sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Papa Francisco pede ‘vacina para todos’ e critica ‘vírus do individualismo radical’ narcisista e exclusivista

 

“Não me posso pôr a mim mesmo antes dos outros, colocando as leis do mercado e as patentes de invenções acima das leis do amor e da saúde da humanidade”, disse Francisco


Vatican News
O papa lembrou o compromisso solidário com "as pessoas mais frágeis, os doentes e quantos neste tempo se encontram desempregados ou estão em graves dificuldades pelas consequências económicas da pandemia"

“No Natal, celebramos a luz de Cristo que vem hoje ao mundo e Ele vem para todos: não só para alguns. Hoje, neste tempo de escuridão e incertezas pela pandemia, aparecem várias luzes de esperança, como a descoberta das vacinas”, apontou o papa.

“Peço a todos os responsáveis dos Estados, empresas, organismos internacionais, que promovam a cooperação e não a concorrência, procurando uma solução para todos, vacinas para todos, especialmente os mais vulneráveis e necessitados de todas as regiões do planeta. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis e necessitados”, disse.

‘Vírus do individualismo radical’

O Papa Francisco criticou ainda “o vírus do individualismo radical” que torna as pessoas “indiferentes ao sofrimento de outros irmãos e irmãs”, segundo ele. “Não me posso pôr a mim mesmo antes dos outros, colocando as leis do mercado e as patentes de invenções acima das leis do amor e da saúde da humanidade”, pontuou.

Na mensagem, o papa lembrou ainda o compromisso solidário com “as pessoas mais frágeis, os doentes e quantos neste tempo se encontram desempregados ou estão em graves dificuldades pelas consequências económicas da pandemia”, destacando “as mulheres que nestes meses de confinamento sofreram violência doméstica”.

Ao realizar um balanço da situação em diversos países, o Papa referiu-se à América Latina desejando “que a eterna Palavra do Pai seja uma fonte de esperança para o continente americano, particularmente afetado pelo coronavírus, que tem agravado os muitos sofrimentos que o oprimem, muitas vezes agravado pelas consequências da corrupção e do tráfico de drogas.”

Com informações de Agência Ecclesia e El Diario



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