Do Portal do José:
A ofensiva contra Alexandre de Moraes não se deve aos seus defeitos, mas ao seu papel de âncora da democracia contra o golpismo
Do Jornal GGN:

O caso Malu Gaspar deflagrou uma discussão curiosa sobre princípios do jornalismo e da reportagem. Até a, em geral, prudente ombudsman da Folha embarcou na retórica das falsas analogias.
Diz ela, citando um colega:
Qual a lógica dela? Como tanto Watergate quanto o caso Malu Gaspar têm em comum a não apresentação (inicial) de provas. Logo, as denúncias de Malu têm tanto peso quanto às de Watergate. Tenha a santa paciência!
Poderia ter recorrido a uma comparação mais caseira: a Lava Jato, da qual Malu Gaspar foi uma das principais porta-vozes. A maioria das denúncias da Lava Jato não vinha acompanhada de provas ou, no máximo, vinha com provas plantadas. Grande parte se revelou falsa e, mesmo assim, foi endossada pela mídia. Logo…
Malu trouxe uma informação concreta: o contrato do escritório da família de Alexandre de Moraes com o Banco Master. Não bastou. Trouxe, então, um reforço: a suposta interferência de Moraes no BC, na forma de 4 telefonemas e uma reunião presencial com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para supostamente tentar reverter a decisão do BC, de liquidar o Master.
O contrato advocatício atenta contra a ética. A suposta interferência direta do Ministro pode ser enquadrada em crime. Justamente por isso exigiria um conjunto de evidências que fortalecesse a versão apresentada.
Qual a evidência? A informação vaga de que se baseara em 5 fontes do mercado e uma do Banco Central. Logo em seguida duas colegas, de outros jornais, soltaram a mesma denúncia, baseada nas mesmas fontes.
Na era do WhatsApp, basta uma pessoa chegar em um grupo e dar uma informação sensível. Imediatamente todas as pessoas do grupo passam a deter a tal informação. Apenas uma supostamente teve acesso à fonte original. Mas todas as 6, agora, têm a informação.
Ainda mais sabendo que um dos recursos de impacto da jornalista, em suas notas, sempre foi a de usar fontes individuais de forma genérica, um estilo que acaba permitindo que uma mera nota irrelevante, de repente, ganhe peso jornalístico aos olhos do leigo . Ficou famosa a série de “tal medida provocou mal-estar nos militares”, como se o sentimento fosse de todos os militares.
Por exemplo, há uma divisão no STF entre dois grupos, cisão conhecida. O título da nota será : “Decisão de Moraes causa mal estar no Supremo”. E, aí, ingressa-se em um estilo peculiar de caça-likes, que consiste em esquentar informações secundárias.
Não apenas isso.
Outro indicador da parcialidade da mídia – e de repórteres – é a seletividade das denúncias.
Vamos a dois casos emblemáticos:
O que se tem a esclarecer
O ponto central a ser esclarecido não são as circunstâncias da liquidação do Master, mas a razão do BC ter demorado tanto tempo para liquidar a instituição – e aí se remete ao período de Roberto Campos Neto. Gabriel Galípolo cumpriu seu papel, enviando os inquéritos para o Ministério Público Federal.
Mas desde 2019 havia sinais de que o Master era uma pirâmide. E os golpes não se limitaram aos fundos municipais de previdência, ou à constituição de ativos falsos para rechear seus fundos. O mercado sabia que era um golpe, mas grandes instituições lucraram muito colocando os papéis do Master no mercado. Colocavam as cotas dos fundos, recebiam suas taxas de corretagem e os clientes que explodissem mais à frente.
E aí se volta às denúncias seletivas. Nada se fala sobre os volumes expressivos de títulos do Master vendidos pela XP e pelo BTG. Nada se fala sobre a paralisação dos processos do Master no Banco Central.
Pouquíssimo se falou sobre o envolvimento de Campos Neto com operações de lavagem de dinheiro, quando presidia a Tesouraria do Santander e, depois, como presidente do BC, as normas que adotou para flexibilizar o mercado, abrindo espaço para a enorme zorra posterior.
A ofensiva contra Alexandre de Moraes não se deve aos seus defeitos, mas ao seu papel de âncora da democracia contra o golpismo, e um dos aríetes do STF para deslindar a mais ampla teia de corrupção já instalada no país: o sistema de lavagem de dinheiro incrustado na Faria Lima. E as reações não vêm só do sistema lavajatista.
Pelo visto, André Esteves, um dos donos do país, aprendeu bem com seu antecessor, Daniel Dantas: não basta cooptar a mídia mainstream.
Leia também:

Do UOL:
O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção.
