sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O autoritarismo persecutório do governo e suas táticas gestapo-marcartistas expostas na coluna de Guilherme Amado, da Revista Época: Planalto, com dinheiro público, monitora redes sociais de parlamentares e jornalistas

 "O Palácio do Planalto monitorou com dinheiro público as redes sociais de parlamentares de oposição e governistas e de jornalistas, com o objetivo de municiar diferentes órgãos do governo sobre o comportamento digital de deputados, senadores e da imprensa."

Segue trecho da coluna de Guilherme Amado:

Fabio Wajngarten‏ é uma das autoridades que recebem o monitoramento digital de parlamentares e jornalistas Foto: Reprodução/Twitter

O Palácio do Planalto monitorou com dinheiro público as redes sociais de parlamentares de oposição e governistas e de jornalistas, com o objetivo de municiar diferentes órgãos do governo sobre o comportamento digital de deputados, senadores e da imprensa. A coluna obteve uma série de relatórios produzidos sob encomenda da Secretaria de Governo (Segov) e da Secretaria de Comunicação (Secom) ao longo de fevereiro, março e abril deste ano — documentos que foram classificados como sigilosos, alegando tratar-se de um “trabalho autoral” da empresa contratada para tanto. Dos relatórios, emerge um governo preocupado com cada detalhe do que parlamentares e jornalistas publicam nas redes sociais, com um propósito que segue obscuro.

O monitoramento dos parlamentares é diário. Intitulado Parlamentares em foco, o relatório, enviado para Luiz Eduardo Ramos, Fabio Wajngarten e algumas poucas outras autoridades do Planalto, é dividido em três eixos. Num deles, “Debates dos usuários”, são monitoradas tendências das redes. No eixo “Publicação dos parlamentares”, a Secom faz uma análise das postagens dos quatro deputados e senadores que mais publicaram no dia.

Em 13 de março, o monitoramento anotou, por exemplo, as críticas de Alexandre Frota a Bolsonaro por minimizar a Covid. Dias antes, em 9 de março, destacou as postagens do petista Paulo Pimenta, com críticas a Bolsonaro e Moro. No dia seguinte, 10 de março, o ponto foram as postagens de Kim Kataguiri, sobre uma reunião com Damares Alves e críticas ao MST. Há até o relato sobre manifestações prosaicas, como um trecho em que se destaca que o petista José Guimarães comemorou gol do Fortaleza ou que o bolsonarista José Medeiros parabenizou a mulher pelo aniversário. (…)

Fonte: Revista Época e DCM

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