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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Jornal Francês Le Monde: Lula representa a preservação da jovem democracia brasileira

 

Jornal francês dá o tom do início da campanha eleitoral no Brasil, colocando Lula no polo da defesa da democracia

Lula ao lado da juventude, usando óculos de sol
Foto: Ricardo Stuckert

“Lula entra na campanha para derrubar Jair Bolsonaro”, essa é a manchete que tomou o site do jornal francês Le Monde nesta terça-feira (14), dia da largada oficial do pleito pelo Planalto.

Em uma extensa reportagem, o jornal francês desenha a atual conjuntura política brasileira: a polarização que irá decidir o futuro social e econômico do país, a partir dos resultado das urnas em outubro. 

Ao lado da extrema-direita está o atual líder do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição colocando em xeque a lisura do processo eleitoral, lançando programas eleitoreiros para angariar apoio e que “ainda é muito popular entre os evangélicos”, lembrou a publicação. 

Na contramão, temos o “candidato à presidência pela sexta vez, o líder da esquerda que está em campanha no centro”, afirmou o Le Monde. 

O jornal dá o tom da campanha, que classificou como “a mais importante” da carreira política de Lula.

“Para o ex-presidente sindicalista e de esquerda (2003-2011), candidato a um novo mandato nas eleições de 2 de outubro, trata-se de nada menos do que preservar a existência da jovem democracia brasileira”, pontua um trecho do texto.

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sábado, 1 de maio de 2021

Como Bolsonaro consegue se manter? Questiona o jornal francês Le Monde

 

Ultrapassando os 400 mil mortos por Covid-19, jornal francês fala em "onipresença da morte" no Brasil


Do Jornal GGN citando o jornal francês Le Monde:

Do Le Monde

A onipresença da morte, a chave do fatalismo brasileiro diante da Covid-19

A pandemia atinge fortemente um país em grave crise econômica, historicamente marcado pela violência e onde cada dia triunfa mais o ‘cada um por si’

Por Bruno Meyerfeld

Análise. A pergunta segue vigente: como ele consegue se segurar? Jair Bolsonaro é certamente um homem acostumado às tempestades. Mas enquanto o Brasil, devastado pela variante P1, banido no cenário internacional, tem mais de 400.000 mortos da Covid-19 e afunda cada vez mais na carnificina humanitária, todos se perguntam sobre a surpreendente capacidade de resiliência do líder da extrema direita.

Sua responsabilidade no drama em curso é, no entanto, devastadora: Jair Bolsonaro negou sucessivamente a epidemia, impediu qualquer medida de contenção, recusou-se a negociar vacinas, atrasou os planos de imunização. Em qualquer outra democracia, é difícil imaginar um líder assim permanecendo no topo do estado. E, no entanto, contra todas as probabilidades, aqui está o presidente ainda firmemente ancorado no poder, com uma popularidade intacta entre 25% a 30% da população e uma sólida maioria no Parlamento.

Colapso vertiginoso

Por um ano, nenhuma manifestação em massa veio para questionar seu governo. Ao contrário dos chilenos, argelinos, libaneses, iraquianos ou de Hong Kong, os bravos brasileiros não enfrentaram a Covid-19 para ir às ruas e gritar sua raiva, contentando-se com desfiles de carros pequenos e concertos de maconha. Protestos que parecem muito tímidos, senão insignificantes, em comparação com o colapso vertiginoso do país.

As principais razões para esta situação são conhecidas: parte inabalável de popularidade entre sua base militante, crise econômica, medo do retorno da esquerda ao poder, acordo político inteligente negociado com parlamentares do centro. Mas isso não explica tudo. Porque a crise da Covid-19 atualizou um dado mais profundo e essencial, permitindo que Jair Bolsonaro permaneça no poder: o relatório da morte no Brasil.

No imaginário, o Brasil é um país festeiro associado ao carnaval, ao samba, ao futebol e à caipirinha, o coquetel nacional. O país sempre exportou, com vontade e com sucesso, a sua imagem de democracia mista, “terra do futuro”, de alegria de viver e de amor fácil. O Brasil, este gigante pacífico “eternamente estendido no seu berço sublime” , como até proclama o Hino Nacional.

Nada, entretanto, está mais longe da verdade. O Brasil é, acima de tudo, um país violento.

