quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Relatório da Polícia Federal mostra as mensagens conspirativas entre Malafaia, Eduardo e Jair Bolsonaro

  

PF detalha comunicações de Eduardo Bolsonaro a Jair Bolsonaro, revelando seu papel central na campanha de pressão internacional

Do Jornal GGN:





Jornal GGN publica, abaixo, a íntegra do relatório da Polícia Federal, disponibilizada pelo Supremo Tribunal Federal, detalhando uma investigação sobre supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A investigação foca nas ações de Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, acusados de articular a imposição de sanções pelos Estados Unidos contra o Brasil para coagir autoridades judiciais e legislativas. Com base no relatório, a PF pediu o indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro, nesta quarta (20).

O relatório da PF explora diálogos entre Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o advogado Martin de Luca, representante de empresas que pertencem ao presidente americano Donald Trump, revelando uma estratégia coordenada para deslegitimar o poder judiciário brasileiro e obter anistia para os envolvidos em acusações de golpe de Estado, usando influência estrangeira e disseminação de narrativas falsas.

O relatório da Polícia Federal detalha diversas comunicações de Eduardo Bolsonaro a Jair Bolsonaro, revelando seu papel central na campanha de pressão internacional e na coordenação das narrativas.

Os principais atores investigados são:


• Eduardo Bolsonaro: Foi o principal agente no exterior, atuando junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos com o intuito de obter sanções contra agentes públicos brasileiros, como membros do STF, da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Polícia Federal. Ele anunciou a aplicação de sanções pelos EUA contra o Estado brasileiro e autoridades, ligando-as à suposta perseguição política contra seu pai. Admitiu o vínculo direto com as sanções, revelando “intenso diálogo” com o governo americano para apresentar a “realidade que o Brasil vive hoje”. Impôs “condições” explícitas para a retirada das sanções, exigindo “anistia ampla, geral e irrestrita” e responsabilização de agentes públicos. Recebeu R$ 2.000.000,00 de Jair Bolsonaro enquanto já estava no exterior “em plena execução das atividades ilícitas”, o que demonstra o apoio financeiro e a coordenação para as ações. Tentou inviabilizar outros possíveis candidatos da direita brasileira junto a interlocutores estrangeiros, como Tarcísio de Freitas, para manter Jair Bolsonaro como o único aliado de Donald Trump para as eleições de 2026.

• Jair BolsonaroForneceu suporte financeiro significativo a Eduardo Bolsonaro por meio de transferências, inclusive de valores oriundos de campanhas de arrecadação via PIX. Solicitou e recebeu orientações de Martin de Luca sobre como formular notas para suas redes sociais, demonstrando subordinação aos interesses de agentes estrangeiros na propagação de narrativas. Descumpriu medidas cautelares que proibiam o uso de redes sociais, utilizando terceiros e listas de transmissão no WhatsApp para amplificar a difusão de conteúdos e burlar as proibições judiciais. Disseminou vídeos com narrativas alarmistas, sobre as catastróficas consequências da Lei Magnitsky para o Brasil, visando coagir as autoridades e provocar uma forte reação pública. Planejou atos para fugir do país, possuindo uma minuta de solicitação de asilo político ao governo argentino em seu celular, o que revela a intenção de impedir a aplicação da lei penal. Descumpriu a proibição de contato com outros investigados, como Walter Souza Braga Netto, poucas horas após a imposição da medida, evidenciando desprezo pelas decisões da Suprema Corte. Realizou movimentações financeiras atípicas, incluindo transferências fracionadas para Eduardo Bolsonaro e a esposa Michelle Bolsonaro, além de aquisição de moeda estrangeira e saques em espécie, como forma de dissimular a origem e o destino dos recursos para financiar as atividades ilícitas.Orientou Jair Bolsonaro sobre a linha de discurso a ser adotada publicamente e instou-o a gravar vídeos, admitindo ter conversado com pessoas próximas a Donald Trump para coordenar a narrativa de que a anistia seria a única saída para reverter as sanções• Jair BolsonaroForneceu suporte financeiro significativo a Eduardo Bolsonaro por meio de transferências, inclusive de valores oriundos de campanhas de arrecadação via PIX. Solicitou e recebeu orientações de Martin de Luca sobre como formular notas para suas redes sociais, demonstrando subordinação aos interesses de agentes estrangeiros na propagação de narrativas. Descumpriu medidas cautelares que proibiam o uso de redes sociais, utilizando terceiros e listas de transmissão no WhatsApp para amplificar a difusão de conteúdos e burlar as proibições judiciais. Disseminou vídeos com narrativas alarmistas, sobre as catastróficas consequências da Lei Magnitsky para o Brasil, visando coagir as autoridades e provocar uma forte reação pública. Planejou atos para fugir do país, possuindo uma minuta de solicitação de asilo político ao governo argentino em seu celular, o que revela a intenção de impedir a aplicação da lei penal. Descumpriu a proibição de contato com outros investigados, como Walter Souza Braga Netto, poucas horas após a imposição da medida, evidenciando desprezo pelas decisões da Suprema Corte. Realizou movimentações financeiras atípicas, incluindo transferências fracionadas para Eduardo Bolsonaro e a esposa Michelle Bolsonaro, além de aquisição de moeda estrangeira e saques em espécie, como forma de dissimular a origem e o destino dos recursos para financiar as atividades ilícitas.

• Silas Lima Malafaia: Atuou na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, com o objetivo de coagir membros do Poder Judiciário. Avisou Jair Bolsonaro antecipadamente sobre a intenção de postar vídeos defendendo sanções contra autoridades públicas, demonstrando “aderência subjetiva” ao intento criminoso e utilizando sua posição de autoridade para coagir ministros do STF. Orientou Jair Bolsonaro sobre a linha de discurso a ser adotada publicamente e instou-o a gravar vídeos, admitindo ter conversado com pessoas próximas a Donald Trump para coordenar a narrativa de que a anistia seria a única saída para reverter as sanções. Ofereceu auxílio material, como produzir a versão em inglês de vídeos por inteligência artificial (IA) para serem encaminhados a Donald Trump por Eduardo Bolsonaro, reforçando a coordenação das “campanhas orquestradas”. Instigou Jair Bolsonaro a descumprir as medidas cautelares e indicou os “melhores horários” e canais para a retransmissão de conteúdos, visando amplificar a audiência e atingir o maior número de pessoas.

• Paulo Figueiredo: Mencionado por Eduardo Bolsonaro como um dos únicos com “acesso” à Casa Branca, indicando seu papel como um interlocutor chave nas relações com o governo dos EUA para a campanha de pressão. Publicou mensagens alinhadas à narrativa de Eduardo Bolsonaro no Twitter, criticando Tarcísio de Freitas por tentar negociar as tarifas.

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Nota da redação: este texto foi escrito com auxílio de I.A. e revisão de um jornalista da equipe GGN.

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