sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Em defesa de Eduardo Bolsonaro, o Itamaraty, antes tão respeitado pelo mundo mas agora dominado e aparelhado pela extrema-direita bolsonarista, ataca embaixada da China

 

Ao contrário de solucionar o conflito criado pelo deputado, o Ministério do governo Bolsonaro saiu em defesa de Eduardo, criticando a embaixada da China


Foto: EVARISTO SÁ/ AFP

Jornal GGN – O Ministério das Relações Exteriores do Brasil criticou a embaixada da China por ter reagido frente aos ataques do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, ao país.

Em nota, o Itamaraty saiu em defesa de Eduardo Bolsonaro, alegando que “não é apropriado aos agentes diplomáticos” tratarem da “relação Brasil-China através das redes sociais”. Os ataques do filho do presidente ao país, contudo, foram despojados nas redes sociais.

Nesta segunda (23), o deputado disse que o programa Clean Network, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, afasta a tecnologia da China e evita suposta “espionagem” do país asiático. Também acusou o Partido Comunista da China, do qual o presidente do país integra, como entidade “agressiva e inimiga da liberdade”.

O episódio gerou reações de parlamentares brasileiros, que viram nos ataques de Eduardo Bolsonaro justificativa para o afastar da Comissão de Relações Exteriores. E a embaixada da China no Brasil reagiu: “Tais declarações infundadas não são condignas com o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados”.

As declarações foram feitas por meio de uma nota oficial, que por sua vez foi compartilhada na conta da embaixada da China no Twitter. E Itamaraty criticou o compartilhamento da nota nas redes sociais.

“Não é apropriado aos agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil tratarem dos assuntos da relação Brasil-China através das redes sociais. Os canais diplomáticos estão abertos e devem ser utilizados”, disse a pasta comandada por Ernesto Araújo.

E ignorando que os ataques do deputado que preside a Comissão na Câmara foram feitos diretamente na plataforma online, e não por nota oficial, continuou: “O tratamento de temas de interesse comum por parte de agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil através das redes sociais não é construtivo, cria fricções completamente desnecessárias”.

Ao contrário de tentar solucionar o conflito criado pelo parlamentar, o Ministério do governo de Jair Bolsonaro saiu em defesa de Eduardo, criticando a embaixada da China: “O tom e conteúdo ofensivo e desrespeitoso da referida ‘Declaração’ prejudica a imagem da China junto á opinião pública brasileira”.

 

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