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segunda-feira, 10 de junho de 2019

#vazajato: A Fraude/Farsa/Hipocrisia da Lava Jato repercute na Europa como uma bomba. Por Willy Delvalle, de Paris


"O francês Le Monde (veja abaixo) pergunta: “e se o grande escândalo de corrupção da história do Brasil tivesse sido manipulado?”. O periódico também destaca as revelações de conspiração para impedir que Lula chegasse à presidência: O site de investigação (The Intercept) lançou essas acusações depois de ter tido acesso a um grande volume de mensagens privadas, trocadas principalmente pelo aplicativo Telegram, entre os procuradores brasileiros e o ex-juiz Sérgio Moro, responsável pela ‘Lava Jato’ (…) Moro desde então renunciou à magistratura para se tornar ministro da justiça do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro”. "

Do DCM:


A repercussão da reportagem do The Intercept revelando a fraude da Operação Lava-Jato para impedir Lula de chegar à presidência é mundial. No twitter, “Lula” entrou nos trending topics mundial. Na imprensa europeia, a imagem dos procuradores e do juiz Sérgio Moro está em ruínas.


O francês Le Monde (veja acima) pergunta: “e se o grande escândalo de corrupção da história do Brasil tivesse sido manipulado?”. O periódico também destaca as revelações de conspiração para impedir que Lula chegasse à presidência: O site de investigação (The Intercept) lançou essas acusações depois de ter tido acesso a um grande volume de mensagens privadas, trocadas principalmente pelo aplicativo Telegram, entre os procuradores brasileiros e o ex-juiz Sérgio Moro, responsável pela ‘Lava Jato’ (…) Moro desde então renunciou à magistratura para se tornar ministro da justiça do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro”.
Em destaque na página do jornal também francês Libération, “Brasil: juízes teriam conspirado para impedir volta de Lula”.
Logo cedo, o Le Point, também da França, publicava: “Brasil, Lava Jato, investigação para impedir o retorno de Lula ao poder, segundo The Intercept”.
Distribuído nos metrôs de Paris, o jornal 20 minutes repercutiu reportagem semelhante, com uma foto de uma bandeira onde se lê “Lula livre”.
Principal jornal de Genebra, o Tribune de Genève destacou em sua página principal: “Reviravolta no caso Lula”. O periódico falou em ‘revelações explosivas sobre os responsáveis da Operação Lava-Jato”: “Os responsáveis da operação Lava-Jato conspiraram para impedir o retorno do ex-presidente de esquerda Lula ao poder no ano passado, diz o The Intercept” é como começa a publicação do jornal suíço, que chama os vazamentos de  “potencialmente explosivos”.
O Tribune de Genève afirma que se a veracidade for confirmada, “essas trocas (de mensagens) batem em cheio na suposta imparcialidade do juiz Moro. Este teria dado indicações e conselhos aos procuradores contra seu inimigo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ele condenou em primeira instância em 2017”.
O jornal suíço destaca ainda que “outras mensagens revelam também que os procuradores tinham ‘sérias dúvidas sobre as provas suficientes para a culpabilidade de Lula’ no caso de obtenção de um triplex como propina”.
O periódico observa que a condenação impediu Lula, “favorito das intenções de voto na época, de se candidatar às eleições presidenciais outubro passado” e que ele “não parou de clamar sua inocência e de se dizer vítima de uma conspiração política destinada à impedi-lo de se candidatar a um terceiro mandato, depois de 2003 e 2010”.
Um dos principais jornais de Barcelona, o La Vanguardia diz em sua página principal: “segundo Intercept, procuradores brasileiros não tinham provas contra Lula”, no que descreveu como “conspiração para impedir volta do PT ao poder”.
A publicação catalã disse que “em plena campanha eleitoral, os procuradores da mega investigação que haviam conseguido seu objetivo de prender Lula se sentiam preocupados”. Destacou: “Ando muito preocupado com uma possível volta do PT mas rezei muito para que Deus ilumine nossa população e que um milagre nós salve’, disse um procurador”.
O La Vanguardia descreve Dallagnol como “máximo responsável da procuradoria no caso judicial que pavimentou o caminho ao poder do líder de ultra direita Jair Bolsonaro”. E afirma que “deixam pouco espaço para dúvida de que a operação judicial encabeçada pelo então juiz Sérgio Moro – agora ministro de justiça do governo Bolsonaro – tinha objetivos políticos”. “O site americano não só revela que os procuradores afirmavam abertamente a necessidade de impedir a volta ao poder do PT, mas também provas de uma conspiração entre o juiz Moro e seus procuradores”.
