quarta-feira, 4 de março de 2020

Bolsonaro e a extrema-direita apostam na politização e conformação olavista-miliciana das PMs... e como fica o povo? Por Luis Nassif



 Moro e Bolsonaro enviaram para comandar a Força Nacional dois militares envolvidos até o pescoço com a politização das PMs.


Do Jornal GGN:



Tá ok, o governo aposta na politização da PM: e como é que ficamos?

O que dizem, agora, os idiotas da objetividade, para quem as instituições são gigantescas perto do pequeno Jair? Moro e Bolsonaro enviaram para comandar a Força Nacional dois militares envolvidos até o pescoço com a politização das PMs.
Depois que o chefe da Força Nacional, indicado por Sérgio Moro, avalizado por Jair Bolsonaro, saudou a grande coragem dos PMs amotinados do Ceará, não há mais a menor margem para dúvidas: Bolsonaro aposta na politização das bases das PMs estaduais. Dali para as bases das Forças Armadas, é um grito.
O que dizem, agora, os idiotas da objetividade, para quem as instituições são gigantescas perto do pequeno Jair? Moro e Bolsonaro enviaram para comandar a Força Nacional dois militares envolvidos até o pescoço com a politização das PMs.
As instituições quedam mudas, sem emitir o menor sinal de vida. Houvesse instituições, a esta altura um bravo procurador, daquelas figuras hollywoodianas consagradas pela Lava Jato, teria entrado com uma representação contra o comandante da Força Nacional por estimular o crime: motim de polícia. O ciclópico Supremo Tribunal Federal teria chamado Sérgio Moro às falas, quando passou a mão na cabeça dos amotinados. O gigantesco Congresso Nacional teria convocado autoridades para explicar o inusitado.
Nada disso ocorreu. As instituições são defendidas apenas por governadores, mas com uma frente de pé quebrado, na qual os três principais estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – estão nas mãos de governadores que estão nas mãos da PM por conta de um discurso irresponsável de estímulo à violência policial.
Ontem, mesmo, o governador João Dória Jr saudou a violência policial contra manifestantes, professores estaduais afetados pela reforma da Previdência. Fala-se tanto na prioridade da educação e nas cautelas com a PM, e o sem-noção Dória pisa na cabeça da autoestima do professor e engrandece a violência da PM – que entrega o serviço com gosto, e depois virá cobrar a fatura.
Por tudo isso, o Brasil empreende a mais óbvia caminhada da sua história, não para um mero estado de exceção, mas para um Estado dominado por forças milicianas. É um bom campo de análise para os estudiosos das grandes marchas da insensatez. E para registrar para a história as frases do maior responsável por essa era de trevas: Ministro Luis Roberto Barroso, o que prometeu que, no fim do túnel apareceria o iluminismo, e nos ofereceu o bolsonarismo.
07/04/2018 – “O velho esta morrendo e o novo ainda não nasceu” .
01/06/2019 – “Entre a morte do velho e o nascimento do novo, há um conjunto de coisas mórbida’. Estamos vivendo esta transição. (…) Apesar das dificuldades atuais, a minha visão é positiva. Sairemos mais fortes”
15/10/2019 – “Ocorreu uma tempestade política, econômica e ética que abalou a autoestima de todos. Entretanto, esse processo é imprescindível para lançar a base de novas fundações para construir o Brasil que a gente precisa (…) O velho está morrendo e o novo ainda não nasceu”.
29/11/2019 – “O Brasil está vivendo as dores de uma transformação histórica necessária e indispensável”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário