quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Como a Lava Jato do Rio de Janeiro blindou Flávio Bolsonaro, por Luis Nassif, do GGN, citando Afonso Benites, do El País



Uma matéria do El Pais, de 11 de dezembro de 2018, do repórter Afonso Benites, desvendou o jogo de empurra do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para abafar o caso Flávio Bolsonaro.
Uma matéria do El Pais, de 11 de dezembro de 2018, do repórter Afonso Benites, desvendou o jogo de empurra do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para abafar o caso Flávio Bolsonaro.
A Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato Rio, avançou sobre os esquemas de rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Um relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) constatou que Queiroz havia movimentado mais de R$ 7 milhões. O relatório foi desdobrado em dois, reduzindo o valor da movimentação.
A matéria comprova que o MPF sabia da existência do relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre Queiroz e sentou em cima.
“Depois de descobrir que um ex-assessor do filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), movimentou “atipicamente” 1,2 milhão de reais em suas contas, a Procuradoria da República no Rio de Janeiro decidiu encaminhar a investigação sobre eventual irregularidade no caso para a esfera estadual”.
Só depois do vazamento de parte do relatório, mostrando que Queiroz havia movimentado R$ 1,2 milhão, é que o MPF resolveu agir. Para livrar a cara, mandou o caso para o MPE-RJ, sem maiores explicações. Se as suspeitas sobre os demais assessores e deputados da Assembleia Legislativa do Rio eram de interesse da Lava Jato, por que o caso do assessor de Flávio Bolsonaro não seria?
Além disso, o MPE-RJ já tinha o relatório desde janeiro de 2018 e engavetou-o. Se
não tivesse ocorrido o vazamento, tudo estaria acobertado até hoje.
Conforme o próprio jornalista anotou, o MPE-RJ não tem tradição na investigação de crimes de corrupção de grande envergadura o que, pelo andamento posterior das investigações, comprovou a tese. Além disso, parte dos promotores incumbidos de investigar Bolsonaro eram, eles próprios, bolsonaristas militantes.
Por aí, se vê que a razão da blindagem dos Bolsonaro, tanto no episódio das rachadinhas como da morte de Marielle.
Na foto de todos os parlamentares, jamais entrou a foto de Flávio. Agora, se sabe a razão.

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