Do Canal Global Market Brief:
O que era para ser apenas mais um comentário ao vivo virou clima de pânico na Globo.
Após um xeque-mate inesperado aplicado por Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, jornalistas da Rede Globo foram pegos de surpresa ao vivo, sem narrativa pronta, sem controle do discurso e visivelmente desconfortáveis.
O episódio expôs: o descompasso da cobertura a reação nervosa no estúdio e o impacto direto das decisões do STF no jogo político atual Neste vídeo, você vai entender o que mudou, por que o estúdio entrou em colapso e por que esse momento não estava nos planos de ninguém. 👉 Assista até o final para compreender os bastidores e as consequências reais desse xeque-mate.
Do Jornal GGN:
O Centrão mobiliza-se para reunir votos suficientes ao impeachment de ministros do STF, caminho para um regime autoritário definitivo
Foto de Marcelo Camargo - Agência Brasil

Um Problema Multidimensional
A situação não admite soluções simples. Estamos diante de um emaranhado institucional que exige análise cuidadosa de cada um de seus componentes.
A Infiltração Criminosa no Estado
Durante os governos Temer e Bolsonaro, seis anos de desmonte institucional deliberado criaram condições para que um vasto ecossistema criminoso se enraizasse na estrutura do Estado brasileiro. A contaminação atingiu:
Congresso Nacional — onde as emendas secretas tornaram-se canal de desvio de recursos públicos.
Prefeituras — através de Organizações Sociais que operam como fachada.
Economia ilegal — redes de tráfico de drogas articuladas com esquemas no comércio de combustíveis.
Justiça e regulação — infiltrações estratégicas em tribunais e órgãos reguladores.
A metáfora de uma bacia hidrográfica ilustra bem o funcionamento: diversos fluxos ilícitos convergem para a Faria Lima, onde o dinheiro sujo é lavado, reciclado e reinvestido em novos golpes mediante fundos fictícios interconectados. O Banco Master ocupa o centro operacional dessa engrenagem, tendo Nelson Tanure como seu orquestrador principal.
A Guinada do STF
A trajetória do Supremo Tribunal Federal nas últimas décadas é marcada por contradições. Sua postura durante a Lava Jato, incluindo o controverso impeachment de Dilma Rousseff, contrasta dramaticamente com sua atuação posterior. Diante das investidas autoritárias do bolsonarismo, o STF reinventou-se como guardião da institucionalidade democrática, respaldando não apenas a resistência às tentativas golpistas, mas também a ofensiva da Polícia Federal contra a criminalidade infiltrada no Estado.
Alexandre de Moraes tornou-se a personificação dessa resistência. Sua condução dos julgamentos do 8 de janeiro, sua firmeza diante das pressões do governo Trump, sua persistência na operação contra as fake news — cada um desses episódios já justificaria seu lugar entre os grandes nomes da história do Supremo. Ele se consolidou como o símbolo mais visível da força institucional do tribunal. Contudo, há uma vírgula nessa narrativa…
A Ofensiva que Mexe no Vespeiro
Nos últimos meses, uma sequência de operações ampliou exponencialmente o alcance e o poder de intervenção do STF:
Curitiba exposta — a abertura dos arquivos da 13ª Vara Federal pode revelar um sistema de chantagens que contaminou o Judiciário por mais de dez anos, expondo as alianças entre operadores jurídicos e veículos de imprensa durante a Lava Jato.
Mercado financeiro sob lupa — a Polícia Federal avança sobre estruturas criminosas que operam no sistema financeiro.
Combustíveis — investigações miram o epicentro do crime organizado nesse setor estratégico.
Congresso cercado — operações podem implicar até 90 parlamentares em esquemas de desvio de recursos públicos via emendas secretas.
Master colapsado — a intervenção no banco expôs o envolvimento de múltiplas lideranças do centrão.
O Calcanhar de Aquiles
É neste contexto que emerge o contrato entre o Banco Master e o escritório Barci e Barci Sociedade de Advogados, de propriedade da esposa de Alexandre de Moraes. Os valores são considerados desproporcionais, especialmente considerando que os principais interesses do Master concentravam-se no Banco Central e na CVM, não no Supremo.
Qualquer que seja a natureza legítima ou não da contratação, a ausência de justificativa convincente para os valores envolvidos cria uma fragilidade: abre brecha para atacar Moraes, por extensão o próprio STF, e alimenta especulações — todas prejudiciais ao ministro.
A Disputa em Dois Fronts
Front 1: Os Atingidos Reagem
No Congresso, o centrão mobiliza-se para reunir votos suficientes ao impeachment de ministros do STF. Não se trata de disputa ordinária: se bem-sucedidos, pavimentarão o caminho para um regime autoritário definitivo, uma ditadura da maioria parlamentar que eliminaria o último obstáculo institucional significativo.