O diário relembra que Moro explicou há duas semanas à BBC que a peça de Dallagnol sobre o papel de Lula como “comandante máximo” da rede de corrupção foi chave para a decisão do juiz de sentenciar o presidente a nove anos de prisão, pena elevada depois a doze anos. “Essa sentença foi realizada sob ausência de provas de que Lula era proprietário do apartamento na praia de São Paulo, que havia sido renovado por uma das construtoras criadas no escândalo de subornos”, afirma o La Vanguardia.
“Diversos procuradores da Operação Lava Jato se mostraram perplexos perante a discussão do Supremo Tribunal do direito de Lula de ser entrevistado pelo jornal brasileiro Folha de S. Paulo durante a campanha eleitoral no outono de 2018. Uma procuradora se mostra preocupada de que ‘podem eleger Haddad’ numa referência ao candidato do PT nas eleições. Outra procuradora escreve ‘Mafiosos!’ para se referir ao STF e ao PT”.
O jornal de Barcelona observa que a proibição da entrevista de Lula, “que liderava as pesquisas mesmo estando preso sendo forçado a se retirar da campanha’, foi proibida posteriormente.
A publicação espanhola considera a revelação do The Intercept como “muito comprometedora para Moro e Dallagnol” e considera os métodos da Operação Lava Jato como “controversos”: “Fica muito claro a partir do material filtrado que os procuradores não contavam com informação que vinculava Lula ao escândalo da Petrobras. Por isso se utilizou de forma irregular um artigo publicado no diário O Globo sobre o apartamento triplex no Guarujá de que Lula era supostamente proprietário”.
E relembra ao público espanhol que Dallagnol é proprietário de diversas igrejas evangélicas “que incorporaram a demonização do PT a suas convicções religiosas”: “reconhece no privado que carece de provas de que o triplex estava relacionado com a trama da Petrobras e portanto de competência para a investigação Lava Jato.
O chamado procurador evangélico reconhece também em outra conversa que não tem provas de que Lula é proprietário do imóvel.
O El País destaca: “investigação jornalística põe em dúvida a imparcialidade da operação Lava Jato”. O jornal espanhol diz que uma “extensa reportagem” do The Intercept “indica que o juiz mantinha conversas privadas com o procurador durante a investigação que mandou Lula à prisão”, o que o El País explica ser “algo proibido pela Constituição e pelo Código Penal brasileiro”: “O que o Intercept revela é que o hoje ministro da Justiça orientava as investigações do chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, para facilitar as condenações”. Também afirma que “os arquivos demonstram que Moro sugeria fontes, ordem das operações e exercia um papel indireto para coordenar os processos que posteriormente julgaria”.
O Diário de Notícias, de Portugal, afirma em sua página principal: “Moro combinou estratégias com Ministério Público contra Lula” e que “Conversas divulgadas pelo site The Intercept expõe o ex-juiz a combinar troca de ordem de fases da Lava-Jato, a exigir realização de novas operações, a dar conselhos e pistas e a antecipar uma decisão judicial aos procuradores”.
O jornal português também repercute a reação do ministro Marco Aurélio de Mello e da classe jurídica: “Para advogados e juízes ouvidos pela imprensa, o caso coloca em dúvida a imparcialidade de Moro, agora ministro da justiça do governo liderado por Jair Bolsonaro, nos casos. Marco Aurélio Mello, que é dos 11 membros do Supremo Tribunal Federal, sublinhou que ‘a equidistância do órgão julgador tem de ser absoluta’”.
O periódico de Portugal chama a atenção para o fato de que “numa das trocas, o ex-juiz discorda até da tentativa do MPF de adiar um depoimento de Lula” e para a articulação com o objetivo de impedir o ex-presidente de falar à imprensa: “Noutra conversa interceptada, procuradores combinam manobras para impedir que Lula desse uma entrevista a meio da pré-campanha eleitoral. Uma das procuradoras, Laura Tessler, comenta que se o antigo presidente falasse poderia até eleger Fernando Haddad, candidato do PT que disputou as eleições, e acabou por perder, com Jair Bolsonaro”.
A publicação aponta que “a decisão da prisão coube a Moro em abril de 2018, quando Lula liderava todos os cenários eleitorais das eleições de outubro desse ano”.
A reação também se dá na classe política. O deputado francês Eric Coquerel, do partido La France Insoumise, publicou um tweet convocando a França a pedir a libertação imediata de Lula.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Bolsonaro faz Brasil passar vergonha em Davos




Do Blog da Cidadania (com vídeo ao final do texto)

