sábado, 1 de maio de 2021

1º de Maio, dia de luta dos trabalhadores. Por José Reinaldo de Carvalho

 

Ao longo do século 20, o 1º de Maio se converteu em um dia de luta pelos direitos sociais, sindicais e políticos dos trabalhadores. Com o advento do socialismo em diversos países, o Primeiro de Maio se tornou também um dia de luta por causas mais amplas, vinculadas aos movimentos anti-imperialistas e à causa da paz

Origens do Primeiro de Maio

Origens do Primeiro de Maio (Foto: arquivo)

O Primeiro de Maio é uma das datas mais importantes da história do movimento operário. A data está ligada às lutas das massas trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho. Com o passar dos anos, o Primeiro de Maio se tornou um dos mais importantes símbolos da luta de classes e da solidariedade internacional dos trabalhadores.  

A origem do Primeiro de Maio está nos trágicos acontecimentos ocorridos em 1886 na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, quando greves e manifestações dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho, foram duramente reprimidas.  Mais de 5 mil fábricas foram paralisadas e cerca de 340 mil operários saíram às ruas para exigir a redução da jornada. 

Em 4 de maio, durante um protesto dos grevistas na Praça Haymarket, uma bomba explodiu e matou um policial. O conflito explodiu. No total, 38 operários foram mortos e 115 ficaram feridos. A luta não foi em vão porque a partir dessas greves, a jornada de trabalho foi reduzida.

Contudo, mais de 300 líderes grevistas foram presos e torturados nos interrogatórios. Oito líderes do movimento - o jornalista Auguste Spies, do “'Diário dos Trabalhadores”', e os sindicalistas Adolf Fisher, George Engel, Albert Parsons, Louis Lingg, Samuel Fielden, Michael Schwab e Oscar Neebe - foram detidos e levados a julgamento. Eles entrariam para a história como “Os Oito Mártires de Chicago”.

Em 20 de agosto do ano seguinte, Spies, Fisher, Engel, Parsons, Lingg, Fielden e Schwab foram condenados à morte; Neebe pegou 15 anos de prisão. Pouco depois, em função da onda de protestos, Lingg, Fielden e Schwab tiveram suas penas reduzidas para prisão perpétua. 

Em 1891, a Internacional Socialista decidiu no congresso na cidade de Bruxelas que “no dia 1º de Maio haverá demonstração única para os trabalhadores de todos os países, com caráter de afirmação de luta de classes e de reivindicação das oito horas de trabalho”. A partir desse evento, o Dia Internacional dos Trabalhadores passou a ser o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luta contra a opressão e exploração capitalistas.  

Ao longo do século 20, o 1º de Maio se converteu em um dia de luta classista, pelos direitos sociais, sindicais e políticos dos trabalhadores. Com o advento do socialismo em diversos países, o Primeiro de Maio se tornou também um dia de luta por causas mais amplas, vinculadas aos movimentos anti-imperialistas e à causa da paz mundial. 

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