Na mídia, três conglomerados jornalísticos coordenam campanha pelo impeachment de Moraes. Circulam suspeitas de que André Esteves, do BTG, financie essa ofensiva. O contexto é sugestivo: em maio de 2025, às vésperas da intervenção no Master, o BTG Pactual comprou aproximadamente R$ 1,5 bilhão em ativos do banco e de Daniel Vorcaro, operação autorizada pelo BC e pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Com a liquidação posterior do Master, esses ativos ficaram protegidos, indisponíveis para compensar prejuízos de investidores.
As investigações do STF podem, entretanto, iluminar a rede de influências que retardou a ação do Banco Central.
Front 2: O Revival da Lava Jato
Os mesmos veículos de imprensa tentam ressuscitar o ambiente político da Lava Jato. O editorial da Folha é cristalino: “Que não haja complacência com petistas e cupinchas de Lula pelo fato de amigos do presidente comandarem a Polícia Federal e vestirem togas no Supremo. A ruptura do pacto da impunidade fará mal apenas aos corruptos.”

Essa formulação merece o “Troféu Confissão Espontânea”, o prêmio de autoincriminação mais transparente do ano. Os três jornais buscam reativar o modelo Lava Jato: aliança midiática com objetivo político de destruir o PT.
Reaparece também o pior do jornalismo brasileiro: denúncias graves baseadas em fontes não identificadas, ausência de verificação rigorosa, repetição acrítica dos vícios que marcaram a cobertura da Lava Jato.
O Impasse Final
Forma-se uma polarização radical.
De um lado: forças que desejam enfraquecer o STF e, simultaneamente, desestabilizar o governo Lula.
Do outro: setores convencidos de que a permanência de Moraes é indispensável à sobrevivência da democracia.
Pairando sobre ambos: o contrato do escritório da esposa de Moraes com o Banco Master.
O dilema permanece sem resposta: como esclarecer completamente esse episódio sem enfraquecer o STF em seu papel de fiador último do regime democrático brasileiro?
Leia também:

Do Canal Desmascarando:
Vídeo 01: DIRETOR DA PF CONFIRMA QUE XANDÃO É VÍTIMA DE DESTRUIÇÃO DE REPUTAÇÃO; NÃO EXISTEM AUDIOS NEM PROVAS
Vídeo 02: MALU GASPAR ESTÁ ENCURRALADA E SEM MUNIÇÃO, FONTE DELA ERA ESTEVES, DO BTG, EM DISPUTA COM MASTER
Do Canal O Corvo Seco:
Trechos selecionados do livro “Life and Teachings of Lord Jesus”, de Swami Sivananda. Kuppuswamy ou Swami Sivananda Saraswati (1887 - 1963), foi um renomado líder espiritual hindu, guru, escritor e mestre em Yoga e Vedanta. Sivananda começou sua vida profissional como médico, até compreender que mais que tudo, as pessoas precisavam de conhecimento correto; então, adotou como sua missão a disseminação deste conhecimento. Renunciando a carreira médica, Sivananda ingressou na vida monástica como discípulo do mestre Vishwananda Saraswati. Levando uma vida devotada ao estudo e a prática do Vedanta, Swami Sivananda passava a maior parte do tempo absorto entre horas de meditação, estudo intenso e vigorosa prática de Hatha Yoga. Embora imerso em seu próprio caminho de Autorrealização, Sivananda nunca deixou de atender pessoas necessitadas de cuidados médicos, e dizia enxergar apenas a forma imortal do Ser em cada uma daquelas pessoas. Sivananda foi conhecido por sua abordagem prática e inclusiva do Yoga, enfatizando a importância da simplicidade, da caridade e da prática de uma rotina diária de exercícios espirituais (sadhana) como o meio direto para se alcançar a Autorrealização, o que poderia incluir meditação, canto de mantras, leitura de textos sagrados e serviço abnegado. Em 1932 Sivananda iniciou o Sivanandashram. Em 1936 fundou a “The Divine Life Society”. E em 1948 a Vedanta-Forest Academy. Ao mesmo tempo, Sivananda escreveu muitos livros sobre espiritualidade, Yoga, saúde e filosofia. Dessa forma, seus ensinamentos se espalharam internacionalmente, se tonando um grande disseminador do conhecimento védico. Hoje, Sivananda possui discípulos em todo o mundo, de todas as nacionalidades, credos e religiões.
Da TV 247:
Jurista também defende, em entrevista à TV 247, investigação para apurar tanto a suposta conduta irregular de Moraes no caso Banco Master quanto possível crime de imprensa. Assista
A grande questão é: qual o interesse das Organizações Globo em detonar Alexandre de Moraes?
