram diretamente com o fornecimento de insumos para o genocídio, como o pesticida Zyklon B e os fornos crematórios usados em Auschwitz.
Na Itália fascista, estudos mostram que empresas com vínculos com o Partido Nacional Fascista obtiveram vantagens mensuráveis. O mesmo padrão se repetiu na gestão Trump, nos EUA, onde o direito de propriedade era garantido apenas aos aliados.
O liberalismo autoritário é uma contradição em termos: promove a liberdade econômica ao mesmo tempo em que sufoca liberdades políticas e sociais. Historicamente, essa fórmula foi decisiva na ascensão de regimes fascistas e continua a ser utilizada como ferramenta de dominação.
A aliança entre grandes conglomerados e regimes autoritários revela que, em momentos de crise, o capital tende a se alinhar com a repressão — desde que seus interesses estejam protegidos. A história nos mostra que, quando o mercado se sobrepõe à democracia, o preço é pago pela sociedade.
Mas, pela lógica do fascismo, pode-se entender o namoro da Faria Lima com o governador paulista Tarcísio de Freitas.
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Texto segue para avaliação do Senado antes da sanção presidencial; Centrão e oposição usaram justiça social para justificar apoio ao projeto do governo
Crédito: Mário Agra/ Câmara dos DeputadosA Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º), o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil a partir de 2026 (PL 1087/25), enviado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 493 votos. O texto agora segue para o Senado, antes de seguir para sanção presidencial.
“Estamos demonstrando com esta votação que o Parlamento está ao lado do Brasil”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Que essa aprovação seja lembrada como uma conquista coletiva, como um gesto concreto de que a Câmara dos Deputados sabe ouvir, sabe decidir e sabe estar ao lado do Brasil”, emendou.
Com a proposta, estima-se que a economia anual com o imposto será de R$ 4.356,89 por pessoa. Ao todo, cerca de 10 milhões de brasileiros devem ser beneficiados diretamente com a isenção total, aliviando a carga tributária da população de renda média.
Ao longo dos discursos, diversos parlamentares ressaltaram a importância de aprovar a matéria, que beneficia 20 milhões de contribuintes. Em contrapartida, pessoas que recebem acima de R$ 600 mil por ano — o equivalente a apenas 0,13% da população contribuinte, ou cerca de 141 mil pessoas, que hoje pagam, em média, apenas 2,54% de Imposto de Renda, terão a alíquota aumentada para 10%.
Houve, por parte da oposição, uma clara tentativa de se apropriar do projeto do Planalto, que defendeu a medida ainda na campanha eleitoral. Para para a deputada Soraya Santos (PL-RJ), o projeto era defendido pelos parlamentares desde 2017, o que mostra que a Câmara é atuante, mas que o projeto não entrou na pauta. Já para o deputado Rodrigo de Castro (União-MG), o projeto alterado na Casa está muito melhor do que foi apresentado pelo governo Lula, tornando-se “um projeto neutro”.
Os deputados se viram ainda pressionados para aprovar a medida tendo em vista a crise de imagem gerada pela aprovação da PEC da Blindagem em setembro (enterrada posteriormente no Senado), que levou milhares de pessoas às ruas em todas as capitais do país.
Já os líderes do Centrão incorporaram o discurso de justiça social para justificar o apoio ao texto.
Líder da oposição, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) orientou a, por enquanto, maior bancada da Casa e que sustenta amplo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP), votar a favor do projeto governista. Para o parlamentar, a orientação faz jus ao Partido Liberal, que trabalha a favor da redução de qualquer carga tributária no país.
Muitos parlamentares classificaram a votação como histórica. A deputada Dandara (PT-MG) entregou 1,5 milhão de assinaturas favoráveis à aprovação, destacando a taxação dos “super-ricos”, que recebem acima de R$ 2,1 milhões mensais (0,01% da população). Já Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse que a medida tem importância comparável à reforma tributária.
Heitor Schuch (PSB-RS) ressaltou que contribuintes com rendimentos acima de R$ 50 mil mensais passarão a financiar a isenção, ajudando a corrigir distorções. Para Helder Salomão (PT-ES), a proposta representa justiça tributária, aumento do consumo e geração de empregos. Ivan Valente (Psol-SP) alertou que aprovar a isenção sem compensação seria “um golpe continuado”.
A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) afirmou que a proposta enfrenta uma “chaga tributária histórica” e defendeu os enfermeiros, que, segundo ela, recebem menos que o piso da categoria. Maria Arraes (Solidariedade-PE) criticou o peso que trabalhadores carregaram ao longo dos anos, cobrando maior contribuição dos mais ricos.
Alguns deputados tentaram defender fontes alternativas para custear a isenção. Marx Beltrão (PP-AL) sugeriu que a compensação venha do aumento de impostos sobre apostas esportivas (bets) e bancos, e não sobre empresas, para evitar repasse de custos. Rafael Simões (União-MG) também alertou que não há espaço para ampliar a carga sobre o empresariado. Já Sargento Gonçalves (PL-RN) rejeitou a tributação de lucros e dividendos, alegando que ela penaliza empreendedores.
O deputado Bibo Nunes (PL-RS) chamou a proposta de “populista” e “clientelista”, questionando por que o governo não a apresentou antes. Luiz Carlos Hauly (Pode-PR) classificou o texto como uma medida eleitoral que não resolve a sobrecarga tributária dos mais pobres: “É uma peça de campanha política”, criticou.
*Com informações da Agência Câmara.