Não poderia ter sido pior. A imagem de Bolsonaro almoçando sozinho durante o Fórum Econômico Mundial, contrastando com líderes de países importantes confraternizando juntos, resume a fracassada atuação do líder brasileiro na edição 2019 do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Quem sai perdendo mais, porém, é o Brasil.
Algumas manifestações de jornalistas estrangeiros dão bem o tom de como a imprensa internacional viu o desempenho sofrível de Bolsonaro ao discursar rapidamente (15 minutos) no Fórum Econômico Mundial de 2019 – dificilmente líderes importantes fazem discursos tão rápidos, mas Bolsonaro nada tinha a dizer e precisou, o tempo inteiro, ler em cartões o que ia dizer.
Bolsonaro em Davos:
“Grande fracasso” – Heather Long, Washington Post
“Por que veio?” – Brian Winter, Americas Quarterly
“Não o vejo convidado de novo” – Ben Marlow, Daily Telegraph
“15 min. de generalidades” – Sylvie Kauffmann, LeMonde
“Falou sobre nada” – Thiago Morini, El País
A coluna de Lauro Jardim, em O Globo, bem notou o isolamento do presidente brasileiro em Davos
Segundo a coluna, esse almoço solitário vai “custar caro” ao Brasil em termos de negócios com o exterior. Bolsonaro foi segregado por ser um governante estúpido, ignorante, preconceituoso que vem chocando o mundo com sua verborragia valentona e inconsequente.
Em francês, Sylvie Kauffmann, diretora editorial e colunista do francês Le Monde e colaboradora do NY Times escreveu “Fiasco de Bolsonaro em Davos, incapaz de responder concretamente às questões de Klaus Schwab. 15 min. de generalidades”.
Para Heather Long, do The Washington Post, o discurso do brasileiro foi um “grande fracasso”. “O presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos. Grande fracasso. Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua melhor linha era dizer às pessoas para irem de férias ao Brasil. Bolsonaro é classificado como ‘Trump sul-americano’, mas ele parecia morno
Para o diário francês Le Monde, Bolsonaro “se satisfez em fazer o mínimo” e seu discurso “não deve ir para os anais” de Davos. Ficou “se agarrando aos cartões, levados ao palco por auxiliar”, e “escapou das perguntas”.
Já o maior jornal do mundo, o The New York Times, pegou pesado: descreveu o presidente brasileiro como “a face do populismo” em Davos, alguém que copia o americano Donald Trump até na insistência em “vestir casaco de inverno, apesar de falar numa sala aquecida”.
Sóbrio, o Wall Street Journal anotou, no meio de texto sobre o ambiente “quieto” no fórum esvaziado, a observação de um ex-vice-secretário do Tesouro dos EUA, sobre Bolsonaro: “Não foi de levantar plateia”.
O venerando colunista Martin Wolf, no Financial Times, publicou alerta a Davos: disse que ficará “surpreso se Bolsonaro não seguir o caminho” de Filipinas e Hungria, estabelecendo “democracia iliberal, eufemismo para autoritarismo”.
Por fim, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em Portugal, comentou o desempenho de Bolsonaro, sob os olhos do mundo, em Davos: “Ele mal conseguia falar”, anotou Haddad. Isso porque o presidente brasileiro parecia muito nervoso e tratou de discursar em cerca de ¼ do tempo que outros líderes levam para expor suas propostas.
Bolsonaro fala pouco e lendo cartões preparados por seus assessores para saber o que dizer, pois não tem ideias próprias.
O tiro saiu pela culatra. Alegando que iria dizer ao mundo que “o Brasil mudou”, Bolsonaro passou a mensagem de que se o país mudou foi para muito pior, já que temos um presidente que não tem a menor ideia do que está fazendo e que foge de expor ideias como o diabo foge da cruz simplesmente porque não tem ideias próprias.
Pobre Brasil…
Confira a matéria em vídeo




Bolsonaro em Davos sofre críticas generalizadas na mídia estrangeira



"Para o Le Monde, Bolsonaro “se satisfez em fazer o mínimo” e seu discurso “não deve ir para os anais” de Davos. Ficou “se agarrando aos cartões, levados ao palco por auxiliar”, e “escapou das perguntas”."