Do Jornal GGN:
Fonte: TSEUma cobertura jornalística é interessante pelas informações que traz, e também pelas intenções que sugere. Uma denúncia é furo. Sua repetição por uma ou duas vezes, é repercussão. A insistência em esquentar a denúncia inicial, com base em fontes discutíveis, e espalhar a campanha por todos os veículos da organização, é conspiração.
A repórter Malu Gaspar é conhecida por algumas características, dentre as quais a do uso abusivo de fontes anônimas. Ficou conhecida nas redes sua sucessão de notas sobre o “mal estar nas Forças Armadas”. Cada passo do governo gerava uma nota alertando para o tal “mal estar”. Quem seriam as tais Forças Armadas mencionadas? Poderia ser um militar da reserva, morador do mesmo prédio que ela; um general aposentado, filiado ao Clube Militar; um órfão de Bolsonaro. Pouco importa: o “mal estar” era atribuído a toda a corporação.
Saliente-se que a denúncia do contrato firmado entre o escritório da esposa de Alexandre de Moraes e o Banco Master é, por si, explosiva. O que não se entende são os desdobramentos.
Não há a menor dúvida de uma ação articulada para derrubar Alexandre de Moraes, na qual a Globo colocou seu batalhão conhecido: Malu (Globo e Globonews), Carlos Alberto Sardenberg (na CBN), inclusive acenando com a possibilidade de um impeachment – em cima de uma notícia sem fontes e sem provas. Montar uma campanha dessa amplitude, sem checar as informações, demonstra uma intenção política explícita.
A grande questão é: qual o interesse das Organizações Globo em detonar Alexandre de Moraes?
Os julgamentos dos crimes de 8 de janeiro estão na reta final. Terminados os julgamento, Moraes sai do primeiro plano. Portanto, não é o caso, como não é o inquérito das Fake News.
Pode ser que, atingindo Moraes, as Organizações Globo pretendam enfraquecer o Supremo? É uma possibilidade.
Há quatro temas possíveis, de impacto, correndo no Supremo. Vamos analisá-los um a um e tentar identificar eventual interesse da Globo.
Tema 1 – o embate com as organizações criminosas que se apossaram do orçamento secreto
Segundo corre em Brasilia, haveria pelo menos 90 parlamentares investigados pela Polícia Federal. O inquérito está nas mãos do Ministro Flávio Dino. Não parece ser tema de interesse direto da Globo. Mas é inegável que o enfraquecimento do STF fortalece o Centrão e atrapalha a apuração dos crimes com o orçamento secreto.
Tema 2 – as investidas contra o bolsonarismo, com vistas às próximas eleições.
A Globo é claramente contra os Bolsonaro. E uma investida contra Flávio fortaleceria o candidato da Faria Lima, Tarcísio de Freitas. Portanto, não parece ser o caso.
Tema 3 – o contraponto ao poder excessivo de Moraes
Não bate. A Globo foi a principal alimentadora do poder excessivo de Sérgio Moro e da Lava Jato. Jamais foi contraponto a poderosos, a não ser quando tinha os interesses contrariados.
Tema 4 – as investigações sobre a Lava Jato
Aí as suspeitas começam a ficar um pouco mais concretas.
Há duas hipóteses.
A primeira é a de lealdade eterna da Globo à Lava Jato. Comprometeu-se até o pescoço com a operação, colocou seus jornalistas mais conhecidos em apoio à Lava Jato. Jamais fez a autocrítica. Mas também não bate. A Globo é uma empresa de paixões ocasionais e pragmáticas. A Lava Jato tornou-se uma mancha em sua história, quase tão forte quanto o apoio à ditadura. Não se comprometeria se não fosse algo de muito forte no ar.
Sobra a segunda hipótese: o avanço das investigações nos arquivos da 13a Vara e na famosa “caixa amarela” poderia chegar a revelações incômodas sobre a parceria Lava Jato-Globo.
É uma possibilidade, não uma certeza. Poderia dizer que 6 fontes minhas confirmaram essas suspeitas. Mas não seria verdade. Trata-se de uma mera análise de probabilidades.
De qualquer modo, é questão de tempo para as razões reais da campanha serem desvendadas.
Leitura editorial (Fonte: ChatGPT)
A Globo não ignorou o fato, mas o confinou ao registro regional e operacional, evitando o enquadramento nacional e o mergulho nas implicações institucionais. Outros veículos ocuparam esse espaço — cada um à sua maneira. Resultado: o debate público “escalou” fora da Globo.
Em termos de impacto, foi menos “apagão” e mais controle de enquadramento. Um clássico.
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