Da Folha de São Paulo (repercutida pelo Blog da Cidadania):

Para o Le Monde, Bolsonaro “se satisfez em fazer o mínimo” e seu discurso “não deve ir para os anais” de Davos. Ficou “se agarrando aos cartões, levados ao palco por auxiliar”, e “escapou das perguntas”.
O Financial Times afirmou que foi uma “aparição breve e controlada”. Que Bolsonaro, “consciente de sua reputação, fez um discurso curto e, quando respondeu perguntas, se agarrou aos cartões”.
O New York Times descreveu o presidente brasileiro como “a face do populismo” em Davos, alguém que copia o americano Donald Trump até na insistência em “vestir casaco de inverno, apesar de falar numa sala aquecida”.
O Wall Street Journal anotou, no meio de texto sobre o ambiente “quieto” no fórum esvaziado, a observação de um ex-vice-secretário do Tesouro dos EUA, sobre Bolsonaro: “Não foi de levantar plateia”.
No Twitter, a avaliação foi menos contida. Sylvie Kauffmann, que escreve no Le Monde e no NYT, falou em “fiasco [flop] de Bolsonaro em Davos”, com “curto discurso de campanha” e “evitando dar respostas concretas”.
Heather Long, do Washington Post, resumiu: “Big fail”, grande fracasso.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

No Brasil das Fake News aceitas por gente que quer acreditar nelas para justificar a própria limitação cognitiva, a posse do sujeito fez o pais passar vergonha internacional


  "O diário inglês The Guardian chamou Bolsonaro de “populista de extrema direita” dizendo que ele convenceu os brasileiros de que pode resgatar o país da corrupção virulenta, do aumento do crime e da estagnação econômica."

Do Blog da Cidadania:

Posse de Bolsonaro faz Brasil pagar mico internacional

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O discurso de posse de Bolsonaro foi um amontado de baboseiras ideológicas, de insultos a adversários, de falta de educação e de mau-gosto. Não disse um A sobre os verdadeiros problemas do país. O problema da Educação, por exemplo, não é o “socialismo”. Nunca houve “socialismo no Brasil. Por conta dessa cretinice, passamos vergonha diante do mundo.
Na falta do que propor ao país, o novo presidente da República inventou uma enorme baboseira sobre um tal de “socialismo” que jamais existiu por aqui – onde já se viu bancos lucrarem como lucram os brasileiros ou existirem bilionários como os nossos em algum regime “socialista”?
Devido à estupidez desse sujeito e à má-fé de seu discurso – ele sabe que inventou essa conversa fiada sobre “socialismo” –, a imprensa internacional caiu matando, como revela o site da Veja.
Promessa de Bolsonaro de ‘livrar’ o país do socialismo repercutiu forte mundo afora. Sucederam-se na imprensa internacional relatos estupefatos de que o novo presidente brasileiro segurou uma bandeira nacional e disse estar disposto a “dar sangue” para que ela não se torne “vermelha”, em alusão à palavra de ordem de grupos militantes de extrema-direita.
Foi um mico internacional. Os maiores jornais do mundo estamparam a declaração maluca do novo chefe de Estado Brasileiro de que vai livrar o Brasil de algo que jamais existiu por aqui.
O diário inglês The Guardian chamou Bolsonaro de “populista de extrema direita” dizendo que ele convenceu os brasileiros de que pode resgatar o país da corrupção virulenta, do aumento do crime e da estagnação econômica.
O The New York Times, maior jornal do mundo, como todos os outros, destacou a invenção sobre ter existido “socialismo” no Brasil algum dia.
Já o site do diário italiano Corriere della Sera chamou Bolsonaro de “líder da extrema direita” e “populista. O jornal também criticou as “pobres referências” aos programas econômicos do novo governo e destacou que Bolsonaro “admitiu repetidamente não entender nada” sobre economia.
O francês Le Monde também deu destaque às declarações acaloradas de Bolsonaro. O jornal citou as promessas do presidente de livrar o país das “ideologias nocivas” que “destroem nossas famílias”, como as da “teoria do gênero” que abomina, ou “marxismo”, que ele acredita haver nos livros didáticos.
Tudo somado, Bolsonaro não decepcionou. Não propôs absolutamente nada para resolver o mergulho que o país está dando na pobreza e na estagnação econômica e vendeu ao seu eleitorado idiota a bobagem de que um país com tanta desigualdade e tantos multi bilionários teria algum tipo de “socialismo” causando problema.
Essa falta do que dizer se transformará em falta do que fazer em um cenário em que o Brasil está mergulhando em recessão, pobreza, desigualdade e violência. Vai demorar pouco para a bugrada cair na real. E, aí, sai de baixo, Bolsonaro, porque a impopularidade vai ser gigantesca. Aguarde.
Confira a reportagem em vídeo